sábado, 28 de julho de 2012

Imagens do dia !


African Sunset by Maulik Eye on Flickr.
Sunset

I hate snow by x-crossroad

Purple Glossy Starling by *Jamie-MacArthur

“féerie d’hiver.come back” by Nicolas Le Boulanger

“Puhlese Dahling, No more pictures”” by Hali Sowle



Darn Static by IngoSchobert

Ural Owl - Snooze by Shadow-and-Flame-86

O Ártico pede socorro


Durante a Rio+20, Greenpeace lança campanha global para banir a exploração de petróleo e a pesca predatória em um dos mais ameaçados ecossistemas do planeta
Diante do Corcovado, no Rio de Janeiro, balão em forma de urso polar lembra a urgência de salvar o Ártico. Campanha ganhou apoio de personalidades de todo o mundo.(©Greenpeace/Marizilda Cruppe)
Nesta quinta-feira, dia do solstício, quando a luz do Sol não se apaga por 24 horas no Círculo Polar Ártico, o Greenpeace começou uma corrida contra o tempo para transformar um dos mais frágeis ecossistemas do planeta em santuário global.
Enquanto um gigantesco “urso polar” era inflado nos céus do Rio de Janeiro, a organização aproveitou sua participação na Rio+20 para anunciar uma campanha que deseja banir a exploração de petróleo e a pesca predatória no Ártico. Animal símbolo desta empreitada, o urso polar é uma das espécies que correm risco de extinção com o derretimento do Pólo Norte.
A exemplo do que ocorreu vinte anos atrás com a Antártida, declarada santuário justo quando a indústria da mineração avançava sobre seu território, a campanha do Greenpeace pretende mobilizar cidadãos de todo o mundo para que a ONU aprove uma resolução que torne o Ártico um território global. As poucas esperanças de avanços durante a Rio+20, entretanto, fracassaram devido ao lobby dos Estados Unidos, Canadá e Rússia – as três nações que possuem territórios no Ártico.
“O Ártico está sob ataque por isso é necessário que as pessoas se levantem para exigir sua proteção”, disse Kumi Naidoo, que participou do lançamento da campanha no Rio de Janeiro. “A proibição da exploração do petróleo offshore e da pesca predatória seria uma vitória importante para salvar esta preciosa região e para as populações nativas que lá vivem.”
A atriz Lucy Lawless, que deu vida ao personagem da série “Xena, a Princesa Guerreira” também veio ao Brasil para o lançamento da campanha. Em setembro, a atriz será julgada juntamente com ativistas do Greenpeace por sua participação na ocupação de 72 horas de um navio de exploração de óleo da Shell. O navio rumava para o Alasca, onde, neste verão, iniciará a perfuração de poços de petróleo na região.
Mobilização
Além de Lawless, uma longa lista de personalidades declararam apoio à campanha. Paul McCartney, Penelope Cruz, Robert Redford, Pedro Almodóvar, Thom Yorke, Emily Blunt, Baaba Maal, Javier Bardem, entre muitos outros, terão seus nomes escritos em um pergaminho que em breve será enterrado no fundo do mar do Ártico, quatro quilômetros abaixo do gelo. Uma bandeira demarcará o local exato onde o pergaminho será colocado –um ato simbólico para declarar aquele um território global.

Fonte: Greenpeace Brasil

Inédito: toda Groenlândia está derretendo neste verão


Observações de satélite revelam que praticamente toda a superfície da Groenlândia está derretendo neste verão do Hemisfério Norte. É um acontecimento inédito desde que as medições começaram há três décadas. As imagens acima, obtidas nos dias 8 e 12 de julho, mostram onde há derretimento da superfície da ilha. Os trechos em vermelho indicam derretimento. Os trechos em vermelho claro são de derretimento provável. A Nasa, agência espacial americana, responsável pelo acompanhamento, estima que 97% da superfície da Groenlândia passou por algum derretimento. Isso inclui os trechos mais altos e mais centrais da ilha, que vinham resistindo bravamente ao aquecimento global até então.
Diferentemente do gelo Ártico, que está flutuando no oceano, as placas brancas da Groenlândia são terra firme. Por isso, cada gota que escorre do meio da ilha vai aumentar o nível dos mares no mundo todo.Alguns dos grandes icebergs que se desprendem da ilha também.
O aquecimento na região já vinha sendo acompanhado. Esse tipo de derretimento acentuado não ocorre desde 1889, segundo Kaitlin Keegan, da Universidade Dartmouth, nos EUA. “Análises do gelo antigo da região indicam que esse tipo de evento acontece uma vez a cada 150 anos”, diz Lora Koening, da Nasa. “Mas se continuarmos a observar esse tipo de fenômeno nos próximos anos, será bem preocupante.”
(Alexandre Mansur)

Fonte: Blog Época

terça-feira, 24 de julho de 2012

Experimento 'fertiliza' oceano para capturar gás-estufa


Experimentos para "fertilizar" os oceanos com ferro e assim favorecer a floração e o desenvolvimento de fitoplânctons (minúsculos organismos marinhos que fazem fotossíntese) capazes de capturar o CO2 podem mostrar um novo caminho para lutar contra o aquecimento global, indica um novo estudo na revista "Nature". O método, porém, é cercado de controvérsias ambientais.
"A fertilização do oceano com componentes à base de ferro provocou a floração do fitoplâncton, dominado por complexos de espécies microscópicas, arrastando uma quantidade considerável de dióxido de carbono em direção ao fundo dos oceanos", ressalta a equipe de pesquisadores.
O trabalho é um dos maiores e mais detalhados testes da chamada fertilização do oceano, uma prática que está proibida pela legislação internacional, embora sua pesquisa seja permitida.
No mundo inteiro, cientistas buscam maneiras de armazenar e neutralizar o dióxido de carbono, um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento do planeta.
A experiência divulgada agora foi realizada em 2004, nos mares austrais, por uma equipe dirigida por Victor Smetacek, do Instituto de Pesquisa Marinha de Bremerhaven, na Alemanha. O grupo afirma, porém, que não conseguiu "avaliar com exatidão a duração deste sequestro" de carbono.
As cinco semanas de observação que passou na Antártida mostraram que a floração da diatomácea (algas unicelulares microscópicas) estava em seu apogeu quatro semanas depois da fertilização.
Posteriormente, ocorreu a mortalidade de um grande número de dessas algas, formando massas viscosas de elementos --que incluíam materiais fecais dos zooplânctons-- que caíam rapidamente no fundo do oceano.
"Todos esses elementos e múltiplos testes, cada um com um enorme grau de incerteza, nos conduzem à conclusão de que ao menos a metade dessa biomassa foi para além dos mil metros de profundidade, e que uma proporção substancial sem dúvida chegou ao fundo do oceano austral", dizem os pesquisadores.
Assim, a floração de fitoplâncton fertilizado com sulfato de ferro "pode sequestrar carbono em escalas de tempo calculadas em séculos nas camadas de água até acima do fundo do mar". Isso "inclusive durante mais tempo nos sedimentos destas profundidades", acrescentaram.
Resumindo os resultados deste estudo, Michael Steinke, da Universidade britânica de Essex, explica: "como as plantas em terra firme, o fitoplâncton, procedente da fotossíntese, que flutua no mar, capta CO2 na superfície do oceano e, quando o fitoplâncton morre, afunda para o fundo do oceano, onde boa parte fica presa nos sedimentos profundos durante alguns anos".
Essa transferência de CO2 contribui, segundo ele, para manter a temperatura ambiente em um nível que facilite a vida em nosso planeta.
"Isto abrirá caminho para métodos de engenharia em grande escala que utilizem a fertilização do oceano para atenuar as mudanças climáticas?", pergunta-se.
"Sem dúvida não, porque encontrar o local adequado para tais experimentos é difícil e caro", segundo ele.
Em 2007, os especialistas da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) advertiram para os riscos desta técnica, sobretudo para o ambiente marinho, um aspecto ausente do estudo publicado pela Nature.

Fonte: Folha.com

Iceberg gigante se desprende de geleira na Groenlândia


Um enorme iceberg se desprendeu de uma geleira na Groenlândia, segundo imagens de satélite da Nasa (agência espacial americana), no que seria o mais recente indício dos efeitos do aquecimento global.
Nasa/France Presse
Imagem capturada pelo satélite Aqua, da Nasa, mostra uma rachadura (ao centro)na geleira Petermann, na Groenlândia; um iceberg com duas vezes o tamanho da ilha de Manhattan (EUA), desprendeu-se
Imagem capturada pelo satélite Aqua, da Nasa, mostra uma rachadura (ao centro)na geleira Petermann, na Groenlândia; um iceberg com duas vezes o tamanho da ilha de Manhattan (EUA), desprendeu-se
As imagens divulgadas nesta quarta-feira mostram um bloco gigante de gelo, o dobro do tamanho da ilha de Manhattan (Estados Unidos), desprendendo-se da Geleira Petermann, na costa noroeste da Groenlândia. A geleira já havia perdido um iceberg com o dobro desse tamanho em 2010.
A Nasa afirma que a rachadura na geleira era visível desde 2001, e que o seu satélite de observação Aqua registrou o rompimento entre 16 e 17 de julho.
O oceanógrafo Andreas Muenchow, da Universidade de Delaware, afirmou que a maior parte do desprendimiento dos icebergs ocorre a 600 metros de profundidade, onde a água é mais quente do que na superfície.
"Mas, ao contrário do que se poderia pensar, a perda deses bloco de gelo terá pouco efeito direto nos níveis do oceano, já que a plataforma de gelo flutuante entre 100 e 150 metros de espessura se encontra em águas oceânicas próximas do ponto de congelamento", explicou em seu blog.
Muenchow destacou que as águas do Atlântico que estão derretendo a geleira parecem estar mais quentes, segundo registros feitos até 2003.


Fonte: Folha.com

Geocientistas acham reservatório natural de água limpa na Namíbia


Descoberto no subsolo do norte da Namíbia, fronteira com Angola, um aquífero de 2.800 km² poderá suprir essa região do país africano por 400 anos mesmo com as taxas de consumo atuais, informa a rede britânica BBC.
Batizado de Ohangwena 2, o novo reservatório natural possui águas com 10 mil anos que são tão limpas quanto as fontes atuais.
A alta pressão das águas vai facilitar e baratear a extração. Isso pode ter grande impacto no desenvolvimento do país -o mais seco da África ao sul do Saara- e no combate às mudanças do clima.


Fonte: Folha.com

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Os recifes de corais estão perdendo a cor



Pesquisadores e biólogos estão reunidos, nesta semana, no 12º Simpósio Internacional sobre Recifes de Coral para debater as ameaças que os recifes de corais enfrentam. Os cientistas são categóricos: a ação humana, e especialmente as mudanças do clima, estão colocando em risco esses importantes ecossistemas marinhos.
O simpósio divulgou uma declaração de consenso, assinada por mais de dois mil cientistas, culpando as mudanças climáticas causadas pelo homem pela destruição dos recifes, e pedindo ação imediata para proteger esse ecossistema. Segundo o documento, o oceano já esquentou 0,7 ºC com as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Cerca de 30% dos recifes de corais do mundo estão severamente degradados.
Um dos resultados do aquecimento do oceano é o fenômeno do branqueamento (foto). A temperatura mais elevada do oceano desencadeia um processo que faz com que os corais percam a cor. Esbranquiçados, eles acabam morrendo e desestabilizando o ecossistema, colocando em risco a biodiversidade marinha local. As previsões mais sombrias indicam que, até o final do século, a ação humana pode acabar com 90% de todos os recifes de corais do mundo.
Por isso os pesquisadores estão chamando a população e os tomadores de decisão para agir. A declaração de consenso pode ser assinada neste link.

Fonte: Blog Epoca

Bom pessoa essa reportagem é de 11 de julho ( coloquei atrasada porque nao pude posta nos ultimos dias) mas apesar disso, esta servindo de um alerta para todos !!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

“A caça às baleias deveria ser discutida em um fórum ético”



O veterinário Milton Marcondes, coordenador de pesquisa e conservação do Instituto Baleia Jubarte, acredita que o debate sobre a volta ou não da caça às baleias não deveria ser discutido em uma conferência científica nem da indústria baleeira. Para ele, a questão é ética. É o que ele explica no artigo abaixo, enviado agoradireto da reunião da Comissão Baleeira Internacional, em Marrocos, que termina na sexta.

Muita coisa tem sido dita e publicada nos últimos dias em relação à caça as baleias. Este é um assunto que sempre gera muita polêmica, pois contrapõe pontos de vista diametralmente opostos (caçar versus conservar) e também mistura o lado racional com o emocional.

Para complicar um pouco mais, trata-se de uma questão muito mais complexa do que pode parecer num primeiro momento. O Japão defende com unhas e dentes a caça não somente porque gosta de carne de baleia, ou porque é uma atividade dita “tradicional”. Nem é pelo lucro que se obtém com o comércio das baleias, afinal o Japão gasta muito mais para ter um bloco de países que vota alinhado com ele do que ganha com a comercialização das baleias. O Japão não quer correr o risco de que a proibição da caça as baleias seja um precedente, e que depois das baleias queiram proibir a pesca de atum, ou de outros recursos pesqueiros. Também envolve a capacidade do país formar um bloco de apoio que vota com ele e garante respaldo à sua política em relação à indústria pesqueira. Algo análogo ao apoio que alguns países dão aos Estados Unidos quando ele resolve desafiar uma resolução da ONU e invadir um país. Trata-se portanto de uma disputa de Poder.
Deixando a geopolítica de lado, o fato mais relevante do meu ponto de vista é que, desde que o primeiro navio zarpou para pescar uma baleia, lá pelo século XII, fosse com navios a vela e arpões lançados manualmente ou com navios-fábrica e canhões disparando o arpão, todas as populações caçadas foram drasticamente reduzidas, algumas ficando a beira da extinção. A diferença é que na época dos navios a vela levavam décadas para reduzir uma população, enquanto nos tempos modernos o colapso se dá em poucos anos.
Baleias são animais grandes, de vida longa e quase sem predadores naturais. Por isso são animais de reprodução lenta. A Jubarte leva de cinco a seis anos para atingir a maturidade sexual. Atingida a maturidade, ela tem um período de gestação de 11 meses e dá luz a um único filhote, que fica quase um ano dependente da mãe. Em geral, ela vai ter um filhote a cada dois ou três anos de vida. Nos primeiros 10 anos, uma baleia vai ter um ou dois filhotes no máximo. Quantas baleias os caçadores matavam no mesmo período? Milhares! Caçar baleias, em escala comercial, não é uma atividade sustentável!
Desde que a Comissão Internacional Baleeira (IWC) foi criada em 1946, ela vem buscando um mecanismo que permita estabelecer cotas de caça e que garanta a conservação das baleias. Após 40 anos de fracasso foi necessário estabelecer, em 1986, uma moratória à caça comercial para permitir que algumas populações de baleia pudessem ter uma chance de se recuperar.
Como toda deliberação da IWC, se questionada num prazo de três meses, não precisa ser acatada, a Noruega questionou e seguiu caçando comercialmente. O Japão foi contra a moratória, mas não questionou. Ele buscou uma brecha na legislação. A caça com fins científicos (que ninguém fazia até então) poderia ter a cota estabelecida pelo próprio país. O Japão passou desde então a caçar baleias para fazer pesquisa e mandar o excedente de carne para o mercado. Caça inclusive dentro do Santuário do Oceano Austral, uma área criada para proteger as baleias.
Hoje a IWC está imobilizada pois o bloco de apoio ao Japão se iguala aos países conservacionistas. Como são necessários três quartos de votos para a tomada de decisões, a balança permanece imobilizada e não pende nem para o lado pró-caça nem para o lado conservacionista. A IWC é um órgão anacrônico. Uma Comissão criada por países caçadores, com objetivos e regulamentos da década de 40, tentando estabelecer regras em um mundo onde os valores e interesses são muito distintos de 64 anos atrás.
A proposta de “consenso”, apresentada nesta reunião da IWC em Agadir – Marrocos, era uma tentativa de sair desta imobilidade. Tentar fazer a IWC voltar a ser um órgão deliberativo. Mas isso significava fazer a balança pender para um dos lados. Como a proposta procurava atender aos dois lados ela nasceu morta. Não agradou aos países caçadores nem aos conservacionistas.
Por um lado ela acenava ao Japão, Noruega e Islândia que somente os três poderiam caçar pelos próximos dez anos. Estabelecia uma cota de caça comercial de baleias Minke para o Japão, legitimizava a caça “científica” dentro do Santuário Austral, oferecia cotas de caça de baleias Fin, baleias da Groenlândia, baleias Cinzenta, baleias Sei e baleias de Bryde. Para os países conservacionistas, ela oferecia a volta ao controle da caça pela IWC (inclusive da caça científica), criaria o Santuário do Atlântico Sul (uma proposta que o Japão sistematicamente combateu na última década), e oferecia uma redução do abate de 4.000 baleias num prazo de 10 anos.
O Japão achou os números muito baixos. A Coréia do Sul, que é do bloco caçador, reclamou que ela seguiu as regras do jogo e agora se veria proibida de caçar pelos próximos dez anos, enquanto o Japão seria “premiado”. Para os países conservacionistas uma cota comercial significaria o final da moratória. A legalização da caça dentro do Santuário Austral tornaria este (e o do Atlântico) inútil. Além disso, a proposta traria um retrocesso pois estabeleceria cotas sem critério técnico (caso das baleias fin). E embora ao final de dez anos fossem caçadas menos baleias, aumentaria a caça sobre uma população de minkes que se encontra ameaçada (conhecida como estoque J). Isso sem falar na legalização da caça científica.
Assim, não basta olhar apenas os números e ver quantos animais serão caçados ou salvos. Baleias não são números. Elas têm a capacidade de fascinar os seres humanos. Nos impressionam pelo tamanho e pela docilidade, formam laços muito fortes entre a mãe e seu filhote. Para muitas pessoas, e eu me incluo nelas, caçar baleias é algo inaceitável. Não deveria ser discutido em um fórum político ou científico, mas sim, em um fórum ético.
Ainda não será desta vez que irá se chegar a um acordo. O Japão, a Noruega e a Groenlândia vão continuar caçando baleias e os ambientalistas continuarão a colocar seus barcos diante dos navios baleeiros. Esta é uma história que, infelizmente, parece longe de ter um final.
(Alexandre Mansur)

Fonte: Blog Época

Urso polar exilado do Ártico busca um lar em Londres




Um urso polar expulso do Ártico por causa do derretimento acelerado causado pelas mudanças climáticas agora busca um novo lar em Londres. Encontra lixo, objetos urbanos, algumas pessoas e até um pouco de sombra e ar fresco. O vídeo, criado pelo Greenpeace, tem música do Radiohead e a voz do ator Jude Law. Na vida real não é uma boa encontrar um urso polar nas ruas. É um dos animais mais ferozes e perigosos. Melhor que eles fiquem no Ártico.
(Alexandre Mansur)
Fonte: Blog Época

Bom pessoal o caso dos ursos polares não é novo para ninguém mais isso vem agravando um o passar do tempo, pois a industrialização vem aumentando de uma forma alarmante e  inconsequente. Mas muitos de vocês devem estar se questionando: porque eu tenho que pensar nesses ursos,eu nem moro no ártico? A questão é que esse animais são se extrema importância para o meio ambiente, além disso com uma ação sua você não só os salva, nos salva também. Vejam a imagem abaixo





Esta imagem muitos acham engraçadinha, divertida,e muitos nem pensaram que provavelmente esse urso estaria ai a muitas e muitas horas, sem encontrar terra firma e que se ele não encontrou ele provavelmente morreu bom essa é a realidade de muitos ursos, que morrem por exaustão de tanto nadar a procura de terra firme ou sem comida, pois a camada de gelo esta cada vez diminuindo. Por isso temos que rever os nosso conceitos e começar a fazer um mundo melhor.

Comissão internacional rejeita criação de santuário para baleias



A 64ª reunião anual da Comissão Baleeira Internacional (CBI), no Panamá, colocou em votação nesta segunda-feira (2) a proposta brasileira de criar um santuário de baleias no Atlântico Sul. Em votação apertada, a proposta não conseguiu mais de 75% dos votos – o necessário para aprovar o santuário – e por isso foi barrada.
O projeto de criar um santuário foi apresentado por Brasil, Argentina, Uruguai e África do Sul, ainda no ano 2000. Desde então, os países tentam aprová-lo, até agora sem sucesso. A oposição ao santuário é liderada por Japão, Noruega e Islândia, que argumentam que o projeto não tem base científica e que já existe uma moratória da caça a baleia, e portanto não é necessário criar novos santuários.
O Brasil já foi favorável a caçar baleias no passado. A mudança de posição aconteceu após a constatação que oturismo de observação de baleias rende US$ 1,5 bilhão por ano em todo o mundo.
Foto: Instituto Baleia Jubarte
(Bruno Calixto)


Fonte: Blog Época


Bom pessoal, ai está mais uma prova que no sistema em que vivemos sempre irá prevalecer a vontade de quem esta preocupado com o capitalismo, com o consumo. Japão, esse era já bem esperado que vetasse pois com o sistema de caçada de baleias com altos faturamentos, nem em sonho que eles aprovariam esse projeto. Fica ai mais um caso que deve ser pensado, e concerteza nos ajuda a rever os nosso conceitos.

Austrália começa a cobrar imposto das empresas que mais poluem




Entra em vigor neste domingo (1º) o imposto sobre carbono aprovado pela Austrália no ano passado. O imposto vai cobrar de quase 300 empresas, as mais poluídoras do país, o valor de 23 dólares australianos para cada tonelada de CO2 equivalente emitida. A taxa funcionará até 2015, quando entra em operação um mecanismo de compra e venda de carbono.
A lógica da proposta australiana é usar o imposto para forçar uma economia mais limpa. As empresas poderão escolher entre reduzir a poluição ou pagar o preço do carbono. O valor do imposto será usado como incentivo para empresas que adotarem energias renováveis. “Australianos que querem deixar um legado para as futuras gerações sabem que estamos tomando as medidas adequadas para o planeta”, disse a primeira-ministra Julia Gillard, segundo o jornal The Australian.
A população australiana, no entanto, não parece tão confiante quanto a primeira-ministra. Pesquisas mostram que 54% da população é contra o novo imposto. A lei enfrentou resistência desde o começo, e quase foi rejeitada, conseguindo uma vitória apertada no Parlamento – 74 votos a 72. Além disso, a oposição já prometeu que sua primeira medida, caso vença as eleições ano que vem, será acabar com a taxa.
A expectativa é que o novo imposto torne produtos mais caros e reduza o consumo. O custo da eletricidade deve aumentar entre 9% a 18%, dependendo da região, e as empresas planejam repassar esse custo ao consumidor. Segundo o governo australiano, parte do dinheiro arrecadado será usado para compensar o aumento do custo de vida.
O imposto sobre carbono é uma das propostas para tentar evitar as mudanças climáticas, causadas pela alta concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. Uma pesquisa recente mostrou que o planeta está com uma concentração maior desses gases na atmosfera do que o considerado seguro para evitar impactos ambientais.
Foto: Ao centro, a primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard. (Divulgação)
(Bruno Calixto)

Fonte: Blog Época

Pessoal iniciativas como esta sempre é bem vinda apesar de ter os seus contras mais nada que possa ser ajustado, basta agora força de vontade para que as autoridades australianas adaptem essa iniciativa a sua população, e vamos ver o que esse iniciativa irá trazer de bom e ruim.

As lições da Rio+20

Bom pessoal, sobre a Rio+20 eu trouxe um outro artigo de Virgilio Viana e agora estou trazendo um de Ernesto Cavasin Neto para que possamos ver mais de uma opnião e ver o que ha de comum ou não nas opniões.




Participo há anos de conferências ligadas a temas ambientais, como as do Clima, da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável. Cada vez mais vejo que esses grandes eventos tornaram-se palcos de debates acalorados com incontáveis possibilidades. Sabedores disso, nos últimos tempos os diplomatas desenvolveram um modelo com intenção de aperfeiçoar os trabalhos: as consultas e reuniões preparatórias, que intentam organizar melhor os documentos e discussões antes das grandes conferências das Nações Unidas. Solução interessante. Contudo, mesmo assim, não é possível amarrar todas as pontas desse emaranhado de ideias.
Desse modelo nasceu o documento final da Rio+20, chamado “O futuro que queremos”. Essa carta é analisada de formas distintas, dependendo dos olhos de quem a vê, podendo ser comemorada ou criticada. Lendo com atenção não é passível de nenhum dos sentimentos. Ela atinge o que dela era esperado.
Mas o grande ganho da Rio+20 não está somente no sistema usado pela ONU para buscar um futuro comum a todos os povos, pois não é só de governos que o mundo é feito. Devemos aplaudir a Rio+20 por sua capacidade e efetividade na mobilização da sociedade civil. É difícil tangibilizar o intercâmbio de conhecimento, mas com certeza muitos movimentos sociais, ambientais e até empresas saíram da Rio+20 mais fortes do que chegaram. Essa reciclagem é impar.
Essa evolução ainda não atingiu o estado da arte. Ainda há um longo caminho até a sociedade estar preparada. Focos múltiplos sem priorização dos temas são fruto da diversidade de conhecimento. Mas também são fonte de morosidade para a criação de propostas sólidas e que se sustentem. Essa dificuldade em alinhar ideias e balancear o prático e o teórico pôde ser vista nas várias plenárias e eventos paralelos.
As empresas conseguem se organizar melhor em blocos e evoluir na discussão. Os principais pontos de discussão e consenso na Rio+20 foram:
1- Relatórios de Sustentabilidade integrados às demonstrações financeiras são uma tendência. Mensurar e reportar de maneira integrada são os primeiros passos para adaptação dos modelos econômicos a uma economia verde.
2- As principais soluções apresentadas para a economia verde estão relacionadas com energia renovável, aspecto em que se destacaram as propostas apresentadas pela China e Alemanha. O Brasil tem uma matriz energética invejável e está incentivando fontes alternativas, principalmente eólica, mas por questões estratégicas vem também sujando a mesma em busca de equilíbrio sistêmico.
3- O lançamento do Natural Capital Declaration, no qual os bancos se comprometem a buscar maneiras para contabilizar e incluir na decisão de investimento aspectos relacionados ao capital natural.
4- Água, alimentos e energia são basicamente os três pilares que as empresas, governos e ONGs abordaram com relação à economia verde. Mudanças climáticas é também um tema reconhecido como prioritário, mas dentro desse pacote.
5- A mensuração das riquezas foi alvo de muita discussão. Como alterar ou substituir indicadores como o Produto Interno Bruto -PIB por outros mais completos que considerem questões sociais e ambientais. Neste caso, relatórios integrados teriam total conexão com as propostas de mudanças.
6- Importante tendência de cada vez mais integrar as pequenas e médias empresas de forma mais ativa na busca por uma economia verde.
Esses pontos são um importante sinalizador de que as empresas hoje traduzem de forma mais rápida o sentimento da sociedade em geral do que os governos e com isso agem mais rápido também, prova disso são os Prêmios de Mudança do Clima e Empresa Verde realizados anualmente pela revista Época em parceria com a PwC. Com 5 e 2 anos de vida respectivamente, o Prêmio Época de Mudanças Climáticas e o Prêmio Época Empresa Verde trazem cada vez mais exemplos de sucesso, projetos aplicados pelas empresas em prol de um mundo melhor. O compartilhamento desse conhecimento, por meio dos Prêmios, cresce a cada ano fazendo com que as empresas busquem aprimorar suas respostas e ações. O resultado dessa liderança apresentada pelos participantes dos Prêmios é uníssono com os principais resultados que vimos na Rio+20.
O maior sucesso desses últimos 5 anos é aproximar a sociedade em geral das ações de vanguarda que buscam o desenvolvimento sustentável de novos negócios e modelos de produção rumo à sonhada economia verde. As empresas participantes dos Prêmios provam a cada ano sua crença de que o futuro que queremos é o que estamos dispostos a construir.
(Ernesto Cavasin Neto, diretor de Sustentabilidade da PwC Brasil, Presidente da Associação das Empresas do Mercado de Carbono e Coordenador técnico do Prêmio Época Empresa Verde)

Fonte: Blog Época

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Árvores no Ártico aceleram aquecimento global














Efeito não era esperado
Acreditava-se anteriormente que o crescimento de florestas na estéril tundra do Ártico iria absorver as emissões mundiais de CO2 e desacelerar o aquecimento global. No entanto, um novo estudo de cientistas ingleses e escoceses revela que as árvores que começam a crescer próximas ao Polo Norte na verdade estão liberando mais gases estufa do que os absorvendo.
O relatório pode ter enormes implicações sobre como tentamos impedir o aquecimento, uma vez que se acreditava que um aumento no crescimento da floresta iria contê-lo, ao absorver mais CO2 do ar. A equipe descobriu que quando as árvores estabelecem raízes mais a norte, o solo antes fértil é “preparado” e começa a liberar reservas de carbono há muito fixadas. Este aumento de carbono supera o CO2 aborvido pelas árvores. Em resumo, o Ártico ficaria melhor como tundra do que como floresta.
O crescimento da floresta no Ártico era previamente uma causa de celebração – o número de árvores na região aumentou em 8 por cento nos últimos 30 anos. No estudo publicado no Nature Climate Change, os pesquisadores escreveram: “Sugerimos que, quando mais comunidades produtivas de florestas colonizam a tundra, a decomposição de grandes estoques de carbono no solo pode ser estimulada. Assim, contraintuitivamente, o maior crescimento de plantas no Ártico europeu pode resultar numa aceleração da mudança do clima.”
Ao viajar para o Ártico e retirar solo em camadas de centímetros, a equipe conseguiu tirar amostras e mensurar o conteúdo de carbono e orgânico. Espera-se que os resultados ajudem cientistas a refinar suas estimativas de como o aquecimento está afetando a região, diz o Inhabitat.
Fonte: planetasustentavel.abril.com

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Leia o documento final da Rio+20, "O Futuro que Queremos"


O texto "O Futuro que Queremos", documento final da conferência sobre desenvolvimento sustentável da ONU (Rio+20) que foi determinado pelos negociadores e chefes de Estado está disponível para leitura.

Apesar da conferência acontecer no Brasil, o documento é publicado apenas nas línguas oficiais das Nações Unidas -- inglês, espanhol, francês, russo, chinês e árabe.
O texto pode ser lido em inglês neste link.
A versão em espanhol está disponível aqui.

Fonte: Folha.com

Rio+20: um balaço


Virgílio Viana
A Rio+20 pode ser dividida em duas. De um lado, a negociação oficial e o texto produzido no Rio Centro. De outro, os mais de três mil eventos que ocorreram durante os dez dias da Conferência. Um balanço equilibrado da Rio+20 tem que avaliar ambos.
O texto aprovado pelos países presentes é o suficiente para enfrentar a séria crise de sustentabilidade ecológicapobreza e desigualdade social? Não. Entretanto, o texto merece ser lido e analisado cuidadosamente. Trata-se de um grande esforço, liderado pela diplomacia brasileira, de renovar os compromissos dos países em caminhar rumo à sustentabilidade. Editorialmente, o texto é uma revisão das ações em andamento no âmbito da ONU. Faz referência a dezenas de tratados, acordos, declarações, institucionalidades e outros mecanismos adotados nas últimas décadas. Os princípios defendidos e a abrangência do texto são bons. Falta o que se chama de “ambição”: metas mais claras e compromissos específicos. A pergunta é: se isso houvesse sido colocado no texto, teria sido aprovado? Ou, como se temia algumas semanas antes da conferência, haveria sério risco de não haver texto algum? Diante dessas incertezas, a diplomacia brasileira optou por um texto que, a rigor, atende a um dos principais objetivos da conferência: renovar o compromisso dos países quanto à sustentabilidade, no âmbito do multilateralismo. Todos os países fizeram declarações alinhadas com o documento e o assinaram.
A crítica das lideranças não governamentais ao documento oficial, por outro lado, tem plena justificativa. A ciência nos mostra que o planeta já está no seu limite de sustentação ecológica e, em alguns casos, já ultrapassou esse limite. Estamos caminhando perigosamente para a ruptura de ecossistemas e ciclos ecológicos essenciais para manter a vida humana. É necessária uma mudança radical no nosso estilo de desenvolvimento, rumo a uma economia verde, com mais eficiência no uso de recursos naturais, menos consumo de energia, menos emissão de carbono e menor pegada ecológica. Tudo isso combinado com a necessidade imperiosa de erradicar a pobreza extrema e promover maior equidade social. Portanto, diante dessa urgência ecológica e social, o posicionamento dos governos na Rio+20 parece excessivamente tímido.
A pergunta que deve ser feita é: a expectativa criada em relação à Rio+20 e outros processos da ONU é razoável? Creio que não. Existe uma expectativa que não é realista diante do sistema de tomada de decisões multilaterais, baseado no consenso. É muito difícil a construção de consensos num mundo marcado por circunstâncias locais muito contrastantes diante das mudanças climáticas (exemplo: ilhas oceânicas x países árabes produtores de petróleo), ou diante de questões geopolíticas (exemplo: EUA x Irã). Assim, é quase impossível obter acordos que contenham metas ambiciosas, compromissos financeiros significativos etc. Devemos reajustar nossas expectativas quanto aos resultados esperados de processos no âmbito da ONU. É razoável esperar declarações de princípios de macro políticas e estratégias. Mais do que isso é plantar sementes de decepções e frustrações – como foi o caso da Conferência do Clima de Copenhague, em 2009.
Se não é possível esperar metas rígidas e compromissos legalmente vinculantes dos processos da ONU, como enfrentar a urgência das mudanças necessárias rumo à sustentabilidade e à economia verde? A resposta está dividida em dois segmentos: governamentais e não governamentais. No âmbito governamental, caberá aos governos nacionais e subnacionais (estados, municípios) definir políticas de incentivo à economia verde e desincentivo à “velha economia” (poluidora, degradadora e injusta). No âmbito não governamental, caberá a empresas e ONGs fazer ações práticas. Mais de 75% da economia global é privada. Portanto, cabe aos agentes privados fazer acontecer as mudanças necessárias.
A boa noticia é que há muitas novidades no campo não governamental. As empresas incorporam cada vez mais politicas e práticas coerentes com os conceitos de sustentabilidade. É razoável dizer que a Rio+20 marcou o fim da fase de maquiagem verde. Cada vez mais as empresas que exercem lideranças nos seus respectivos setores utilizam métricas de sustentabilidade. Essas métricas, traduzidas em indicadores definidos em processos com forte cunho técnico e transparência, permitem medir os passos da longa caminhada rumo à sustentabilidade. Um número cada vez maior de empresas incorporaram especialistas em sustentabilidade nos seus conselhos de administração e diretorias. Cada vez mais os executivos são cobrados por conhecimento em sustentabilidade. Cada vez mais as empresas são cobradas por resultados em sustentabilidade. Não se trata de modismo: é uma tendência que veio para ficar.
Também existem boas noticias no campo do terceiro setor. Existe uma tendência de profissionalização das ONGs, que passam a ser cobradas por resultados, aferidos por indicadores sólidos e verificados por auditorias e certificação independente. Não basta apenas trabalhar por uma causa nobre. É cada vez mais necessário comprovar os impactos e resultados alcançados. Existe uma tendência de busca por mais eficácia e eficiência no uso dos recursos destinados aos programas socioambientais implementados por ONGs. Por isso, existe um crescente pragmatismo e profissionalismo na gestão de organizações não governamentais.
A dúvida principal é: as mudanças estão ocorrendo na escala e velocidade necessárias? Infelizmente não. A gravidade das crises ecológica, econômica e social exige que as mudanças sejam profundas e rápidas. Infelizmente o quadro atual não estimula o otimismo. Ao contrário: dos 34 objetivos e metas, divididos 6 grupos, analisados pelo relatório GEO-5 do PNUMA, apenas 3 tiveram progressos significativos. 13 tiveram alguma melhoria e 18 tiveram piora ou não há dados conclusivos . O quadro é preocupante. Apesar dos avanços das empresas, ONGs e governos nacionais e subnacionais, a velocidade e a magnitude das mudanças ainda está muito abaixo do necessário. Entretanto, não devem passar despercebidos os 692 compromissos, totalizando cerca de 513 bilhões de dólares que constam do anexo da declaração da Rio+20. Isso é significativo!
A questão central é: como aumentar a velocidade e escala das mudanças rumo à sustentabilidade? Esta é a agenda que deve ocupar a prioridade dos lideres globais, tanto na esfera internacional, quanto nacional e subnacional. Tanto para governos quanto para atores não governamentais. É necessário um plano que envolva e inclua todos, sem exceção. A seguir proponho ações estratégicas nessa linha de raciocínio.
1. Educação e sensibilização - É essencial disseminar, de forma simples, o conhecimento científico sobre os limites ecológicos do Planeta e as soluções para a pobreza. Isso tem que ser colocado de forma estruturada nas escolas e de maneira massificada na mídia. A consciência acerca dos problemas e soluções para a pobreza e a crise ecológica é essencial para influenciar o posicionamento dos lideres políticos e empresariais. Empresas e governos só mudarão suas políticas e estratégias se forem pressionados por consumidores e eleitores, respectivamente. Mais de 50 milhões de pessoas foram envolvidas nas discussões em todo o mundo, principalmente pela internet e mídias sociais. Nesse sentido a Rio+20, com seus mais de três mil eventos foi um sucesso!
2. Capacidade de implementação - Uma vez construída uma visão estratégia e criada a motivação política, a questão é como transformar isso em realizações. São necessários vários ingredientes como tecnologia e inovação, eficiência no uso de recursos, eficácia no alcance de resultados etc. Para isso são necessárias instituições capazes de lidar com novos desafios e paradigmas. Modelos de gestão inovadores e lideranças empreendedoras são essenciais. Infraestrutura, governança, competência, talento, ética e transparência completam os requisitos básicos para o sucesso na implementação de politicas e projetos voltados para a sustentabilidade.
3. Recursos para investimento em mudanças - A partir de instituições capazes de formular e empreender projetos transformadores é essencial mobilizar os recursos financeiros necessários. O desafio principal é mobilizar recursos na escala necessária. Esses recursos devem ser direcionados para mudar a economia atual, no caminho da sustentabilidade. Devem ser criados mecanismos para incentivar inovações que, pela sua natureza, são de maior risco. Incentivos fiscais para empreendimentos verdes e taxas crescentes para empreendimentos poluidores devem ser praticados. Mecanismos inovadores capazes de mobilizar grandes volumes de recursos são necessários como, por exemplo, a taxação sobre transações financeiras, como proposto pela França. O acesso aos recursos financeiros deve ser facilitado, aproveitando as inúmeras experiências exitosas de microcrédito.
4. Métricas e indicadores - É essencial avaliar, de forma objetiva, o caminho rumo à sustentabilidade. A Rio+20 marcou o fim da maquiagem verde de governos e empresas. É necessário medir o progresso verde com base em indicadores novos e inteligentes, capazes de medir o que realmente importa: qualidade de vida e pegada ecológica. Nesse sentido, o processo de construção dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, iniciado na Rio+20, é de grande importância.
5. Diálogo e avaliação coletiva - Com base em métricas e indicadores claros, precisamos avaliar periodicamente nossa trajetória rumo à sustentabilidade. Nosso principal desafio é conciliar as necessidades de curto prazo com os imperativos de longo prazo. É o tema central da sustentabilidade: conciliar as aspirações das gerações atuais com os direitos das gerações futuras. Esse é um dilema complexo e de difícil solução, pois uma parte dos atores ainda sequer nasceu – as gerações futuras. Incorporar jovens no processo de diálogo e construção coletiva de uma visão de futuro comum é essencial.
Essas cinco estratégias não representam uma lista exaustiva, mas são pilares essenciais. A pretensão aqui é mostrar o óbvio: trata-se de um longo caminho rumo à sustentabilidade. Não há chance de, nos dias de hoje, uma assembleia da ONU tomar uma decisão revolucionária para os desafios da sustentabilidade. Infelizmente. Nosso único caminho é um movimento que envolva toda a sociedade civil e governos; líderes políticos, empresariais e ambientalistas; cientistas e pajés. Só isso criará as bases para uma mudança de políticas, públicas e privadas; individuais e coletivas. As decisões dos governos e empresas dependerão disso.
Quando todos estiverem convencidos de que temos soluções verdes viáveis e atraentes para todos, haverá espaço para otimismo. Teremos então as circunstâncias necessárias para a ONU decidir, por consenso, que é hora de acelerar o ritmo das mudanças essenciais para o futuro que queremos.
Foto: Fábio Nascimento
Fonte: Planetasustentavel.abril.com

O azul da Terra

Apenas 2,7% da água do planeta é própria para o consumo. Tire daí o que está congelado nos polos e sobra menos de 1%. Moral da história: ou cuidamos da água ou ficamos sem ela 
“A Terra é azul”, constatou Yuri Gagarin, o primeiro e privilegiado astronauta que a avistou lá de cima. E é azul porque tem 1,5 bilhão de quilômetros cúbicos de água. Tomando apenas sua extensão de superfície, temos 70% mais água do que terra firme no planeta. O ciclo é perfeito e interminável: o Sol aquece o solo, os rios e os mares; então, o vapor sobe, agrega-se formando nuvens, daí cai em chuva, alimentando rios, lagos, represas e lençóis subterrâneos. É assim desde que o mundo é mundo, o que nos leva a pensar que água é um recurso natural abundante e inesgotável. Não é.
Apenas 2,7% desse 1,5 bilhão de quilômetros cúbicos é de água doce, própria para consumo. Mais: dessa já pequena porcentagem, grande parte está congelada nas regiões polares. Somente 0,7% está escondida no subsolo e mísero 0,007% está na forma de rios e de lagos. Se pegarmos uma garrafa com 1,5 litro de água e a dividirmos proporcionalmente, como a encontramos no planeta, a quantidade de água doce disponível seria equivalente a uma única e insignificante gota. Para complicar as coisas, esse pouco que temos está cada vez mais poluído, especialmente nos grandes aglomerados urbanos. Cerca de dez milhões de pessoas morrem todo ano por causa do consumo de água contaminada.
Há 150 anos a possibilidade de escassez era coisa de malucos. Só que, no século 20, a população mundial triplicou. Mais gente quer dizer mais fábricas, mais desperdício e, principalmente, mais irrigação nas lavouras. Resultado: o consumo de água nesse período acabou aumentando seis vezes! De acordo com o Banco Mundial, cerca de 80 países, hoje, enfrentam problemas de abastecimento. “Mais de um bilhão de pessoas não têm acesso a fontes de água de qualidade”, acrescenta Kofi Annan, secretário geral das Nações Unidas (ONU).
Nos países desenvolvidos, ocorre contaminação das águas por resíduos industriais e, principalmente, por nitratos de sódio, cálcio e potássio encontrados nos fertilizantes usados na agricultura. Esses nitratos, altamente cancerígenos, infiltram-se na terra e, com a ajuda da chuva, são carregados para rios, lagos e lençóis freáticos. Nos países menos desenvolvidos, a questão da água doce e limpa está relacionada ao desperdício, mas principalmente ao esgoto. “Cerca de dois e meio bilhões de pessoas no mundo vivem sem saneamento básico”, garante Annan, da ONU. Ou seja, pouco menos da metade dos seres humanos continua jogando seus dejetos na água – ou na terra, que, no fim, leva à água. Na Ásia, 850 bilhões de litros de esgoto são despejados nos cursos d’água anualmente. Levando em conta que cada litro de sujeira inutiliza 10 litros de água, a idéia de escassez não é, definitivamente, coisa de malucos.
No Brasil, com exceção da região Norte e parte do Centro-Oeste, onde estão as terras alagadiças do Pantanal, a situação dos recursos hídricos começa a ficar preocupante. Falta água na maioria das bacias do Nordeste, na Grande São Paulo, em regiões de Minas Gerais, Bahia e em algumas áreas do Rio Grande do Sul. “O Brasil dispõe de 16% da água doce do planeta, mas sua distribuição é muito irregular”, diz Paulo Paim, coordenador do Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas. Cerca de 68% de nossos recursos hídricos estão no Norte, onde tem menos gente. Apenas 3% estão no Nordeste e 6% no Sudeste, onde, ao contrário, sobra gente.
 O que pode ser feito
Para evitar a crise da água, serão necessárias doses de bom senso e muito dinheiro. Teremos de evitar o desperdício, interromper os processos poluidores e criar novas maneiras de captação, controle e distribuição. Em alguns países desenvolvidos, a água do esgoto é tratada e depois reaproveitada. No município americano de Orange County, onde fica a Disneylândia, a população bebe água de esgoto reciclada há mais de 20 anos. O mesmo acontece no Estado do Arizona, onde 80% do esgoto vai para as torneiras. De acordo com dados do Departamento de Recursos Hídricos da Agência Nacional da Terra, o Japão reutiliza cerca de 80% de toda a água destinada à indústria. No noroeste da Índia, lençóis freáticos foram salvos com uma idéia barata – e pra lá de óbvia: poços no quintal para recolher água da chuva!
Na maioria dos países já existe consenso a respeito da cobrança pelo uso da água bruta – aquela que é captada sem tratamento, diretamente de rios, lagos ou represas. Há anos a França implantou essa política, cobrando a água bruta usada em irrigação, uso doméstico e industrial e, assim, tem minimizado seus problemas. O Japão cobra caro por toda a água tirada de seus reservatórios, tornando o reaproveitamento quase uma obrigação. Vale lembrar que na maioria dos países, inclusive no Brasil, paga-se pelo serviço de fornecimento da água, não pela água em si. Os críticos do esquema de cobrança, porém, alegam que os mais pobres são prejudicados com essa medida. Ou seja, podem até acontecer revisões nesse capítulo, mas, em países onde a falta de água potável é crítica, a cobrança está se tornando fundamental.
Em Israel, além do pagamento por toda a água consumida, estão em voga multas pesadíssimas para quem polui e desperdiça. “Buscamos um programa de manejo que permita diminuir perdas e punir o desperdício”, comenta o consultor internacional de Israel, Baruch Gornat. O país também investe em novas técnicas de irrigação – 70% da agricultura recebe água residual, ou seja, já utilizada e devidamente tratada – e em dessalinização da água do mar – um processo caro, mas que, no futuro, pode se popularizar e custar menos.
A idéia da cobrança já circula por aqui. O Fórum Nacional de Comitês de Bacias, que reuniu a população, instituições governamentais e não-governamentais, concluiu que está na hora de pensar na cobrança da água, de fiscalizar mais e punir com rigor os poluidores. Ficou estabelecido também que o dinheiro arrecadado com cobranças e multas deverá ser revertido em favor das bacias hidrográficas, focando investimentos na despoluição e na instalação de redes de esgotos. Por sua vez, a Agência Nacional da Água (ANA), criada pelo governo federal para gerenciar a quantidade e a qualidade da água, está destinando, este ano, 107 milhões de reais a empresas que implantarem e operarem estações de esgotos sanitários nas bacias.
Se, guardadas as diferenças e necessidades de cada país e região, essas medidas forem levadas adiante, em um futuro próximo poderemos ter mais água limpa e mais rios salvos da morte. Há exemplos como o do Rio Tâmisa, na Inglaterra, recuperado à custa de dinheiro e de boa vontade . E há também idéias insólitas, como a do Paquistão, que pensa em derreter as geleiras acumuladas em suas altas montanhas, entre elas as do Himalaia. “Não terminamos nosso estudo ainda, mas achamos que podemos acelerar o derretimento da neve aspergindo carbono preto”, disse, numa entrevista, o diretor geral do escritório de meteorologia do Paquistão, Qamar-Uz-Zaman Chaudhry.
No dia-a-dia, cada um de seu jeito, podemos ajudar de alguma forma. Estamos acostumados a escovar os dentes com a torneira aberta, passamos muito mais tempo do que o necessário no chuveiro e, em geral, não falamos nada quando o vizinho lava o carro e deixa a mangueira derramando na calçada. Um estudo recente da Agência Nacional da Água revela que cada brasileiro usa, todo dia, pelo menos 200 litros do – temos de convir – precioso líquido. Será que precisamos mesmo de tanto?

por Afonso Capelas Júnior

Fonte: Superinteressante 

Calcule a pegada ecológica dos seus deslocamentos


Quase toda atividade do dia a dia contribui para a emissão de gases com efeito estufa na atmosfera. Entre elas os principais vilões são o consumo de produtos importados e a produção de lixo.
As emissões de carbono de uma pessoa comum são relacionadas principalmente ao consumo de eletricidade e combustíveis, por isso, o transporte é um maiores geradores de pegada individual.
A pegada de carbono é uma medida da quantidade de dióxido de carbono (C02) e outros gases com efeito estufa (GEE) que uma pessoa ou atividade produzem. A calculadora abaixo fornece um valor aproximado da sua emissão de carbono referente ao deslocamento. O cálculo, no entanto, deixa de fora o carbono gerado por outras atividades, como alimentação e consumo.
A calculadora não trabalha com dados sobre o consumo e alimentação porque eles são menos exatos. Pouca gente sabe quantos litros de lixo produz por dia ou quantos produtos importados consome, por exemplo.
"As variáveis utilizadas são aquelas que podem ser calculadas com grande precisão pois os fatores de emissão de carbono são bem conhecidos na literatura científica", explica Magno Castelo Branco, presidente da ONG Iniciativa Verde. "Há um consenso de que a queima de um litro de óleo diesel gera 2,68 kg de CO2 e o 1 KWh de eletricidade produzido no Brasil tem um fator de emissão publicado pelo governo brasileiro, que varia conforme o dia", conta.
Algumas calculadoras de carbono incluem variáveis relacionadas ao estilo de vida, como o consumo de alimentos importados e o tipo de carne que a pessoa mais come. Essas variáveis são se grande impacto na pegada de carbono - ao trocar um filé de carne bovina por um filé de frango você emite cinco vezes menos carbono na atmosfera - mas acabam deixando o cálculo caseiro menos exato.

Fonte: Folha.com

"O tempo está passando", diz neozelandesa de 17 anos a chefes de Estado


Escolhida em um concurso internacional para fazer o discurso de abertura da Rio+20, a neozelandesa Brittany Trilford, 17, apelou aos chefes de Estado e de governo reunidos no Riocentro para que eles coloquem os interesses das crianças acima de qualquer outro interesse. "Vocês têm 72 horas para decidir o futuro dos seus filhos, o futuro dos meus filhos, e dos filhos dos meus filhos", disse Trilford.

A adolescente também lembrou que "o tempo está passando" e chegou a imitar o barulho de um relógio: "tic, tic, tic".
Trilford também disse que, na Rio-92, quando ela sequer era nascida, muitas promessas para cuidar do meio ambiente e reduzir a pobreza já foram feitas. Para ela, isso não pode mais ser adiado.
"Nós, da próxima geração, exigimos mudanças, exigimos ação, para que possamos ter um futuro", disse.
O discurso de Trilford foi feito logo após a abertura do encontro de alto nível da Rio+20 pelo secretário-geral da ONU Ban Ki-Moon.

Fonte: Folha.com