domingo, 27 de maio de 2012

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2012

A cada dois anos a Rede WWF compila dados de todos os continentes e dezenas de países e os reúne no Relatório Planeta Vivo, que traz uma visão detalhada da situação do meio ambiente em nosso planeta.
O Relatório Planeta Vivo é a mais importante análise baseada na ciência sobre a saúde do nosso único planeta e o impacto da atividade humana sobre o mesmo. Sua principal conclusão: As demandas da humanidade excedem a capacidade do nosso planeta para nos sustentar.
Para a edição de 2012 foi preparado o sumário executivo " a Caminha da RIO+20, com uma análise da área ambiental 20 anos depois da Conferência Rio-92
Nos links abaixo voce pode baixar o relatório. Boa leitura!
Fonte: WWF Brasil



 / ©: WWF-Brasil
Baixe o sumário executivo em português:
Relatório Planeta Vivo 2012 - A Caminho da Rio+20

Baixe o relatório original em inglês:
Living Planet Report 2012

Baixe a versão em espanhol:
Informe Planeta Vivo 2012

Greenpeace bloqueia pela segunda vez navio no Maranhão


Manifestantes do Greenpeace voltaram a bloquear na manhã deste sábado (26) o navio Clipper Hope, que pretende fazer um carregamento de 31 mil toneladas de ferro-gusa no porto de Itaqui, em São Luís (MA).
Os ativistas já haviam bloqueado a embarcação durante dez dias, em protesto que acabou na última quinta-feira (24). O ato tinha sido interrompido, segundo o Greenpeace, para que as empresas pudessem responder às denúncias feitas pela organização de que a cadeia de produção de ferro-gusa utiliza madeira ilegal no Maranhão e no Pará.
De acordo com o Greenpeace, porém, a resposta das empresas não veio.
Marizilda Cruppe/EVE/Greenpeace
Ativistas do Greenpeace ocuparam o navio Clipper Hope, ancorado porto de Itaqui, no Maranhão, que seria carregado com ferro-gusa produzido com queima de madeira
Ativistas do Greenpeace ocuparam o navio Clipper Hope, ancorado porto de Itaqui, no Maranhão, que seria carregado com ferro-gusa produzido com queima de madeira
Nesta semana, a Viena Siderúrgica, dona do navio bloqueado, afirmou que seu ferro-gusa é "gerado com carvão vegetal de origem legal".
'DESLIGA A MOTOSSERRA'
Neste sábado, 14 ativistas chegaram de bote ao porto, subiram numa pilha de ferro-gusa pronta para ser carregada e posicionaram o navio da organização, o Rainbow Warrior, de modo a impedir que o Clipper Hope se movimentasse.
O grupo também estendeu faixas com as frases "Amazônia vira carvão. Brasil, desliga a motosserra".
A Polícia Federal no Maranhão informou que enviou homens ao local para tentar negociar com os manifestantes.
CÓDIGO FLORESTAL
O Greenpeace atrelou também seu protesto à decisão da presidente Dilma Rousseff de vetar apenas alguns artigos do Código Florestal aprovado pela Câmara, e não todo o texto.
A presidente anunciou na sexta-feira (25) que vetará 12 dos 84 artigos, sem detalhar todos os vetos.
"Tanto no caso do ferro-gusa quanto no do Código Florestal, a postura do governo Dilma é a mesma: omissão", afirmou em nota divulgada pelo Greenpeace o diretor da campanha Amazônia, Paulo Adario.

Fonte: Folha.com

Infanticídio é arma na competição entre animais, dizem cientistas


O infanticídio pode ser um instrumento eficiente para a sobrevivência de determinadas espécies de animais, afirmam cientistas.
A ideia pode ser chocante do ponto de vista humano, mas a realidade é que, para muitos filhotes de animais, a maior ameaça à sobrevivência vem de sua própria espécie. É o caso dos leões.
BBC
Leões matam cria para garantir que liderança de grupo não seja ameaçada por novos machos no futuro
Leões matam cria para garantir que liderança de grupo não seja ameaçada por novos machos no futuro
"Não é como um ato de predação, que é silencioso", explica o especialista em leões Craig Packer, da University of Minnesota, em Falcon Heights, nos Estados Unidos.
"Durante o infanticídio, há rugidos", conta, descrevendo como leões adultos matam filhotes. "Eles mordem (os filhotes) atrás da cabeça e na nuca e esmagam seus abdomes."
O infanticídio tende a ser pouco estudado enquanto recurso para garantir a sobrevivência dos mais fortes em uma determinada espécie. Entretanto, há registros de que a prática ocorre entre roedores e primatas, peixes, insetos e anfíbios.
VANTAGENS
Segundo estudos, o infanticídio pode trazer benefícios às espécies animais que o cometem, como maiores oportunidades para que o infanticida se reproduza e mesmo na alimentação (quando o infanticida come o filhote morte).
O infanticídio também é uma maneira de evitar que os pais tenham de investir energia para cuidar da cria e é, com frequência, cometido por machos adultos.
Normalmente, a proteção que um filhote recebe do pai cumpre um papel importante em assegurar a sobrevivência do bebê. Mas quando novos machos entram em cena, tudo pode mudar.
Os machos recém-chegados tendem a derrubar os machos pais de suas posições no topo da hierarquia do grupo.
Se eles conseguem ferir, expulsar ou até matar um macho que ocupava uma posição dominante no grupo, tomando o seu lugar, os filhotes do antigo líder passam a correr grande risco.
Isso acontece porque machos recém-chegados com frequência têm apenas um objetivo: ter seus próprios filhotes com a mãe.
Em sociedades de leões, por exemplo, matar filhotes faz com que suas mães voltem a ficar férteis mais rápido, aumentando a chance de que os novos machos se reproduzam.
E se não matam filhotes alheios, correm o risco de que os filhotes do antigo líder cresçam e deem o seu próprio golpe.
AS MÃES TAMBÉM
Mas o infanticídio não é cometido apenas por animais machos. Fêmeas também o praticam, diz o zoólogo Tim Clutton-Brock, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. "Fêmeas matam os filhotes umas das outras com a mesma prontidão."
Ratas matam as crias de outras fêmeas para se alimentar e se apoderar dos ninhos para criar seus próprios filhotes. Elas também matam sua própria cria se ela tem alguma deformidade ou ferimento. Isso permite que concentrem seus recursos em outros filhotes, os sadios.
O infanticídio também pode aumentar o sucesso reprodutivo de um animal, reduzindo a competição para os filhotes do infanticida.
Besouros fêmeas matam as larvas de suas rivais para assegurar que suas próprias sobrevivam.
Esse comportamento foi observado também em mais de 40 espécies de primatas, mas, em muitas dessas espécies, as fêmeas usam estratégias para reduzir os riscos de que ele ocorra, segundo um estudo publicado na revista científica "Journal of Theoretical Biology".
A saída utilizada por essas fêmeas é o acasalamento com parceiros múltiplos para gerar o que os especialistas chamaram de "confusão de paternidade". Ou seja, os machos não sabem quem é o o pai do filhote.
Isso dá aos filhotes maiores chances de sobreviver quando novos machos tentam se integrar no grupo.
"Em um grupo com múltiplos machos, em primatas como os babuínos, se dois machos se acasalam com a mesma fêmea e nenhum sabe quem é o pai do filhote, isso reduz o risco de infanticídio", esclarece Clutton-Brock.
SURICATOS
Quando há mudanças na hierarquia de dominância, "o infanticídio ocorre apenas quando a chance de o assassino ser o pai do próximo filhote é alta", cita o estudo.
Os suricatos (mamíferos pequenos e altamente sociáveis que habitam regiões inóspitas) se reproduzem de forma cooperativa, ou seja, se um macho alfa e uma fêmea alfa se reproduzem, outros integrantes do grupo em posições de subordinação ajudam a criar os filhotes do casal alfa.
Fêmeas dominantes matam filhotes de subordinados e os próprios subordinados, se tiverem cria própria, podem também matar o filhote de uma fêmea dominante.
Suricatos machos, no entanto, não sujam suas patas com o sangue de filhotes. Clutton-Brock explica: "Eles não apresentam (comportamento) infanticida porque assim que (as fêmeas) têm filhotes, ficam prontas para se acasalar novamente. Então, matar crianças não interessa aos machos".
Uma situação que contrasta bastante com a dos leões, em que as fêmeas passam quase 18 meses amamentando após o nascimento dos filhotes.
Sabe-se que machos nômades, ou coalizões de machos competindo pelo controle de matilhas, matam filhotes com o objetivo de fazer com que a mãe volte a ficar fértil. Desta forma, podem se reproduzir com ela.

Fonte: Folha.com

Veto parcial a Código Florestal divide ruralistas e ambientalistas


A decisão da presidente Dilma Rousseff de vetar 12 trechos do Código Florestal dividiu ambientalistas e ruralistas. Enquanto os primeiros lamentaram que o veto ao código não tenha sido integral, representantes do agronegócio afirmaram que, à primeira vista, o anúncio do governo foi "mais palatável" que o esperado.
O engenheiro agrônomo do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (Cena-USP) Luiz Antônio Martinelli gostaria de ter visto um veto total ao Código Florestal, mas acredita que o governo fez o possível dentro do atual clima político.

José Cruz/Divulgação/ABr
Pepe Vargas, Izabella Teixeira, Luís Inácio Adams e Mendes Ribeiro anunciam vetos do governo ao Código Florestal
Pepe Vargas, Izabella Teixeira, Luís Inácio Adams e Mendes Ribeiro anunciam vetos ao Código Florestal
"Em termos de meio ambiente acho que a lei deveria ter sido totalmente derrubada, mas nós sabemos que isso seria politicamente muito difícil, então estou meio feliz porque pelo menos uma parte foi vetada", disse.
"Dilma não tem agora uma base suficientemente forte para que ela pudesse ter vetado a lei toda. Por outro lado, a Rio+20 está chegando, e acho que se a presidente não tivesse vetado pelo menos parte da lei a participação do Brasil na conferência seria desastrosa."
No entanto, o acadêmico diz que tampouco tem certeza de que a presidente Dilma Rousseff teria vetado completamente a lei, mesmo que tivesse condições para isso --por conta do intenso debate que ocorre no Brasil entre desenvolvimento e conservação.
"Há setores no governo, como os ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, que defendiam o veto total à lei, mas nós sabemos que dentro do governo há uma grande disputa entre desenvolvimentistas e ambientalistas."
MATA CILIAR
A ativista do Greenpeace para a Amazônia, Tatiana de Carvalho, disse que o grupo avalia que os vetos da presidente Dilma Rousseff não foram suficientes para deixar o texto do novo Código Florestal satisfatório.
"Esperávamos que a presidente vetasse tudo, porque os cortes que o governo fez não serão suficientes para garantir a proteção ao meio ambiente."
A ativista diz que há diversos aspectos ocultos em detalhes técnicos da lei que podem ser perigosos, como a definição das áreas de proteção de mata ciliar.
"Atualmente a margem dos rios na Amazônia é definida de acordo com seu ponto maior e o texto (apresentado pelo Congresso) prevê que seja usada o ponto médio."
Carvalho afirma que o Greenpeace vai tentar colher assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular que garanta o desmatamento zero.
Já o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho, disse que "num primeiro momento" a entidade "avalia bem" as decisões da presidente Dilma Rousseff, porque o código não foi vetado totalmente.
"Ficamos felizes que a presidente tenha resistido a provocação para que vetasse uma lei que já está há tantos anos em discussão no Parlamento."
Mas Ramalho ressalva que isso não significa que os produtores rurais estejam completamente satisfeitos com a feição que o Código está tomando.
"O Brasil certamente vai perder áreas de plantio, mas exatamente quanto é algo que ainda temos que calcular."
DEBATE
Ramalho acredita, no entanto, que os deputados ruralistas vão aceitar reabrir as discussões com base nos vetos sem procurar retomar as discussões do zero.
"Claro que há elementos radicais nos dois lados (ambientalistas e ruralistas), mas do nosso lado são uma minoria. A maioria dos deputados com quem temos contato tem falado a favor do caminho do meio".
Para o novo presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Homero Pereira (PSD-MT), a decisão de Dilma foi "mais palatável" do que o previsto.
"Não estou vendo os cortes (vetos) como um grande impacto, mesmo porque o ministro (da Agricultura) Mendes Ribeiro garantiu no anúncio que estão garantindo a proteção ambiental, sem reduzir a área de produção. Se isso é verdade, ótimo", afirmou à agência "O Globo".
Ele afirmou, porém, que só poderá analisar as mudanças em detalhe quando a Medida Provisória que modifica o código for publicada, na segunda-feira.

Fonte: Folha.com

DEM afirma que irá ao Supremo contra MP do Código Florestal


O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) afirmou que irá ao Supremo Tribunal Federal contra a medida provisória editada pelo governo para as alterações feitas no Código Florestal.
"Governo não pode editar MP sobre matéria já votada e aprovada no Congresso Nacional antes que analisemos os vetos", disse o deputado pelo Twitter.
Caiado disse que a MP do governo pode ser considerada inconstitucional. "Executivo arrogante, que não respeita a realidade dos produtores."
Nesta sexta-feira, o governo vetou 12 pontos do projeto do novo Código Florestal.
O prazo para que a presidente sancionasse ou vetasse o texto, aprovado pela Câmara, terminava hoje.
O governo apenas apresentou alguns dos itens que foram alterados, sem detalhamentos.
O relatório completo será publicado no "Diário Oficial da União" da segunda-feira. "Não queremos antecipar essa divulgação sem fazê-la ao Congresso Nacional", disse o ministro da AGU, Luis Inácio Adams.
Ele destacou os vetos aos artigos 1º e 61. De acordo com Adams, além dos vetos, foram promovidas 32 modificações. Destas, 14 recuperam o texto aprovado no Senado, cinco correspondem a dispositivos e 13 tratam-se de ajustes ou adequações de conteúdo ao projeto de lei.
As alterações pretendidas pelo governo serão editadas através de MP, que deverá ser publicada, juntamente com os vetos, no "DO" de segunda.

Fonte: Folha.com

Ambientalistas criticam decisão do governo sobre Código Florestal


Organizações ambientalistas criticaram a decisão do governo sobre o Código Florestal de vetar apenas parte do projeto.
Nesta sexta-feira (25), o governo anunciou que foram vetados 12 pontos do projeto aprovado pelo Congresso.

Para a WWF Brasil, o país corre o risco de sofrer um retrocesso legislativo pelo fato da presidente Dilma Rousseff não ter vetado o texto integralmente.
"O projeto aprovado no Congresso é fruto de um processo legislativo tortuoso, feito para atender apenas a uma parcela da sociedade que quer ampliar as possibilidades de desmatamento e anistiar quem desmatou ilegalmente", afirma a secretária-geral da organização, Maria Cecília Wey de Brito.
Segundo ela, o Brasil pode chegar ao encontro Rio+20 com um discurso e uma prática incompatíveis. A reunião para a questão ambiental acontece em junho no Rio de Janeiro.
"Fora os impactos à credibilidade e à liderança do Brasil no cenário global, poderemos sofrer barreiras comerciais por seguir crescendo de forma insustentável."
Já o coordenador de campanhas do Greenpeace, Márcio Astrini, criticou a falta de detalhamento dos vetos e modificações do Código Florestal.
As alterações serão editadas através de Medida Provisória, que deverá ser publicada e detalhada com os vetos no "Diário Oficial" de segunda-feira (28).
"O Brasil dorme hoje sem saber qual é o seu Código Florestal, qual o texto que vai ser alterado pela caneta da Dilma", afirmou.
Segundo ele, as mudanças feitas pelo governo não são satisfatórias para a recuperação das matas ciliares. "Não houve nenhum anúncio que possa garantir que essa recuperação seja eficiente e vá assegurar a recuperação do meio ambiente", disse.
ANÚNCIO
Os vetos foram apresentados no Palácio do Planalto pelos ministros Izabella Teixeira (Ambiente), Mendes Ribeiro (Agricultura), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e Luis Inácio Adams (Advocacia-Geral da União).
O prazo para que a presidente sancionasse ou vetasse o texto, aprovado pela Câmara, terminava hoje. Na apresentação, os ministros apresentaram apenas alguns dos itens que foram alterados, sem detalhamentos.
O ministro da AGU, Luis Inácio Adams, destacou os vetos aos artigos 1º e 61. De acordo com Adams, além dos vetos, foram promovidas 32 modificações. Destas, 14 recuperam o texto aprovado no Senado, cinco correspondem a dispositivos e 13 tratam de ajustes ou adequações de conteúdo ao projeto de lei.
Na apresentação, Izabella Teixeira afirmou que o governo buscou "recompor o texto do Senado, preservar acordos, respeitar o Congresso, não anistiar o desmatador, preservar os pequenos proprietários, responsabilizar todos pela recuperação ambiental, manter os estatutos de APP e de Reserva Legal".
O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, tentou evitar que as decisões sejam consideradas como pró-ambientalistas ou como pró-ruralistas.
"Esse não é código dos ambientalistas, não é o código dos ruralistas, este é o código do bom senso", afirmou Mendes Ribeiro.
PEQUENOS PRODUTORES
Em relação aos pequenos produtores, o governo optou por acrescentar à MP a chamada "escadinha", ou seja, um escalonamento das faixas de recuperação de florestas de acordo com o tamanho da propriedade. "Todos terão que contribuir para recomposição das APPs (áreas de preservação permanente). Mas a recomposição vai levar em consideração proporcionalmente o tamanho da propriedade de cada produtor.
"Quem tem menos área de terra, vai recompor menos APP. Quem tem mais, vai recompor mais", afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.
Pela manhã, Dilma e os ministros ligados ao tema conduziram uma apresentação prévia do novo código aos líderes do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e no Congresso, José Pimentel (PT-CE).
O governo aproveitou para acertar a estratégia na tramitação de uma nova proposta no Congresso para cobrir as lacunas que eles deixarão na lei.
Na reunião, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, sugeriu à presidente que promova uma reunião ampliada com os demais líderes de partidos da base.
DISCUSSÕES
A estratégia de veto foi decidida ontem à noite, após uma exaustiva série de encontros que a presidente vinha fazendo desde sábado com os ministros Gleisi Hoffman (Casa Civil), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Mendes Ribeiro (Agricultura), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e Luis Inácio Adams (Advocacia-Geral da União).
Nos encontros, chamados por membros do governo de "sessões de espancamento", cada artigo do código foi discutido, com direito a aulas particulares de especialistas, como o agrônomo Gerd Sparovek, da Esalq-USP, e o ex-ministro Roberto Rodrigues.
Prevaleceu no governo a posição de Izabella, que defendia o texto do Senado como o melhor acordo possível para conciliar produção agrícola e conservação.
Ontem à noite, ambientalistas iniciaram uma vigília em frente ao Planalto. A polícia teve de intervir, mas não houve confronto. O governo recebeu uma petição com 1,9 milhão de assinaturas pedindo o veto ao novo código.


Fonte: Folha.com

Governo veta 12 pontos e faz 32 modificações no Código Florestal


A presidente Dilma Rousseff vetou 12 pontos do projeto do novo Código Florestal aprovado pelo Congresso. As alterações foram apresentadas nesta sexta-feira no Palácio do Planalto pelos ministros Izabella Teixeira (Ambiente), Mendes Ribeiro (Agricultura), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e Luis Inácio Adams (Advocacia-Geral da União).
O prazo para que a presidente sancionasse ou vetasse o texto, aprovado pela Câmara, terminava hoje(25/05/2012). Na apresentação, os ministros apresentaram apenas alguns dos itens que foram alterados, sem detalhamentos. O relatório completo será publicado no "Diário Oficial da União" da segunda-feira. "Não queremos antecipar essa divulgação sem fazê-la ao Congresso Nacional", disse o ministro da AGU, Luis Inácio Adams.
Ele destacou os vetos aos artigos 1º e 61. De acordo com Adams, além dos vetos, foram promovidas 32 modificações. Destas, 14 recuperam o texto aprovado no Senado, cinco correspondem a dispositivos e 13 tratam-se de ajustes ou adequações de conteúdo ao projeto de lei.
José Cruz/Divulgação/ABr
Pepe Vargas, Izabella Teixeira, Luís Inácio Adams e Mendes Ribeiro anunciam vetos do governo ao Código Florestal
Pepe Vargas, Izabella Teixeira, Luís Inácio Adams e Mendes Ribeiro anunciam vetos ao Código Florestal
As alterações pretendidas pelo governo serão editadas através de Medida Provisória, que deverá ser publicada, juntamente com os vetos, no "DO" de segunda.
Na apresentação, a ministra Izabella Teixeira afirmou que o governo buscou "recompor o texto do Senado, preservar acordos, respeitar o Congresso, não anistiar o desmatador, preservar os pequenos proprietários, responsabilizar todos pela recuperação ambiental, manter os estatutos de APP e de Reserva Legal".
O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, tentou evitar que as decisões sejam consideradas como pró-ambientalistas ou como pró-ruralistas.
"Esse não é código dos ambientalistas, não é o código dos ruralistas, este é o código do bom senso", afirmou Mendes Ribeiro.
Editoria de Arte/Folhapress
Tabela divulgada pelo Planalto determina o tamanho das áreas que devem ser recomposta nas margens de rio; Exemplo: em uma propriedade de dois módulos fiscais, a margem de um rio de até dez metros de largura deve ter oito metros de sua margem recomposta, desde que esteja dentro do limite de 10% do tamanho da propriedade
Tabela com o tamanho das áreas que devem ser recomposta nas margens de rio; Exemplo: em uma propriedade de dois módulos fiscais, a margem de um rio de até dez metros de largura deve ter oito metros de sua margem recomposta, desde que esteja dentro do limite de 10% do tamanho da propriedade
PEQUENOS PRODUTORES
Em relação aos pequenos produtores, o governo optou por acrescentar à MP a chamada "escadinha", ou seja, um escalonamento das faixas de recuperação de florestas de acordo com o tamanho da propriedade. "Todos terão que contribuir para recomposição das APPs (áreas de preservação permanente). Mas a recomposição vai levar em consideração proporcionalmente o tamanho da propriedade de cada produtor.
"Quem tem menos área de terra, vai recompor menos APP. Quem tem mais, vai recompor mais", afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.
Pela manhã, Dilma e os ministros ligados ao tema conduziram uma apresentação prévia do novo código aos líderes do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e no Congresso, José Pimentel (PT-CE).
O governo aproveitou para acertar a estratégia na tramitação de uma nova proposta no Congresso para cobrir as lacunas que eles deixarão na lei.
Na reunião, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, sugeriu à presidente que promova uma reunião ampliada com os demais líderes de partidos da base.
DISCUSSÕES
A estratégia de veto foi decidida ontem à noite, após uma exaustiva série de encontros que a presidente vinha fazendo desde sábado com os ministros Gleisi Hoffman (Casa Civil), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Mendes Ribeiro (Agricultura), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e Luis Inácio Adams (Advocacia-Geral da União).
Nos encontros, chamados por membros do governo de "sessões de espancamento", cada artigo do código foi discutido, com direito a aulas particulares de especialistas, como o agrônomo Gerd Sparovek, da Esalq-USP, e o ex-ministro Roberto Rodrigues.
Prevaleceu no governo a posição de Izabella, que defendia o texto do Senado como o melhor acordo possível para conciliar produção agrícola e conservação.
Ontem à noite, ambientalistas iniciaram uma vigília em frente ao Planalto. A polícia teve de intervir, mas não houve confronto. O governo recebeu uma petição com 1,9 milhão de assinaturas pedindo o veto ao novo código.
Fonte: Folha.com

Ártico está liberando metano devido a derretimento polar


Gás metano que estava preso há milênios de anos no interior do Ártico está sendo expelido para a atmosfera por causa do derretimento do gelo polar, segundo cientistas americanos.
Em estudo publicado na revista especializada "Nature Geoscience", pesquisadores da Universidade do Alasca em Fairbanks disseram ter identificado milhares de áreas árticas onde o metano, que estava preso sob o gelo, está escapando à medida que este derrete.
Isto pode ter um impacto significativo nas mudanças climáticas globais, dizem.
O metano é o segundo gás mais causador do efeito estufa, após o CO2, e seus níveis estão aumentando depois de alguns anos de estabilidade.
Divulgação UAF e Nature Geoscience
Foto do Ártico, que está liberando metano preso há milênios de anos, dizem pesquisadores
Foto do Ártico, que está liberando metano preso há milênios de anos, dizem pesquisadores
MOLÉCULAS
As origens do gás são difíceis de serem medidas, já que suas fontes são variadas --por exemplo, decomposição do lixo e criação de gado. Mas os pesquisadores do projeto no Ártico, liderados por Katey Walter Anthony, identificaram que o gás na região estava retido há muito tempo pela quantidade de diferentes isótopos de carbono nas moléculas de metano.
A partir de pesquisas aéreas e de campo, a equipe identificou 150 mil pontos de metano no Alasca e na Groenlândia, em lagos margeados por gelo.
Amostras locais indicam que alguns desses pontos estão liberando metano antigo, possivelmente proveniente de depósitos naturais de gás ou de carvão sob os lagos.
Outras áreas estão expelindo gás mais recente, possivelmente formado a partir da decomposição de vegetais nos lagos.
Segundo o estudo, esse fenômeno pode acontecer em outras regiões, onde bacias sedimentares estão cobertas por um subsolo congelado (chamado de permafrost), por geleiras ou coberturas de gelo ricas em gás natural. Uma das áreas onde isso pode ocorrer é o oeste da Sibéria.
Se o derretimento continuar substancialmente até 2100, "o resultado será um grande aumento no ciclo de metano, com potenciais implicações para o aquecimento global".
MAIS RÁPIDO
A quantificação da liberação de metano no Ártico é uma área de pesquisa florescente, já que diversos países estão enviando missões para monitorar as terras e os mares da região.
"O Ártico é a região do planeta que mais rapidamente se aquece e tem muitas fontes de metano que podem elevar [sua emissão] à medida que a temperatura subir", afirmou Euan Nisbet, professor e pesquisador do metano no Ártico para a Universidade de Londres. "E essa é mais uma preocupação séria: o aquecimento provoca ainda mais aquecimento."
A seriedade e a urgência da ameaça da situação identificada no Ártico são motivos de controvérsia --alguns cientistas dizem acreditar que os impactos não serão percebidos por muitas décadas, enquanto outros alertam para a possibilidade de uma aceleração rápida do processo de aquecimento global..

Fonte: Folha.com

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Imagens

Pessoal achei alguma imagens bem interessantes, com essas imagens vemos porque esse animais são temidos !!








         

Gostaram? Então deixe o seu comentário e peça imagens inusitadas de qualquer bicho que queira que o seu pedido será atendido !!

sábado, 19 de maio de 2012

Pássaro faz percurso maior que distância entre a Terra e a Lua


Um pássaro que já viveu o equivalente a cem anos humanos e voou uma distância superior àquela entre a Terra e a Lua vem fascinando cientistas em várias partes do mundo e já inspirou uma peça de teatro, um conto literário e tem até sua própria biografia.
O B95, um maçarico-do-papo-vermelho (Calidris canutos), viaja a cada ano entre o Ártico canadense e a Terra do Fogo, na Argentina, e superou de forma significativa a expectativa de vida para a espécie, que vem sofrendo um declínio devido ao excesso de pesca nos ecossistemas do qual depende.
"Não conseguimos acreditar que ele ainda está vivo, porque é uma ave em liberdade que já enfrentou muitas situações terríveis e drásticas. Por isso, também, ele é especial e todos querem ver o B95", disse à BBC Mundo a bióloga Patricia González, que integrou a equipe que fez o anilhamento da ave em 1995, na Argentina, procedimento que permite sua identificação.
"A população de maçaricos-do-papo-vermelho (também conhecidos como seixoeiras) tem sofrido um declínio tão grande, que acreditamos ser difícil que vivam mais de sete anos", disse ela, lembrando que o B95 já tem ao menos 18 anos, o equivalente a cem anos de idade em um ser humano.
A ave acabou se transformando em um símbolo das ameaças crescentes enfrentadas pelas aves migratórias.
Jan Van Kam/Divulgação
O pássaro maçarico-do-papo-vermelho estudado pelos cientistas superou a expectativa da espécie
O pássaro maçarico-do-papo-vermelho estudado pelos cientistas superou a expectativa da espécie
Um sistema internacional acordado entre todos os países das Américas permite que cientistas monitorem as aves anilhadas por meio do uso de telescópios nas praias ou do registro de imagens com câmeras digitais.
ROTA MIGRATÓRIA
A presença do B95 foi notada muitas vezes nos últimos anos ao longo da rota migratória. Os cientistas calculam que ele percorra 30 mil quilômetros por ano, o que multiplicado por 18 anos chegaria a 540 mil quilômetros, distância superior {a que separa a Terra da Lua (cerca de 384 mil km).
"A última vez que o vimos foi em dezembro passado, na Terra do Fogo", disse González.
Os maçaricos-do-papo-vermelho chegam ao Ártico em junho para a reprodução. Adultos e jovens partem novamente por volta de 15 de julho.
Nem todas as aves seguem a mesma rota, mas elas costumam chegar à Terra do Fogo no fim de outubro ou início de novembro, onde permanecem, em geral, até meados de fevereiro.
Algumas delas fazem paradas no Uruguai e no Norte e Sul do Brasil, quase sempre em áreas protegidas que foram reconhecidas internacionalmente pela Rede Hemisférica de Reserva para Aves Limícolas (que habitam praias e manguezais).
"Algo muito importante que ocorre quando chegam à Terra do Fogo é a troca das penas de voo, o que requer muita energia e lhes deixa muito vulneráveis em relação a aves de rapina, como o falcão-peregrino", explicou a bióloga.
SEM PARADAS
Na volta ao Ártico, a última parada é nos Estados Unidos. Graças a novos sistemas de monitoramento, como geolocalizadores que conseguem medir a latidude e longitude da localização das aves, os cientistas recentemente descobriram que algumas aves conseguem voar da Patagônia aos Estados Unidos, ao longo de 8.000 quilômetros ou mais, sem paradas.
Em Delaware, Nova Jersey, as aves enfrentam uma de suas grandes ameaças.
"No ano 2000, a população de maçaricos-do-papo-vermelho sofreu um declínio muito grande, de 40%", explica González.
A queda aconteceu porque, nessa região, as aves se alimentam de ovos de caranguejos-ferradura.
"Devido ao excesso de pesca, começaram a sofrer com a escassez do alimento. Esta parada é muito importante, por ser a última antes do Ártico."
"Elas (as aves) precisam ganhar massa corporal e nutrientes, não só para viajar até o Ártico, mas para sobreviver uma vez que chegem lá, quando a neve ainda não derreteu e enfrentam tempestades", diz a bióloga.
INSPIRAÇÃO
O B95 já inspirou um conto que virou peça de teatro na Argentina e o escritor americano Phillip Hoose acaba de lançar um livro sobre esta extraordinária ave intitulado "Um Ano ao Vento com o Grande Sobrevivente B95".
Patricia González diz sobre os maçaricos-do-papo-vermelho: "Eles nos mostram o que acontece com os ambientes onde param e, no dia em que estas aves desaparecerem, é porque nós também desaparecemos".
Para a bióloga argentina, aves como o B95 "não têm fronteiras e mostram que nós também não deveríamos ter fronteiras e que dependemos não somente do lugar onde vivemos, mas do resto do planeta".

Fonte: Folha.com

ONU lista 56 recomendações para um mundo sustentável


A ONU lançou na sexta (18), no Rio, a versão em português de um relatório com 56 recomendações para que o mundo avance em direção ao desenvolvimento sustentável.
O documento, elaborado por 22 especialistas ao longo de um ano e meio, traz sugestões mais ousadas do que aquelas que devem ser acordadas na Rio+20, a conferência da ONU sobre o tema que ocorre em junho na cidade.
Entre as propostas estão o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis e a precificação do carbono, com a cobrança, por exemplo, de impostos sobre as emissões de gases do efeito estufa.
Espera-se assim estimular a disseminação de tecnologias verdes. "É um relatório com frases e recomendações muito diretas", diz o embaixador André Corrêa do Lago, negociador-chefe do Brasil para a Rio+20.
Para ele, o documento final do encontro de cúpula da ONU deverá trazer formulações "mais sóbrias".
Outras medidas sugeridas são a criação de um fundo apoiado por governos, ONGs e empresas para garantir acesso universal à educação primária até 2015 e a inclusão dos temas consumo e desenvolvimento sustentáveis nos currículos escolares.
As recomendações são divididas em três grupos, de acordo com seus objetivos principais. O primeiro visa a capacitar as pessoas a fazerem escolhas sustentáveis; o segundo, a tornar a economia sustentável; e o terceiro, a fortalecer a governança institucional para o desenvolvimento sustentável.
"As pessoas participaram desse painel a título pessoal, ou seja, elas não estavam representando governos. Isso dá mais força [ao documento], porque o painel pode dizer certas coisas que não são consenso [entre os mais de 190 países da ONU]", diz Corrêa do Lago.
O coordenador do relatório, porém, disse esperar que as recomendações sejam levadas em consideração pelos negociadores da Rio+20.
Janos Pasztor citou o estabelecimento de metas numéricas para o desenvolvimento sustentável como uma sugestão que pode ser adotada no curto prazo. O tema está em discussão na Rio+20.
A ex-primeira-ministra da Noruega Gro Brundtland, considerada "mãe" do conceito de desenvolvimento sustentável, participou da elaboração do relatório.
O documento completo pode ser acessado pelo site www.onu.org.br/docs/gsp-integra.pdf .

Fonte: Folha.com

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Fonte: Folha.com