quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Origem das tartarugas


O começo do universo, da terra,
da vida e das tartarugas marinhas.

4,5 bilhões a.p.: surgimento do planeta terra.
Existem no universo milhões de estrelas e vários sistemas solares. No nosso sistema solar, uma variedade de cometas, meteoritos, asteróides e planetas se formaram. A terra, um desses planetas, surgiu há 4,5 bilhões de anos.



3,5 bilhões a.p.: primeiras formas de vida. 
A atmosfera e os oceanos se formaram após um longo período de atividade vulcânica intensa, com a liberação de gases compostos, a ação da radiação solar e de descargas elétricas. Surgiram substâncias como a água, o gás carbônico, o metano e o cianeto. Juntos, eles são a essência da vida. A partir dessa combinação, há 3,5 bilhões de anos surgiram as primeiras formas de vida, simples como moléculas. 


2 bilhões a.p.: organismos multicelulares.

As primeiras moléculas evoluíram para organismos celulares que, ao se agregarem, originaram as primeiras formas de vida multicelulares, há dois bilhões de anos. Organismos fotossintetizantes apareceram e começaram a produzir oxigênio, possibilitando que a vida passasse a existir também fora da água.











550 milhões a.p.: invertebrados marinhos e vertebrados.

O aparecimento e a evolução das plantas e animais que hoje são mais familiares ocorreram nos últimos 550 milhões de anos, quando surgiram os invertebrados marinhos, seguidos dos peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos, nessa ordem.As mudanças nas formas dos animais e vegetais são decorrentes de mutações gênicas que possibilitam o aparecimento de novas características em seus descendentes, proporcionando novas adaptações ao meio natural. Estas adaptações são determinantes no surgimento de novas espécies melhor adaptadas e extinção daquelas menos adaptadas. Este processo é conhecido como seleção natural, conforme descrito pelo cientista inglês Charles Darwin, no século XIX,  em seu livro A Origem das Espécies.

220 milhões a.p.: primeiras tertarugas

Os primeiros quelônios surgiram derivadas de ancestrais terrestres e passavam a maior parte do tempo na água.












150 milhões a.p.: domínio dos dinossauros.

Desenvolvendo formas de vida variadas, os dinossauros dominaram a terra há 150 milhões de anos. Nesse mesmo período, os atuais continentes se separaram e aos 110 milhões de anos surgiram as primeiras tartarugas marinhas.
65 milhões a.p.: extinção em massa dos dinossauros.


Uma série de mudanças no clima do planeta provocou a extinção em massa dos dinossauros. Mas as tartarugas sobreviveram, diferenciando-se em várias espécies. Todas, porém, mantiveram sua característica principal: o casco protetor, formado pela fusão de costelas e vértebras e coberto por placas de queratina.

 2,5 milhões a.p.: Idade da Pedra.

Supõe-se que o homem se alimenta das tartarugas marinhas desde a Idade da Pedra, iniciada no chamado período Paleolítico Inferior, quando seus ancestrais começaram a fabricar os primeiros utensílios. 
40 mil a.p.: chegada do homem à América.
Aves e mamíferos evoluíam e dominavam os ambientes aéreo e terrestre, até que, há 40 mil anos, o homem chega à América. Imagina-se que os índios no litoral brasileiro coletavam os ovos e caçavam as tartarugas que subiam à praia para desovar e as que ficavam presas nas poças d’água durante as marés baixas. O hábito era comum em diversas culturas, em todo o mundo. Mas, até então, não havia risco de extinção. porque as populações de tartarugas eram numerosas e bem distribuídas.

Século XV: exploração comercial.
  Com o desenvolvimento do mercantilismo, a relação homem-tartaruga passou a representar um risco para esses animais. Na América, a chegada dos colonizadores a transformou em valiosa mercadoria de comércio. Os próprios índios e caboclos as matavam e vendiam. Mantendo-as vivas nos porões dos navios, garantiam carne fresca durante as longas viagens trans-oceânicas. Na Europa, eram transformadas em pratos requintados, jóias e outros ornamentos sofisticados.
  Século XX: degradação dos habitats e incremento pesqueiro.

Além da caça, as tartarugas passaram a sofrer também com a perda de importantes áreas de alimentação e reprodução, devido à ocupação desordenada do litoral e à poluição marinha. O incremento da pesca industrial também acelerou o processo de redução das populações. Assim, após milhões de anos habitando os oceanos, um curto período de apenas três ou quatro séculos de exploração comercial foi suficiente para que as tartarugas marinhas passassem a correr risco de desaparecer.




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