segunda-feira, 19 de abril de 2010

Vulcão provoca transtornos nas estradas da Islândia

Pasto é contaminado pelas cinzas e 700 pessoas precisaram abandonar suas casas.

                Nossos repórteres viajaram à Islândia e registraram de perto o vulcão que está provocando tanta confusão na Europa.

                Uma montanha de gelo em fúria. Uma coluna de fumaça com oito quilômetros de altura. Eiafiatlaiogut: Esse é o nome do vulcão na que cobriu a Europa de cinzas.
                 Durante um arriscado voo até a boca do vulcão, dá pra perceber até a existência de relâmpagos no meio da erupção. E nem todos podem andar nas estradas.
                 Só jornalistas e equipes de resgate podem passar.
                 No domingo, a chuva que caiu limpou o ar por algumas horas. Mas formou uma grossa camada de lama negra.
                  As equipes de resgate aproveitaram para consertar casas danificadas. Os animais das fazendas estão confinados. Eles não podem se alimentar do pasto contaminado pelas cinzas e 700 pessoas tiveram que abandonar suas casas.
                 Um fazendeiro viu a nuvem de cinzas vulcânicas avançar lentamente sobre sua propriedade. E conta que só teve tempo de levar os animais para o celeiro e se esconder dentro de casa. A esperança dele é a de que as cinzas parem de cair e a grama volte a crescer.
                   Mas ele sabe: a natureza manda e tudo o que ele pode fazer é esperar.

Repórteres chegam perto do vulcão na Islândia

Antes de decolar, o piloto do helicóptero avisa que as turbinas podem ser danificadas por causa das cinzas do vulcão. Mesmo assim, nossa equipe decola.

               Islândia. Frio e fogo. Na terra do gelo, o planeta mais uma vez mostrou sua força. Pela boca do Eyjafjallajokull. Este é um voo perigoso. Antes de decolar, o piloto do helicóptero nos explica: "Se as cinzas entrarem nas turbinas, o motor será destruído e o seu dia acaba ali." Mesmo assim, decidimos decolar.

                Em pouco tempo, encaramos a montanha fumegante. A gigantesca coluna de fumaça tem quase oito quilômetros de altura.Perto dela, os ventos mudam muito rápido.Não podemos ficar mais do que alguns minutos.
                Mas é o suficiente para compreender que quem manda aqui é a natureza. A equipe chega a pouco mais de um quilômetro da boca do vulcão. A fumaça e todas as partículas são jogadas para o alto, a quase seis quilômetros de altura. Segundo os geólogos, pode ser só um pequeno aviso de uma gigantesca erupção que pode acontecer a qualquer momento.

                Neste domingo (18), a quantidade de cinzas diminuiu. Mas os geólogos avisam: a montanha é como uma panela de pressão: debaixo de todo o gelo, há lava em altíssima temperatura, que ainda pode jorrar a qualquer momento.
               Lá embaixo, o pó vulcânico cobre os vilarejos, escurece o dia e espalha um macabro cheiro de enxofre no ar. A chuva de hoje limpou o céu, mas transformou a poeira em barro vulcânico.
               O vulcão não fez nenhuma vítima na Islândia. As equipes de resgate conseguiram retirar todos os habitantes dos lugares onde ocorreram avalanches. A maior preocupação agora é reconstruir casas, celeiros e manter os animais confinados porque o que sobrou do pasto está contaminado.

Cinzas de vulcão ainda preocupam moradores da Islândia

Setecentos moradores deixaram as casas e não há previsão de quando vão voltar.




                 Vamos voltar a falar do vulcão que parou o mundo essa semana. A grande preocupação, neste momento, na Islândia é com a poluição causada pelas cinzas. A população tenta se proteger como pode.

                 As casas que estavam no caminho das cinzas ficaram assim: cobertas de uma lama negra. Em uma casa, a mesa que ficava na varanda acabou coberta com quase cinco centímetros de cinzas. Setecentos moradores deixaram as casas e não há previsão de quando vão voltar.
                 A principal estrada da região foi interrompida. O rio cheio de cinzas invadiu a pista e levou tudo. Um fazendeiro conta que ficou assustado quando viu a nuvem de cinzas avançar lentamente sobre sua propriedade. E que só houve tempo de levar os animais para dentro do celeiro, fechar a casa e ficar escondido lá dentro.
                 Uma geóloga faz parte de uma equipe de cientistas que está na Islândia para tentar compreender o que pode acontecer daqui para frente. 
                  Ela passa o dia ouvindo a mesma pergunta de jornalistas do mundo todo e das autoridades do país: quando a erupção vai parar?
                  Ela diz que não há previsão. E mais: que é preciso entender que a terra está viva e que as pessoas não têm poder sobre ela.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Erupção vulcânica na Islândia é a maior dos últimos 200 anos no país

Fenônemo abriu rachadura no gelo de no mínimo 500 metros.

O Fimmvorduhals estava inativo desde 1823.

                 Mais de 600 pessoas foram evacuadas neste domingo (21) pela erupção do vulcão Fimmvorduhals, no sul da Islândia, que obrigou o governo a decretar estado de emergência na regiã.
                 As pessoas evacuadas, que vivem em três cidades próximas ao vulcão, foram hospedadas em uma escola e atendidas por funcionários da Cruz Vermelha. Ainda não se sabe quando elas poderão voltar para casa.

                 O aeroporto de Keflavik esteve fechado para o tráfego aéreo internacional durante várias horas devido à pouca visibilidade provocada pelas cinzas lançadas pelo vulcão. Depois do meio-dia local (9h de Brasília), foram retomados os voos internacionais, mas não os voos domésticos.
                 Os cientistas avaliaram a erupção de categoria baixa, mas temem que possa haver outra mais severa no Katla, um vulcão próximo e com maior poder de destruição.
                  A ameaça de possíveis enchentes foi descartada após o exame realizado na área pelos técnicos, mas a proximidade do epicentro da geleira faz com que se mantenha a declaração de emergência.
                  O vulcão subterrâneo Fimmvorduhals, cuja erupção era esperada pelos especialistas havia tempo, está situado sob o gelo, entre as geleiras de Eyjafjalla e Mýrdal, cerca de 120 quilômetros ao leste de Reykjavik. 
                   A erupção, que ocorreu por volta da meia-noite local (21h de Brasília), abriu uma rachadura de comprimento entre 500 metros e 1 quilômetro no gelo. O Fimmvorduhals não entrava em erupção desde 1823.
                  A Islândia é uma ilha formada pela atividade vulcânica e ainda conta com inúmeros vulcões subterrâneos ativos. O mais conhecido é o Hekla, que entrou em erupção pela última vez há dez anos.