Pesquisadores do Rio Grande do Sul descobriram uma nova ameaça às tartarugas que chegam esta época do ano ao litoral do estado, a maioria vem da costa africana.
Duas sobreviventes se esforçam para vencer a areia e chegar até o mar. O mergulho é uma vitória para os ambientalistas, e também uma preocupação. Na semana passada, sete tartarugas da espécie verde foram encontradas na praia do Cassino, no sul do estado. Levadas para o centro reabilitação de animais marinhos, cinco delas morreram.
Os biólogos e veterinários decidiram investigar a causa das mortes. A resposta veio com a análise do aparelho digestivo das tartarugas. Ele estava completamente cheio de lixo. No mar, os animais confundem os pedaços de plástico e fios de redes de pesca com algas, que servem de alimento.
Eles ingerem esses materiais, isso faz a obstrução do intestino causando debilidade do animal e ele sai a maneira que sai na beira da praia”, explica o veterinário Rodolfo Silva.
Segundo a Universidade Federal de Rio Grande, o problema atinge 85% das tartarugas encontradas no litoral sul gaúcho.
“Elas procuram nossa costa, principalmente agora a partir da primavera e o verão, quando começa a esquentar as nossas águas e elas usam nosso litoral como importante área de alimentação”, diz o biólogo Sérgio Estima.
Só este ano, 102 tartarugas verdes foram mortas. Elas chegam a atingir 1,5 metro de comprimento e a pesar mais de 200 quilos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário