domingo, 27 de maio de 2012

Greenpeace bloqueia pela segunda vez navio no Maranhão


Manifestantes do Greenpeace voltaram a bloquear na manhã deste sábado (26) o navio Clipper Hope, que pretende fazer um carregamento de 31 mil toneladas de ferro-gusa no porto de Itaqui, em São Luís (MA).
Os ativistas já haviam bloqueado a embarcação durante dez dias, em protesto que acabou na última quinta-feira (24). O ato tinha sido interrompido, segundo o Greenpeace, para que as empresas pudessem responder às denúncias feitas pela organização de que a cadeia de produção de ferro-gusa utiliza madeira ilegal no Maranhão e no Pará.
De acordo com o Greenpeace, porém, a resposta das empresas não veio.
Marizilda Cruppe/EVE/Greenpeace
Ativistas do Greenpeace ocuparam o navio Clipper Hope, ancorado porto de Itaqui, no Maranhão, que seria carregado com ferro-gusa produzido com queima de madeira
Ativistas do Greenpeace ocuparam o navio Clipper Hope, ancorado porto de Itaqui, no Maranhão, que seria carregado com ferro-gusa produzido com queima de madeira
Nesta semana, a Viena Siderúrgica, dona do navio bloqueado, afirmou que seu ferro-gusa é "gerado com carvão vegetal de origem legal".
'DESLIGA A MOTOSSERRA'
Neste sábado, 14 ativistas chegaram de bote ao porto, subiram numa pilha de ferro-gusa pronta para ser carregada e posicionaram o navio da organização, o Rainbow Warrior, de modo a impedir que o Clipper Hope se movimentasse.
O grupo também estendeu faixas com as frases "Amazônia vira carvão. Brasil, desliga a motosserra".
A Polícia Federal no Maranhão informou que enviou homens ao local para tentar negociar com os manifestantes.
CÓDIGO FLORESTAL
O Greenpeace atrelou também seu protesto à decisão da presidente Dilma Rousseff de vetar apenas alguns artigos do Código Florestal aprovado pela Câmara, e não todo o texto.
A presidente anunciou na sexta-feira (25) que vetará 12 dos 84 artigos, sem detalhar todos os vetos.
"Tanto no caso do ferro-gusa quanto no do Código Florestal, a postura do governo Dilma é a mesma: omissão", afirmou em nota divulgada pelo Greenpeace o diretor da campanha Amazônia, Paulo Adario.

Fonte: Folha.com

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