sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Notícia


Secretaria do Ambiente quer auditoria em empresa 

que causou vazamento de óleo.
Procuradoria do Rio vai entrar com ação civil pública contra a petrolífera
O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, informou que vai notificar nesta sexta-feira (25) a empresa norte-americana Chevron, responsável pelo derramamento de óleo na Bacia de Campos, determinando uma auditoria em todas as suas instalações.
mancha450“Vamos notificar a Chevron com base na lei estadual 1898/1991 de minha autoria, que dispõe sobre a realização de auditorias ambientais. A exemplo do que fizemos com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), o resultado da auditoria gerou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no valor de R$ 200 milhões para investimentos ambientais. Fizemos a mesma coisa com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras, cujo resultado da auditoria gerou também um TAC, de R$ 1,1 bilhão para serem aplicados na área ambiental”.
A auditoria, que deve custar U$ 5 milhões e será bancada pela petrolífera, seguirá padrões internacionais e terá como foco planos de contingência e de emergência obrigatório à empresa.
Minc participou nesta quinta-feira (24) de uma audiência pública promovida pela Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) para discutir a extensão dos danos territoriais do derramamento de óleo causado pela Chevron.
O secretário afirmou que a Procuradoria-Geral do Rio vai entrar com ação civil pública cobrando da petrolífera reparação por danos causados à biodiversidade marinha e aos ecossistemas costeiros pelo vazamento de petróleo na Bacia de Campos, semana passada.
O valor da indenização pode chegar a R$ 100 milhões, o dobro da multa a ser aplicada pelo Ibama..
Demora em conter vazamento
Nomeado perito pela PF (Polícia Federal), que abriu um inquérito para investigar o acidente, o oceanógrafo David Zee, professor da Uerj (Universidade do Estado do Rio), ressalta que as ações tomadas pela empresa após o vazamento surtiram pouco efeito.

- Deveria ter sido retirada grande parte desse óleo e isso não aconteceu. Não foi nem a empresa que descobriu o vazamento, foi a Petrobras. Ou seja, não atendeu ao primeiro quesito do Plano de Emergência Individual, que é a capacidade de detectar um vazamento. Também não vimos barreiras de contenção, nem um barco que retirasse uma quantidade significativa de óleo.

Sem uma resposta rápida nas 48 horas após o início do vazamento, a única alternativa que restou foi a dispersão mecânica, quando navios despejam jatos de água para espalhar a mancha. Segundo Zee, essa alternativa “deveria ser a última opção”.

- Esse vazamento mostrou que não temos capacidade de dar uma resposta adequada e à altura da segurança que o meio ambiente marinho precisa para explorar petróleo nessa profundidade. Essas empresas têm plena capacidade de mudar rapidamente sua postura quanto a esse aspecto. Tem tecnologia, recursos e gente qualificada. O que precisa é exigir que isso seja feito. Esperamos que isso seja um bom sinal para que se invista em segurança e garanta o futuro do pré-sal e da indústria offshore no país.
Petrobras: episódio não altera planejamento
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse na quarta-feira passada (23) que o acidente não muda oinvestimento em segurança previsto pela estatal para a exploração do pré-sal.
- O grande investimento é na prevenção, na mudança de cultura dos funcionários e nos respeito aos procedimentos. 
A ANP determinou a proibição das atividades de perfuração de poços da Chevron no país, 16 dias após o vazamento, por considerar que a empresa foi negligente.
Fonte: Portal R7

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