segunda-feira, 4 de março de 2013

Animais em extinção (Cont.)

Bom pessoa ai está o quarto animal ameaçado de extinção. Um animal pacifico e que vem sendo muito caçado. Mas existem projetos que estão fazendo com que alguns desse animais encontrados feridos voltem para a natureza !


04- Peixe Boi

peixe-boi (Trichechus sp.) é na verdade um mamífero marinho pertencente à ordem dos Sirênios, que possui um nicho ecológico muito diversificado, utilizando-se de vegetais para sua alimentação e tendo sua distribuição relacionada a ambientes rasos de rios, estuários  e mares. O peixe-boi é integrante da família Trichechidae.
Peixe-boi
Peixe-boi
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Sirenia
  Família: Trichechidae
Gênero: Trichechus
Os sirênios são protegido legalmente desde 1967, sendo que apenas a partir da década de 80 que a espécie Trichechus manatuscomeça a receber atenção do governo Federal.
No Brasil podemos encontrar duas formas do peixe boi, uma delas é o peixe-boi marinho (Trichechus manatus), tendo sua distribuição conhecida desde a região costeira da Flórida (EUA), Grandes Antilhas, México, América Central e presente também no nordeste brasileiro. A outra forma seria o peixe-boi amazônico (Trichechus inunguis), ocorrendo dentro do sistema fluvial do Rio Amazonas.
No Brasil as primeiras observações de peixes-boi foram já documentadas desde a descoberta do Brasil no ano de 1500, onde foram descritas observações de uma fêmea de  peixe-boi. Até mesmo o jesuíta José de Anchieta descreve a presença de peixe-boi marinho na região costeira do brasil, relacionando sua distribuição com a temperatura.
O peixe-boi também é conhecido pelo nome de Manatee. Estes animais possuem o corpo muito grande, sendo que seu comprimento total de corpo pode atingir os 4 metros. Por possuir grande tamanho, este animal também apresenta um grande peso, podendo atingir cerca de 1000kg. As fêmeas podem apresentar um tamanho maior que os machos. Estudos de estimativa de idade realizados para os manatees verificaram que estes animais podem chegar a viver cerca de 60 anos. Os filhotes ao nascer podem apresentar tamanhos entre 1.2m a 1.4 metros, tendo seu peso corporal de 30kg em média.
Estes animais quando em deslocamento podem atingir cerca de 5km/h, porém quando em deslocamento de viagem esta velocidade pode ser de 18 a 25km/h, durando pouco mais de algumas centenas de metros.
Os manatees apresentam baixa taxa reprodutiva. Os machos atingem a maturidade sexual quando possuem idade de 2 a 3 anos, sendo que as fêmeas vão atingir a maturidade sexual entre 3 a 5 anos. Na maioria dos casos a gestação ocorre nas fêmeas quando estas atingem cerca de 7 anos de idade. As fêmeas podem gerar um filhote a cada 2 a 3 anos, podendo gerar crias gêmeas, porém é um caso raro.
Os peixes-boi preferem ambientes onde a temperatura é superior a 20°C, pois temperaturas inferiores podem causar stress no animal e levar a morte. Estudos recentes mostraram que estes animais preferem ambientes onde a salidade é de 25ppt (partes por mil). O peixe-boi é um animal herbívoro, se alimentando de vegetação submersa, como algas e plantas vasculares. Estes animais não possuem competidores relacionados a alimentação, uma vez que são animais oportunistas e irão se alimentar do que estiver disponível no ambiente.
Os manatees apresentam poucos predadores, porém por muito tempo foram caçados para obtenção de alimento pelo homem, sendo que muitas populações em determinados locais ainda apresentam riscos de determinada atividade.
No país a pesca do peixe-boi é crime inafiançável, decretando prisão de dois anos, que mesmo diante deste fato, o animal é alvo de caça constante na Amazônia. A espécie adulta do peixe-boi é o alvo dos caçadores, para retirar a gordura e a pele do animal. A alta mortalidade das espécies adultas compromete a sobrevivência dos filhotes, que para sobreviverem precisam ser criados em cativeiro.
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), cuida hoje de 51 peixes-bois em cativeiro. O Instituto recebe animais feridos e juvenis com risco de sobrevivência, decorrente da mortalidade dos pais.
O grande número de peixes-bois nos cativeiros do INPA preocupa diante da falta de espaço e a dificuldade em alimentá-los, que é avaliada em mais de 15 toneladas de plantas aquáticas mensalmente.
O INPA fez uma experiência de soltar quatro peixes-bois no Rio Cuieiras-AM. Porém não obtiveram êxito. "Dois animais morreram e um a equipe perdeu o sinal e não foi possível continuar o monitoramento”, conta a bióloga Isabel Reis.
Hoje a expectativa do instituto é o projeto em semi-cativeiro, onde três animais serão soltos e irão reaprender a sobreviver em liberdade num lago de três mil metros quadrados, cercado por troncos em Manacapuru, localizado a 70 km de Manaus. Para monitorá-los os pesquisadores vão prender rastreadores nas caudas. "Eles vão permanecer de seis meses a um ano nessas regiões, até que consigam se alimentar sozinhos. Após esse período serão reintroduzidos na natureza definitivamente", descreve o biólogo Diogo Souza.
O numero de peixes-bois existentes na Amazônia é desconhecida, mas o INPA alerta que a situação do animal é muito grave. “Aqui o número de filhotes não pára de crescer. Se continuar assim, com esse ritmo de matança, com certeza a espécie pode vir a desaparecer", alerta a bióloga Gália Mattos.




Fonte: Infoescola e petpesca

Espero que tenham gostado de conhecer mais um animal incrível e não se esqueçam de deixar comentários ! Até a próxima !

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