sábado, 6 de março de 2010

Maior geleira da Nova Zelândia tem 20 quilômetros de extensão

A geleira Tasman fica ao lado do Monte Cook, o ponto mais alto do país com 3.754 metros. São montanhas cobertas de gelo, mesmo no período do verão.





                Os lagos azuis cercados de montanhas brancas, cobertas de neve, indicam que já estamos bem perto da maior geleira da Nova Zelândia: a Tasman, com mais de 20 km de extensão. E é pra lá que nós vamos.

                O piloto Brendon Hyatt é muito experiente e explica que, para voar sobre as montanhas geladas, o vento pode ser um grande aliado, mas também pode jogar o helicóptero contra a cordilheira. Já houve vários acidentes na área. A paisagem é cinematográfica. As montanhas foram cenário da trilogia "O Senhor dos Anéis".
                 Pousamos no alto da geleira gigante, na cordilheira sul dos Alpes da Nova Zelândia. Estamos ao lado do Monte Cook, o ponto mais alto do país com os seus imponentes 3.754 metros. São montanhas cobertas de gelo, mesmo no período do verão - um patrimônio universal.
                O alpinista mais experiente da região, Charlie Hobbs, já escalou o Monte Cook 28 vezes. Todo ano, ele tem que abrir novas trilhas, pois o glaciar está cedendo. Mas, apesar de tudo o que se fala sobre o aquecimento global, ele acredita que o fenômeno é um processo natural. Até porque, no inverno, o frio intenso e as tempestades continuam a formar novas camadas de neve.

                A cada estação, ele vê a paisagem ficar diferente. Quando Charlie começou a escalar, há 30 anos, não existia um dos lagos. Agora, ele já tem sete quilômetros de extensão. E o ponto mais profundo do lago chega a 200 metros. A água escorre das montanhas e desaba aos pés da geleira Tasman no lago de cor leitosa.
                As partículas de rocha ainda estão bastante concentradas. É a poeira escura das rochas, que se mistura ao gelo que vai derretendo a cada dia. Bem diferente do azul brilhante dos outros lagos que vimos pelo caminho.
                Lá, somente as partículas mais finas ficam em suspensão, filtram a luz do sol e nos fazem enxergar aquela cor incrível! O bote nos leva até bem perto dos icebergs que caíram no local.
                Apenas 10% do iceberg estão na superfície. Todo o restante dessa pedra gigante de gelo está embaixo d’água. Ou seja, 90% da pedra estão submersos.
                 Quanto mais escuros, mais antigos são os icebergs. Os que caíram recentemente ainda brilham a luz do sol! O guia retira um pedaço de gelo da água que está prontinho para ser usado. Esse gelo é bom e limpo.
                 Não se pode chegar mais perto da outra extremidade do lago, porque não se sabe quando outra avalanche vai acontecer.
                 Quem vive nessas montanhas tem uma rotina arriscada. O alpinista Charlie Hobbs diz que, mesmo sendo guia, é perigoso, mas é muito divertido.

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