"A expectativa é detectar se há gelo em meio
à poeira que será levantada e verificar a existência de
água abaixo da superfície lunar,
para abastecer uma futura base permanente."
Nesta sexta, os cientistas americanos vão provocar uma explosão na Lua. Quem explica o motivo é o correspondente em Washington, Luis Fernando Silva Pinto.
O satélite L-Cross faz parte de uma missão em busca de um lugar possível para o pouso de astronautas. Em cerca de três horas, o foguete do satélite, que pesa mais de duas toneladas, vai se desprender do L-Cross. E às 8h30 da manhã, horário de Brasília, vai atingir a Lua a quase 9 mil Km/h. O choque vai levantar poeira lunar a uma altura de quase dez quilômetros. E a luz do Sol, pela primeira vez em bilhões de anos, vai iluminar esse material.
Mas a experiência não termina aí. A agência espacial americana planejou um impacto duplo, para aumentar as chances de coletar informações.
Depois do impacto do foguete, o L-Cross vai continuar descendo em direção à Lua, colhendo imagens e transmitindo tudo para a Terra. Quatro minutos mais tarde, o satélite vai se chocar contra a mesma cratera.
Centenas de telescópios, entre eles o Hubble, no espaço, e os mais avançados da Terra, terão uma segunda chance de estudar o material dispersado pelo duplo impacto. A expectativa é detectar se há gelo em meio à poeira e verificar a existência de água abaixo da superfície lunar, para abastecer uma futura base permanente.
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