quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Barulho no mar atrapalha comunicação entre baleias


Pesquisadores afirmam que o aumento do volume de ruído embaixo d'água, criado pelo tráfego de embarcações, está envolvendo as baleias francas em uma "névoa acústica", que dificulta sua comunicação.
A espécie do Atlântico Norte, ameaçada de extinção, usa mais a audição do que a visão. Os bichos mantêm contato entre si por meio dos sons.
Um artigo escrito por pesquisadores do governo americano e da Universidade Cornell estima que, nos últimos 50 anos, a área onde as baleias se comunicam na região de Massachusetts, nos EUA, tenha caído dois terços por causa do barulho.
Isso dificulta as atividades dos animais, como se juntar e compartilhar informações que os ajudem a achar comida, evitar predadores, se reproduzir e proteger seus filhotes.
A líder do estudo, Leila Hatch, do National Oceanic and Atmospheric Administration, comparou a situação das baleias à de uma pessoa numa festa lotada que precisa gritar ou sair do recinto para ser ouvida.
No caso das baleias, elas podem mudar a frequência ou o volume do canto, o que pode limitar a eficácia da comunicação e causar estresse nos bichos, diz Hatch.
A espécie chegou perto da extinção no século 18. Hoje restam entre 350 e 550 baleias francas do Atlântico Norte.
Para realizar o estudo, os cientistas usaram dados coletados por microfones na água na baía de Massachusetts.
Uma solução para o problema seria melhorar o design dos navios para que eles gerassem menos ruído, mas isso pode demorar muito para acontecer.

Fonte: Folha.com

Pesquisa cria índice global de saúde dos mares




Um grupo de cientistas acaba de produzir o primeiro índice global de saúde dos oceanos, uma ferramenta que deve ajudar a avaliar o estado dos mares da Terra.
O índice leva em conta os principais fatores que influenciam a qualidade dos ecossistemas marinhos e das atividades econômicas que dependem deles: a viabilidade da pesca, a presença de biodiversidade, a capacidade dos mares de estocar gases do efeito estufa e o turismo, entre outros quesitos.
Cada um dos dez fatores recebe uma "nota" de 0 a 100, que depois é ponderada para chegar a uma nota da saúde geral do mar em cada região do planeta.
A pesquisa, publicada na revista científica britânica "Nature", deu uma pontuação de 60 à média da saúde dos mares do planeta. Entre as regiões, a nota mais baixa, 36, foi para Serra Leoa, no oeste da África. A mais alta foi 86, para a ilha Jarvis (desabitada), perto do Havaí. O Brasil, com uma nota geral de 62, se saiu ligeiramente melhor que a média dos países.
Editoria de Arte/folhapress
"Não dá para fazer o manejo sustentável da saúde do oceano sem ter uma ferramenta para medi-lo", explica Ben Halpern, diretor do Centro de Avaliação e Planejamento Marinho da Universidade da Califórnia em Santa Barbara e um dos líderes do projeto. Para ele, o índice dá às populações que exploram os oceanos uma ideia de como suas práticas afetam os recursos marinhos dos quais dependem para viver.
Segundo Halpern, a "nota" geral de 60 indica que, embora muita coisa precise ser melhorada, "há coisas boas acontecendo" em termos de conservação marinha.
A maioria das regiões marinhas estudadas pelo projeto ficam em águas a uma distância máxima de 350 km da costa de cada país, as chamadas zonas econômicas exclusivas nacionais, sobre as quais cada país tem direitos de exclusividade de exploração.
No geral, países em desenvolvimento tiraram notas mais baixas, enquanto as nações mais ricas tinham pontuação mais elevada. Há, porém, exceções: países pobres como Seychelles e Suriname tinham pontuação alta, contra notas baixas da Polônia e de Cingapura.

Fonte: Folha..com(extraido do New York Times)

Gelo marinho do Ártico está perto de mínima histórica


O gelo marinho que recobre o oceano Ártico provavelmente chegará à sua menor extensão na história registrada até o fim deste mês, afirmou Ted Scambos, cientista-chefe do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos.
A tendência de diminuição continuará por algumas semanas depois desse ponto mínimo, afirmou Scambos.
O recorde de degelo anterior ocorreu em 2007.

Nasa/Reuters
Imagem de satélite mostra o oceano Ártico no verão de 2007, outra mínima recorde

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Mesma força que ajuda tartarugas a não se perder desperta os vulcões


Essa semana, um vulcão que estava dormindo há mais de um século entrou em erupção na Nova Zelândia, lançando pedras a até 1 quilômetro de altura e espalhando cinzas em um raio de 60 quilômetros.
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No centro da África, uma equipe de cientistas arrisca a vida para desvendar o segredo desses gigantes ancestrais.

Uma tartaruga nada milhares de quilômetros pelo Oceano Atlântico todos os anos, mas sempre volta para a mesma praia. Nunca erra, nunca se perde. Como ela faz isso? A resposta tem a ver com a mesma explicação dos vulcões. Esses gigantes ficam silenciosos até resolverem explodir.

“Não existe possibilidade de você fazer uma previsão de uma manifestação vulcânica. É uma força construtiva porque constrói parte do relevo terrestre, e ao mesmo sem tempo é uma força destrutiva, porque afeta pessoas que moram nas proximidades”, diz João Wagner Castro, geólogo do Museu Nacional da UFRJ.

No Monte Nyiragongo, na República Democrática do Congo, na África, fica um dos vulcões mais ativos do mundo. A última erupção foi em 2002 e provocou a morte de 147 pessoas. Bem no centro da cratera, a lava chega a borbulhar; é um calor de 800°C, mas isso não assusta a equipe de pesquisadores, liderada pelo geólogo Dario Tedesco. “Esse vulcão pode nos ajudar a entender os segredos por trás de uma erupção”, explica ele.

Para isso, eles precisam coletar amostras de lava dentro do vulcão em atividade. Todo cuidado é pouco, o solo é instável e o vulcão emite gases tóxicos, como o enxofre.

É preciso usar uma roupa para altas temperaturas para chegar lá embaixo. Apenas um pesquisador desce e se a lava respingasse nele, nem a roupa especial seria capaz de protegê-lo. A morte seria instantânea.

A lava começa a descer pelas encostas a uma velocidade que chega a 60 km/h. É a última chance de pegar uma 
amostra da lava. Missão cumprida: o cientista começa a voltar. A lava recolhida, já fria e escura, parecendo um pedaço de carvão, é levada para o laboratório e analisada.

Os gases presos nesse pequeno pedaço de rocha vulcânica revelam de onde ela veio. Aproximadamente 2 mil quilômetros terra adentro, no magma, um imenso oceano de rocha tão quente, quase 2500°C graus, que entra em fusão e fica líquido.

É sobre esse manto incandescente que ficam as placas tectônicas. São 14 imensas placas rochosas que compõem um enorme quebra-cabeça. As placas estão em constante movimento, imperceptível para nós humanos. Mas basta um pequeno atrito entre elas para causar um terremoto. As placas deslizam bem devagar e há milhões de anos sobre o magma quente. Tão quente que acaba gerando uma enorme pressão. Sem ter por onde escapar, a lava é empurrada para cima, e se acumula em bolsões até explodir em uma erupção.

São centenas de vulcões espalhados pelo mundo. Os cientistas não conseguem prever quando serão as próximas erupções. Uma bomba relógio gigante sem hora para explodir.

Mas e a tartaruguinha? O que ela tem a ver com os vulcões? Do outro lado do mundo, no Oceano Atlântico, o bichinho volta ao mar para mais uma viagem.

Ken Lohmann é um pesquisador que estuda como os polos terrestres influenciam o comportamento dos animais. A resposta está nos campos magnéticos da terra. Em um laboratório, com a ajuda de ímãs, ele muda os polos magnéticos ao redor do tanque. Imediatamente, a tartaruga, que nadava em uma direção, muda de trajeto.

“É como se o campo magnético guiasse um sensor, uma bússola que existe dentro da tartaruga", explica Lohmann.

Em qualquer lugar do planeta, a tartaruga sabe exatamente onde está, e assim consegue voltar à mesma praia todos os anos. A explicação para tudo isso está no centro da Terra, além do magma: o núcleo do nosso planeta. Uma massa esférica rica em metais do tamanho da lua. E tão quente quanto à temperatura na superfície do sol, 2000°C. Lá, a pressão é muito grande, quase 4 milhões de vezes mais do que na atmosfera onde vivemos.

O núcleo metálico é como um grande ímã, o campo magnético do planeta se estende por milhares de quilômetros até o espaço e protege a terra da radiação dos ventos solares. Um escudo que garante a vida no planeta, o núcleo da Terra é capaz de empurrar o magma até a superfície e fazer o vulcão entrar em erupção. E também ajudar as tartaruguinhas acharem o caminho de casa, uma força invisível e muito poderosa. Apesar de assustador, esse comportamento é normal para o Círculo de Fogo do Pacífico, um conjunto de quase 500 vulcões que cercam o maior oceano do planeta. 

Fonte: Fantástico.globo.com

domingo, 12 de agosto de 2012

Uma verdade inconveniente


Uma Verdade Inconveniente Al Gore from PortalGarcia on Vimeo.

O ex-vice presidente dos Estados Unidos Al Gore apresenta uma análise da questão do aquecimento global, mostrando os mitos e equívocos existentes em torno do tema e também possíveis saídas para que o planeta não passe por uma catástrofe climática nas próxima décadas. Ganhador do Oscar..