quarta-feira, 31 de março de 2010

Brasileiro explica importância de experimento com acelerador de partículas

Brasileiro explica importância de experimento com acelerador de partículas


             Será que estamos perto de provar como surgiu o universo? Cientistas do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares comemoram a reprodução, pela primeira vez em laboratório, de um mini Big Bang - a explosão que teria dado origem ao universo. O que será que pensam os nossos cientistas sobre este assunto?
             Eletróns, prótons, partículas - são componentes físicos presentes em tudo. O que somos e o que vemos. Montanhas, mares, seres vivos, ar, a vida. Como surgiram? A explosão cósmica, o Big Bang, teria ocorrido, e como? Há centenas de anos os cientistas buscam decifrar esse enigma

             Na teoria, a possibilidade de o mundo ser o resultado de uma grande explosão é bastante viável. Mas é preciso comprovação. É o que a ciência busca em experimentos como o feito no Centro Europeu de Pesquisa Nuclear, em Genebra, na Suíça. Todo o processo foi acompanhado, passo a passo, no Brasil, pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas.

            “Esse experimento busca entender basicamente não só a composição da matéria mas também o universo como um todo, as leis da física, o que dá massa paras as partículas, porque o próton e o elétron têm essa massa, o que acontece que uma partícula basicamente é desviada no campo magnético, no campo elétrico, como se dá essa interação entre as partículas, como é que a natureza funciona”, explica o físico do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas Gilvan Alves.
             Em uma máquina, chamada acelerador de partículas, que tem uma circunferência de 27 quilômetros, é jogado um imenso jato de hidrogênio. Ao passar por um campo elétrico de 750 quilovoltz, o elétron é separado do próton. A velocidade vai aumentando rapidamente. Dois feixes de prótons circulam em direções opostas. A máquina fica ainda mais veloz e os dois feixes batem de frente.
              Foi a terceira vez que os cientistas tentaram provocar uma colisão entre prótons, que são as menores partes de um núcleo atômico. Desta vez eles tiveram sucesso porque conseguiram atingir quase 100% da velocidade da luz.
              Foi o que possibilitou o surgimento de várias outras partículas. O desafio agora é descobrir quais delas ainda são desconhecidas pelos pesquisadores. O grande sonho é encontrar o que a ciência chama de "bóson de Higgs" - uma partícula que é a responsável pela massa de todas as outras partículas. Ou seja: o homem está mais perto da possibilidade de descobrir se somos ou não o resultado de uma explosão cósmica.
             “Estamos tentando entender o universo como ele era poucos instantes após o Big Bang. Para chegar realmente a entender toda a física, ainda falta muita coisa. Seria interessante provar que ela está errada, porque a gente teria que começar tudo de novo, seria uma verdadeira revolução na física”, aponta o físico Gilvan Alves.

Cientistas recriam o Big Bang em laboratório

A experiência foi feita no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares, que fica na fronteira da Suíça com a França. Foi como assistir ao nascimento do mundo.



               Cientistas na Europa alcançaram um feito histórico nesta terça. Eles recriaram em laboratório a explosão que teria dado origem ao universo. A importância disso está na reportagem do correspondente em Londres, Marcos Losekann.

               Cientistas têm todos os motivos do mundo para comemorar e não é para menos, afinal, reproduziram em laboratório um mini Big Bang, a explosão que teria dado origem ao universo.
                A experiência foi feita no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares, que fica na fronteira da Suíça com a França. A 100 metros da superfície, está o túnel circular que tem 27 quilômetros de comprimento.
                Foi nesse túnel que os cientistas aceleraram prótons, partículas mínimas que formam os átomos, a uma velocidade próxima à da luz: quase 300 mil quilômetros por segundo. Quando os prótons se chocam, surgem partículas menores ainda e são essas partículas elementares da matéria que os cientistas querem estudar.
                A gente pode até dizer que foi como assistir ao nascimento do mundo. Muitas pessoas eram contra essa intenção dos cientistas de ''brincar de Deus'' porque temiam que o choque de partículas poderia criar um buraco negro, capaz de engolir tudo em volta dele.
               Felizmente, nada disso aconteceu. E tudo indica que em breve o mundo começará a tirar proveito de mais esse avanço da Ciência.
               Nos próximos dois anos, os pesquisadores vão usar o acelerador gigante para tentar comprovar a existência de uma nova partícula, Bóson de Higgs, também chamada de a Partícula de Deus, porque seria a responsável pela criação das estrelas e planetas.
               O Bóson de Higgs confirmaria a teoria do Big Bang. Isso pode ajudar os cientistas a entender a nossa origem.
               Cientistas brasileiros da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, da Universidade do Estado de São Paulo e da Federal do ABC participam do projeto e vão analisar os dados obtidos pelo acelerador de partículas.

Imagens do dia


domingo, 14 de março de 2010

Descobrindo o verde




Curiosidade! Como se forma uma pérola

            As pérolas são produzidas através de um processo natural. Podem ser encontradas dentro de um molusco que dá pelo nome de ostra. Na verdade é um simples processo de protecção destes animais, ou seja, a forma de se proteger de corpos estranhos que entrem nestes moluscos, para que estes não ponham em risco a sua integridade.

            As ostras não são os únicos moluscos que produzem pérolas. É um mecanismo que é utilizado por quase qualquer bivalve. No entanto, apenas as ostras produzem pérolas com o brilho atractivo que faz delas uma peça de joalharia, além de que a maioria das pérolas produzidas por outros moluscos não têm a durabilidade das pérolas produzidas pelas ostras.
            As pérolas utilizadas na joalharia são produzidas por duas espécies de ostras diferentes. Ostras de água salgada e ostras de água doce. Não pertencem à mesma família mas têm uma característica em comum. O seu interior é revestido por uma substância chamada nácar, ou como também é vulgarmente conhecido, madrepérola. É este material que constitui a maior parte da pérola. A título de curiosidade, as ostras comestíveis não produzem pérolas.
             Como já foi mencionado antes, a ostra é um bivalve, ou seja o organismo encontra-se protegido por duas conchas, chamadas valvas, que são mantidas unidas por um ligamento. As valvas normalmente estão ligeiramente afastadas no ponto oposto ao do ligamento para permitir a entrada de alimentos na cavidade formada pelas valvas.
             A ostra possui no seu interior um manto que cobre as valvas. Este manto é chamado nácar (ou madrepérola). À medida que a ostra aumenta de tamanho, também este manto acompanha o crescimento da ostra. Assim, este material tem de estar constantemente a ser produzido pela ostra, sendo criado a partir dos minerais contidos nos alimentos da ostra. Se uma substância estranha entrar dentro da ostra e se instalar entre a concha e o manto de nácar, isto irá criar uma irritação do manto. Como forma de protecção desta irritação, a ostra começa a cobrir este objecto estranho com nácar. Com o passar do tempo são sendo depositadas camadas sucessivas de nácar, o que acaba por ocasionar a formação de uma pérola.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Terremoto - explicação

Música de Raul Seixas

As Aventuras De Raul Seixas na Cidade de Thor


Raul Seixas

Composição: Raul Seixas


Trecho da música
Buliram muito com o planeta
E o planeta como um cachorro eu vejo
Se ele já não aguenta mais as pulgas
Se livra delas num sacolejo



Os terromotos estão acontecendo cada vez mais frequentes.
Pois o homem com sua ganancia tem destruido cada vez mais o PLANETA !!!

Esse trecho da música é uma versão bem humorada do que está acontecenod com o PLANETA !!!

sábado, 6 de março de 2010

Maior geleira da Nova Zelândia tem 20 quilômetros de extensão

A geleira Tasman fica ao lado do Monte Cook, o ponto mais alto do país com 3.754 metros. São montanhas cobertas de gelo, mesmo no período do verão.





                Os lagos azuis cercados de montanhas brancas, cobertas de neve, indicam que já estamos bem perto da maior geleira da Nova Zelândia: a Tasman, com mais de 20 km de extensão. E é pra lá que nós vamos.

                O piloto Brendon Hyatt é muito experiente e explica que, para voar sobre as montanhas geladas, o vento pode ser um grande aliado, mas também pode jogar o helicóptero contra a cordilheira. Já houve vários acidentes na área. A paisagem é cinematográfica. As montanhas foram cenário da trilogia "O Senhor dos Anéis".
                 Pousamos no alto da geleira gigante, na cordilheira sul dos Alpes da Nova Zelândia. Estamos ao lado do Monte Cook, o ponto mais alto do país com os seus imponentes 3.754 metros. São montanhas cobertas de gelo, mesmo no período do verão - um patrimônio universal.
                O alpinista mais experiente da região, Charlie Hobbs, já escalou o Monte Cook 28 vezes. Todo ano, ele tem que abrir novas trilhas, pois o glaciar está cedendo. Mas, apesar de tudo o que se fala sobre o aquecimento global, ele acredita que o fenômeno é um processo natural. Até porque, no inverno, o frio intenso e as tempestades continuam a formar novas camadas de neve.

                A cada estação, ele vê a paisagem ficar diferente. Quando Charlie começou a escalar, há 30 anos, não existia um dos lagos. Agora, ele já tem sete quilômetros de extensão. E o ponto mais profundo do lago chega a 200 metros. A água escorre das montanhas e desaba aos pés da geleira Tasman no lago de cor leitosa.
                As partículas de rocha ainda estão bastante concentradas. É a poeira escura das rochas, que se mistura ao gelo que vai derretendo a cada dia. Bem diferente do azul brilhante dos outros lagos que vimos pelo caminho.
                Lá, somente as partículas mais finas ficam em suspensão, filtram a luz do sol e nos fazem enxergar aquela cor incrível! O bote nos leva até bem perto dos icebergs que caíram no local.
                Apenas 10% do iceberg estão na superfície. Todo o restante dessa pedra gigante de gelo está embaixo d’água. Ou seja, 90% da pedra estão submersos.
                 Quanto mais escuros, mais antigos são os icebergs. Os que caíram recentemente ainda brilham a luz do sol! O guia retira um pedaço de gelo da água que está prontinho para ser usado. Esse gelo é bom e limpo.
                 Não se pode chegar mais perto da outra extremidade do lago, porque não se sabe quando outra avalanche vai acontecer.
                 Quem vive nessas montanhas tem uma rotina arriscada. O alpinista Charlie Hobbs diz que, mesmo sendo guia, é perigoso, mas é muito divertido.

Repórter visita cratera de vulcão em atividade

Nós também mergulhamos nas águas transparentes do país, atravessamos uma floresta submarina e encontramos com os menores golfinhos do mundo.

           Terra de natureza impressionante, no meio do Oceano Pacífico, a Nova Zelândia tem vulcões, montanhas nevadas, fiordes de eras glaciais, pássaros, criaturas raríssimas, baleias e uma paisagem inesquecível. O Globo Repórter desta sexta-feira (5) faz uma viagem ao outro lado da Terra, a um país de extremos.

           Os primeiros raios de sol iluminam a Nova Zelândia. Quando é noite no Brasil, lá já é o dia seguinte. A Nova Zelândia está na nossa frente no relógio e no mapa. E o Globo Repórter foi até a ilha norte deste pequeno e belo país.
            Embarcamos rumo ao vulcão mais ativo da Nova Zelândia, em pleno Oceano Pacífico. É a White Island. O nome vem da fumaça que está sempre no ar.
            Estamos nos aproximando da White Island, que fica a 48 quilômetros de distância da terra. Do alto, já é possível ver que uma parte da cratera principal desmoronou, e as ondas ficam invadindo o vulcão, que tem apenas 30% da sua parte toda fora d’água. Os 70% restantes ficam submersos.

            Nosso objetivo é chegar cada vez mais perto da imensa cratera. A sensação é de entrar voando em um vulcão. Estamos chegando ao ponto de aterrissagem, e acabamos pousando na cratera do vulcão. No local, é preciso usar equipamento de segurança.
            Não há perigo de entrar em erupção enquanto estamos na cratera, porque o vulcão é acompanhado por sismógrafos. Se houvesse um risco, eles avisariam com antecedência. Os gases que saem do buraco e entram na boca dificultam a fala. Por isso, existe a necessidade de se usar uma máscara. O cheiro é muito forte, e o risco vem dos desmoronamentos das paredes do vulcão.
             Em 1914, caiu uma parte da montanha e matou 12 pessoas. Uma grande explosão destruiu a mina de enxofre que funcionava no local.
             É preciso todo cuidado para andar no vulcão. É como se estivéssemos sobre uma imensa panela de pressão.
             O piloto Marcus Dye explica que a temperatura de onde saem os gases está em torno de 800ºC. É até possível ouvir o barulho que faz a força com que esses gases são expelidos lá do fundo da terra. A cor amarelada das pedras é o rastro que o enxofre vai deixando no vulcão. Na cratera principal, dá para sentir que o vulcão está vivo e pulsante, expelindo gases por toda parte.
             Um lago se formou na cratera é extremamente ácido. Nada sobreviveria nele, mas, ao redor do vulcão, o oceano está cheio de vida. É o que vamos tentar ver.
             Nosso helicóptero decola de volta à base. Vamos passar para um barco. Saímos da cratera do vulcão em pequenos botes. O barco se afasta para contornar a grande montanha. O repórter Francisco José se prepara para mergulhar junto à parede do vulcão.
              Apesar dos gases e lamas borbulhantes que estão a centenas de graus Celsius, a água é geladíssima. O cinegrafista Dave Abbot acompanha a equipe com uma câmera especial.
              A temperatura da água está em torno de 15ºC. Como está muito frio, o repórter vai ter que usar também uma touca, para se proteger ao máximo da água gelada.
              A floresta de algas é típica das águas frias do Oceano Pacífico. São os kelps, onde as algas podem medir 30 metros de comprimento. Algumas chegam até a superfície, dependendo da profundidade.
              É um esconderijo natural para centenas de espécies que se reproduzem na região. Mas as bolhas que estão por toda parte são um lembrete de que estamos na encosta do maior vulcão em atividade da Nova Zelândia.
              Em uma pequena caverna, a água chega a ficar aquecida. Descemos 27 metros e vimos criaturas impressionantes, como um peixe pedra que muda de cor para se proteger dos predadores e atacar suas presas. Ele se camufla de acordo com o ambiente em que está.
             Avançamos um pouco mais, e os peixes vão comer o ouriço na mão do repórter Francisco José. Nessa floresta marinha, a fartura é garantida. Cardumes no mar, pássaros no céu: um equilíbrio perfeito, de norte a sul. Os ecologistas Derek Cox e Laura Allum são responsáveis por essa reserva marinha, na ilha sul do país. Fomos com eles a uma colônia de focas, onde elas estão protegidas.
             Como o vento está muito forte, Derek nos leva para uma pequena enseada até podermos voltar para o mar aberto. O paredão é impressionante.
              Há mais de sete milhões de anos essa baía era a cratera de um vulcão ativo. Hoje, com a água em uma temperatura de 12ºC, vivem no local os golfinhos mais raros do mundo, os hectors. Eles só são vistos nessa parte do planeta e são também os menores do mundo, com aproximadamente 1,4 metros de comprimento. Eles acompanham nosso barco a toda velocidade e dão um show.
              A ecologista Laura Allum explica que no verão eles chegam bem perto da costa. E é até possível nadar entre os golfinhos. Os turistas mergulham, e eles logo se aproximam.
             Derek Cox diz que as pessoas experimentam a sensação de nadar com os golfinhos em seu habitat natural, mas, ao mesmo tempo, os animais estão protegidos. O controle dos barcos que trazem os turistas é rigoroso. É assim também com as baleias cachalotes - aquelas que inspiraram a história de Moby Dick.
             O paraíso das baleias da Nova Zelândia fica em Kaiokoura. No início da praia, o nível da água é bem raso. Mais à frente, tem um abismo submarino com mais de 1,5 mil metros de profundidade.
              Não é preciso se afastar muito da costa para avistar a primeira baleia. Helicópteros ajudam na localização desses mamíferos que podem ficar debaixo d’água até 90 minutos antes voltarem à tona. Elas chegam a medir 18 metros e pesam até 52 toneladas.
              Os barcos só podem se aproximar a 50 metros de distância da baleia, mas elas ficam muito tempo paradas e respiram durante alguns minutos, rentes à superfície. E no momento exato em que vão mergulhar fazem um movimento com a cauda e voltam para as profundezas do mar. Neste dia, vimos três cachalotes.
              Para os nativos da Nova Zelândia, o povo maori, as baleias são sagradas.