domingo, 4 de março de 2012

Webcam ao vivo vai revelar cada passo de urso polar bebê



Um urso polar bebê vai aparecer ao vivo na internet duas horas por dia fazendo suas brincadeiras no Scandinavian Wildlife Park, na Dinamarca.
Siku, cujo nome quer dizer "gelo marinho" em todas as línguas faladas pelos esquimós/inuítes, nasceu em novembro e teve de ser alimentado pelos funcionários do parque, depois que sua mãe, Ilka, não produziu leite para amamentá-lo.
Agora, o bebê Siku é visto como um embaixador de todos os ursos polares, chamando atenção para a questão do aquecimento global e do derretimento do gelo ártico, sem o qual os animais não podem caçar ou sobreviver.
Søren Koch
Um urso polar bebê vai aparecer ao vivo na internet duas horas por dia
Um urso polar bebê vai aparecer ao vivo na internet duas horas por dia
As últimas previsões, segundo a organização Polar Bears International, dizem que dois terços dos ursos polares do planeta vão desaparecer até a metade do século, a não ser que sejam tomadas medidas para reduzir as emissões de gás carbônico.
"Nosso objetivo com a Siku Cam (como foi batizada a câmera que vai mostrar o dia-a-dia de Siku) é que as pessoas se apaixonem por esse pequeno filhote e que ele sirva como inspiração para que elas reduzam sua pegada ecológica para ajudar a salvar o gelo ártico", diz Robet Buchanan, presidente da ONG Polar Bears International.
As organizações envolvidas no projeto dizem que algumas das medidas que todos podem tomar para ajudar a salvar os ursos polares selvagens são: reduzir o consumo de água e energia, reutilizar sacolas e garrafas, reciclar, plantar árvores, caminhar em vez de usar outros meios de transporte e usar energia limpa.
O parque diz que a câmera que vai transmitir as travessuras de Siku ao vivo (de 11 às 13h no horário brasileiro) foi montada de maneira a não atrapalhar sua rotina.
As imagens podem ser vistas nos sites www.polarbearcam.com e www.explore.org/siku
Fonte: Uol.com

Derretimento de geleira provoca aumento de tempestade de poeira


Da Patagônia até a Islândia, a diminuição das geleiras descobre solos de onde se levantam tempestades de poeira que afetam a vida marinha e o clima global. O estudo consta na edição desta quinta-feira (1º) da revista "Science".
"A presença crescente de poeira minerais em altas latitudes é surpreendente", disse Joseph Prospero, pesquisador da Universidade de Miami e autor do trabalho, à agência de notícias Efe.
Pesquisas realizadas por Prospero indicam que a poeira de regiões tropicais da África é transportada para boa parte do sul e do leste dos Estados Unidos e é causa de entre 75% a 80% do pó que cai sobre a Flórida.
Este não é um fenômeno somente contemporâneo. Amostras de sedimentos da terra e do gelo profundo mostram incrementos da circulação de poeiras relacionados aos períodos glaciais.
"Existe um interesse considerável pela distribuição global das fontes de poeira, os fatores que afetam sua emissão e as propriedades das partículas emitidas", disse Prospero. Ao longo dos anos, ele criou 12 estações de observação no mundo.
Nos últimos seis anos, Prospero desenvolveu um estudo na Islândia. Os resultados estabelecidos indicaram que grandes tempestades de poeira se originam ali e vão para o norte do oceano Atlântico.
"O pó contém ferro, que é um micronutriente essencial para os organismos marítimos, o fitoplâncton", explicou o professor. "Assim como o nitrato e o fosfato são essenciais para os micro-organismos, estes também necessitam de pequenas quantidades de ferro, importantes para a fabricação de enzimas e a conversão do dióxido de carbono em massa corporal."
Desta maneira, o ferro nas águas oceânicas estimula o crescimento do fitoplâncton. Isso, por sua vez, afeta a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera.
"A Islândia aparentemente desempenha um papel importante como abastecedor de nutrientes para os organismos marítimos, mas não determinamos a magnitude desse papel", disse.
AQUECIMENTO
Segundo Prospero, as tempestades de poeira na Islândia estão aumentando conforme as geleiras diminuem devido ao aquecimento global.
"Por meio de satélites, observamos a diminuição de geleiras na Islândia, no Alasca e na Patagônia. E em todas as partes vemos um aumento da poeira", continuou.
"Esse pó provém do solo em torno da geleira que, conforme vai diminuindo, deixa materiais expostos que são suspensos no ar."
De acordo com Prospero, no ritmo atual, em cem anos as geleiras da Islândia desaparecerão.
A própria poeira contribui para aumentar a velocidade da diminuição das geleiras.
"Quando as geleiras estão fortes e limpas, sua cor é branca, brilhante, refratária à luz", disse. "Mas quando começam a acumular pó em seus sulcos, na parte alta da geleira, absorve-se mais calor da luz do Sol e o derretimento é mais rápido."

Fonte: Folha.com

Ativistas fazem campanha contra extração de bílis de ursos


Grupos de defesa dos direitos dos animais na China estão intensificando esforços para pôr fim à pratica de criar ursos em fazendas para retirar a bílis dos animais.
A bílis serve como um popular ingrediente para a medicina tradicional chinesa e é considerada benéfica para problemas de visão e do fígado.
O líquido é retirado do estômago dos animais por meio de um tubo, inserido em seus estômago.
Os manifestantes pró-animais afirmam que a prática de extrair a bílis sem o uso de anestesia, que é uma prática inteiramente legal na China, é cruel e precisa ser interrompida.
Mas a indústria de extração de bílis está reagindo à pressão, afirmando que a prática não é dolorosa para os ursos.
Um criador de ursos anunciou até que possui planos de lançar ações de sua companhia na Bolsa de Valores chinesa, a fim de expandir suas operações. 

Fonte: Folha.com

Caça ilegal mata 450 elefantes na República dos Camarões


As Nações Unidas condenaram a caça ilegal de 450 elefantes no parque nacional Bouba Ndjida, na República dos Camarões, nos últimos dois meses.
O marfim dos animais mortos é vendido ou comercializado como moeda de troca para armas e munições em países vizinhos.
23.fev.12/France Presse
Elefantes mortos no parque nacional Bouba Ndjida em foto tirada no dia 23 deste mês
Elefantes mortos no parque nacional Bouba Ndjida em foto tirada no dia 23 deste mês
O problema não afeta somente a República dos Camarões, comentou um membro da Cites (sigla em inglês para Convenção para o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Selvagem), mas se reproduz em outras regiões da África.
A caça ilegal atingiu níveis consideráveis em 2011, alertou a Cites. Nas últimas semanas, a estação de seca colaborou com a matança de elefantes por grupos de países próximos a Camarões, como Chade e Sudão.

Fonte: Folha.com

Cientistas querem veto a texto-base do novo Código Florestal


As duas principais instituições que representam os cientistas do país sugeriram que a proposta do novo Código Florestal seja vetada pela presidente Dilma Rousseff.
Em documento entregue nesta segunda-feira (27) na USP de Piracicaba ao relator do Código Florestal, o deputado ruralista Paulo Piau (PMDB-MG), a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e a ABC (Academia Brasileira de Ciências) solicitaram que alguns artigos sejam excluídos do texto "já que eles não poderão mais ser corrigidos no âmbito do legislativo".
Caso a supressão não aconteça, a proposta é que esses trechos sejam vetados.
Entre eles está o artigo 16, que inclui as APPs (Áreas de Preservação Permanente) na conta da Reserva Legal --regiões florestais que devem ser preservadas por lei nas propriedades rurais do Brasil.
Hoje, quem tem terra no campo deve garantir cerca de 20% em florestas (taxa que varia em cada região do país), além das APPs.
Se as APPs entrarem na conta das Reservas Legais como propõe o novo código, a área florestal em cada propriedade reduziria bastante.
Uma terra que tenha hoje 30% em florestas, sendo 10% de APPs e 20% de Reserva Legal, por exemplo, ficaria obrigada por lei a manter apenas 20% das áreas florestais.
BIOMAS E DEGRADAÇÃO
Os cientistas também querem suprimir trechos que reduzem a proteção de biomas (como os mangues, no artigo 8) e que permitem a aquisição de florestas em regiões distantes de onde a vegetação nativa foi ilegalmente degradada (artigo 68).
"Se esses artigos não forem retirados do texto do novo Código Florestal, teriam de ser vetados pela presidente Dilma Rousseff", afirmou o biólogo Ricardo Rodrigues, da USP de Piracicaba.
Ele é do grupo de trabalho sobre o Código Florestal da SBPC, criado em junho de 2010.
"Mas sabemos que esse veto será praticamente impossível", completou Rodrigues.
De acordo com o biólogo, o texto que chegou do Senado à Câmara dos Deputados estava "muito ruim" e, agora, ficou "compreensível".
"Mas há muitos pontos que precisariam ser alterados."
O documento entregue ontem, preparado pela SBPC e pela ABC, afirma que o texto em discussão apresenta "graves problemas".
"Para que não se alegue o aval da ciência ao texto ora em fase final de deliberação no legislativo, a SBPC e a ABC vem novamente se manifestar e reiterar suas posições", afirma o documento.
O Senado aprovou o texto-base da reforma do Código Florestal em dezembro de 2011. A votação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados está agendada para os dias 6 e 7 de março.

Fonte: Folha.com