quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Desenvolvimento sustentável de megacidades

Bom pessoal atendendo uma sugestão de uma leitora (Alessandra Ribeiro) estou aqui colocando esta matéria, espero que gostem e façam como ela se quiserem ler sobre algo mande o seu recado.

Com tecnologias inovadoras, as megacidades brasileiras podem tornar-se mais ecológicas, aumentar a qualidade de vida dos seus habitantes e cortar custos – tudo ao mesmo tempo



A América Latina é a região mais urbanizada no mundo em desenvolvimento. Por isso existe um grande potencial para um desenvolvimento sustentável em megacidades da América Latina. Aproximadamente 80% da população do Brasil (atualmente 196 milhões) vivem em cidades. Os centros urbanos mais densamente povoados são: São Paulo, com uma população de 20,3 milhões de habitantes, e Rio de Janeiro, com aproximadamente 11,4 milhões. Essa urbanização crescente está forçando as cidades no Brasil e em outros países a tornarem as suas infraestruturas mais eficientes e sustentáveis em áreas como fornecimento de eletricidade e smart grid, além de mobilidade e edifícios verdes. Por causa dos próximos grandes eventos, as soluções de segurança também estão se tornando cada vez mais importantes.
Na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) no Rio de Janeiro em junho de 2012, os participantes expressaram o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável. Mais de 14.000 pessoas de todo o mundo visitaram as exibições no pavilhão do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). Ali, a Siemens organizou e participou de eventos paralelos e de conferência sobre liderança de pensamento. “O lema da Siemens na Rio+20 foi ‘Podemos agir agora’. O PNUMA dá apoio total a essa chamada para a ação”, disse Achim Steiner, Diretor Executivo do PNUMA e Sub-Secretário Geral das Nações Unidas. A Siemens lançou um projeto de reciclagem e educação ambiental na Lagoa Rodrigo de Freitas e apresentou as descobertas em um estudo pioneiro sobre como o Rio de Janeiro será de 2030 a 2040. Em uma exibição, a nossa empresa mostrou como a inovação apoia o desenvolvimento sustentável e no evento “Estudantes pela Sustentabilidade”, a Siemens reuniu equipes de estudantes de diferentes países para desenvolver a próxima geração de líderes em sustentabilidade.
A Siemens é uma líder internacional em desenvolvimento sustentável de cidades e megacidades, com conceitos e soluções para energia, smart grid, mobilidade, edifício verde, sistema de segurança, e sistemas de saúde.
Uma variedade de iniciativas da Siemens promove ideias para o desenvolvimento sustentável de uma cidade verde. O Índice Verde de Cidades da América Latina, por exemplo, mostra o grau de sustentabilidade das cidades brasileiras hoje. São Paulo estabelece uma referência com emissão zero de CO2 gerada pelo consumo de energia. No Relatório Resumido do Índice de Cidades Verdes, o Rio de Janeiro está destacado como a cidade com a maior quantidade de área verde por pessoa apesar da sua grande densidade populacional típica das megacidades. E de acordo com o estudo "Pictures of the Future Rio 2030-2040", até 2030 o Rio poderá se tornar a capital latino-americana para negócios, turismo, e eixo de pesquisa e desenvolvimento de alta tecnologia.
Fonte: Siemens.com

sábado, 17 de novembro de 2012

Baleia branca é capaz de imitar a voz do homem

Uma equipe de investigadores norte-americana, liderada por Sam Ridgway, presidente da Fundação Nacional para Mamíferos Marinhos, na Califórnia, refere que a baleia beluga, também conhecida como baleia branca (Delphinapterus leucas), é capaz de imitar a voz humana, tal como os papagaios. O estudo foi publicado ontem na Current Biology, onde os autores apresentam registos de análise espectral de gravações. 

Já, em 1984, um mergulhador apercebeu sonoridades semelhantes a vozes humanas vindas de uma beluga, baptizada de Noc e guardada durante 30 anos em cativeiro num dos aquários de San Diego. Os sons do cetáceo eram tão convincentes que por momentos pensou que eram pessoas a dizer-lhe para sair da água. A Noc morreu há cinco, mas a sua voz ficou gravada. 

Os sons emitidos pela beluga são várias oitavas abaixo dos chamamentos normais das baleias. Portanto, para a Noc conseguir reproduzir a sonoridade semelhante à do ser humano teve de treinar-se a moldar a pressão do ar nas narinas, já que não utilizam a laringe para produzir sons, tal como o homem. 

Para o estudo, os cientistas conseguiram gravar os sons emitidos. As análises técnicas revelaram semelhanças com alguns padrões da fala humana, como amplitude e ritmo. Ao gravar os sons de Noc, descobriram um ritmo similar ao da fala humana e frequências mais baixas que os sons típicos das baleias, muito mais próximos das vozes humanas. "Os sons que escutamos eram um claro exemplo de aprendizagem vocal por parte da baleia branca", afirmou Ridgway. 

Os sons emitidos pela beluga são várias oitavas abaixo dos chamamentos normais das baleias. Portanto, para a Noc conseguir reproduzir a sonoridade semelhante à do ser humano teve de treinar-se a moldar a pressão do ar nas narinas, já que não utilizam a laringe para produzir sons, tal como o homem. 

Não é a primeira vez que investigadores revelam este tipo de comportamento em belugas. Já nos anos 70, outro célebre mamífero do aquário de Vancouver, no Canadá, chamado de Lagosi, tentava pronunciar o seu nome.



Fonte:Biologia noticias

Predadores Marinhos: muito além dos tubarões


A palavra “predador” evoca criaturas agressivas, poderosas, ameaçadoras, perigosas. Em nossos pensamentos, quem sintetiza tais características nos ambientes marinhos são os tubarões. Porém, estas afirmações carregam conceitos que  – como todas as generalizações  –  contém inverdades. Primeiro, porque os tubarões são apenas  alguns dos vários grupos de animais marinhos que predam outros seres. Segundo, pelo fato de que nem sempre um predador faz por merecer os adjetivos acima. Os três exemplos a seguir comprovam isto e ajudam a derrubar alguns mitos.
Dois predadores marinhos aparentados são as garoupas e os meros, membros de um grupo de peixes da família Serranidae (subfamília Epinephelinae) composto por quase 160 espécies. Apesar do tamanho – chegam a 2,5 metros e 400 quilos -, os meros e as garoupas são pacatos e vivem boa parte do tempo entocados no fundo dos mares, espreitando presas como lagostas, polvos, outros peixes e filhotes de tartarugas. O mero, em particular, aparece na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) – o mais conceituado inventário do estado de conservação das espécies vivas do planeta  – como “criticamente ameaçado”. Das seis categorias que definem o grau de ameaça ao qual uma espécie está sujeita, esta é a mais alta antes da extinção. A principal causa que coloca os meros nesta categoria preocupante é a pesca, já que estes peixes são considerados um troféu muito especial e procurado na pesca submarina. Sua carne, assim como a da garoupa, é branca e muito apreciada na culinária. Mansos a ponto de se deixarem tocar com as mãos sem esboçar reação, são presa fácil para os arpões.
Já a garoupa-verdadeira habita os mares mais ao sul do Brasil e também está em risco de extinção. Aparece na lista da IUCN em um grau abaixo dos meros em nível de ameaça, mas isto não traz grande alívio, já que suas populações estão em declínio. Vale lembrar que a espécie ocupa um papel honrado no Brasil, uma vez que é ela quem ilustra a cédula mais valiosa de nosso dinheiro: a nota de 100 reais.
Em outro grupo de peixes, pertencentes à família Sphyraenidae, aparecem as barracudas, com 18 espécies espalhadas pelos oceanos. De corpo alongado, movimentos ágeis e aparência assustadora (devido principalmente aos dentes salientes e afiados como lâminas), aproximam-se mais  de como imaginamos um predador, quando comparadas aos pacatos meros e garoupas. Mas, assim como estas espécies, as barracudas geralmente não representam perigo significativo ao homem. Apesar do temor que geram, parecido com o medo generalizado que temos pelos tubarões, grande parte dos relatos de ataques de barracudas a humanos carece de confirmação, havendo casos em que são atraídas por objetos brilhantes (como jóias e bijuterias) que remetem a um apetitoso peixe. 
Estes são três tipos de peixes  que, junto com os tubarões, compõem um dos mais destacados grupos de predadores marinhos e desempenham papel importante nos oceanos. Como predadores do topo da cadeia alimentar, ajudam a controlar as populações das espécies das quais se alimentam, mantendo o equilíbrio natural no ambiente. Sua presença em uma determinada área pode indicar que aquele ambiente está saudável, já que qualquer alteração na cadeia alimentar poderá fazer com que não tenham mais alimento e desapareçam do local. São os chamados bioindicadores, como é a onça-pintada em alguns ambientes terrestres

Por Daniel de Granville



Garoupa
Gordon - Goliath grouper.jpg
Mero

Garoupa-verdadeira

Barracudas

Até dois terços das espécies marinhas podem ser desconhecidos, diz estudo

Nos últimos dez anos, mais espécies marinhas foram descobertas pela ciência do que em qualquer outra década da história. Apesar disso, cientistas estimam que até dois terços das espécies que habitam os oceanos ainda sejam completamente desconhecidas, afirma estudo recém-publicado na revista científica "Current Biology".
A publicação americana divulgou hoje em seu site o lançamento de um censo da vida marinha, criado a partir da colaboração de diversos cientistas ao redor do mundo.
O Worms (Registro Mundial de Espécies Marinhas) foi criado a partir do trabalho de 270 estudiosos de 146 instituições, provenientes de 32 países. O catálogo pode ser acessado gratuitamente através do site http://www.marinespecies.org, e é constantemente atualizado a partir da descoberta de novas espécies.
Russ Hopcroft/AP
A lesma-do-mar "Platybrachium antarcticum", que vive na Antártida
A lesma-do-mar "Platybrachium antarcticum"

Mark Costello, pesquisador da Universidade de Auckland (Nova Zelândia) que ajudou na construção do projeto, afirmou que o trabalho de coleta de dados "não foi tão fácil quanto deveria".
"Um problema encontrado pelos pesquisadores foi a ocorrência de diferentes nomes e descrições para as mesmas espécies, os chamados sinônimos", afirmou Costello. As baleias e golfinhos, por exemplo, apresentam em média 14 diferentes nomes científicos para cada espécie, em geral dadas por pesquisadores diferentes que estão trabalhando com o mesmo bicho sem saber. Quando esse problema é percebido, fica valendo o nome que foi publicado primeiro.
A partir da exclusão dos sinônimos, cerca de 40 mil espécies foram retiradas da base de dados que forma o Worms, apesar de seus nomes científicos continuarem disponíveis para a consulta no site.
"Pela primeira vez podemos fornecer um olhar detalhado sobre a riqueza de espécies marinhas. Nunca soubemos tanto sobre a vida nos oceanos", afirmou Ward Appeltans, colaborador do projeto e membro da Comissão Intergovernamental de Oceanografia, órgão ligado à Unesco.
A partir do levantamento das quase 215 mil espécies já catalogadas pelo Worms, pesquisadores estimam que o número total de espécies que habitam os oceanos possa chegar a até 1 milhão. Até a publicação desse estudo, estimativas costumavam apontar para números muito maiores.
A pesquisa fornece um ponto de referência para esforços de conservação e estimativas de taxas de extinção, afirmam os pesquisadores. Eles esperam que a grande maioria das espécies desconhecidas -- principalmente pequenos crustáceos, moluscos, vermes e esponjas --- seja achada ainda neste século.
"Apesar de menos espécies viverem nos oceanos do que na terra, a vida marinha apresenta linhagens evolutivas muito mais antigas, fundamentais para a nossa compreensão da vida no planeta", disse Appeltans. "Em certo sentido, o Worms é só o começo."
Appeltans ainda ressaltou a importância do trabalho colaborativo dos cientistas na construção do projeto. "Esse banco de dados nos fornece um exemplo de como outros biólogos também podem colaborar para produzir um inventário coletivo de toda a vida na Terra", diz Appeltans.

Fonte: Folha.com