quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Atrações turísticas pouco exploradas na África. Parte 3

Animais como babuínos ou pinguins africanos e plantações de uva para a produção do vinho que já ganha o mercado mundial mostram que a África pode ser surpreendente aos olhos e ao paladar também.

             Nesta semana, o jornalismo da Rede Globo ganhou mais uma base de correspondentes internacionais e, na série de reportagens em que os repórteres Renato Ribeiro e Edu Bernardes apresentam o continente africano, eles revelam nesta quarta atrações que o turismo ainda não explora tanto.

             Pirâmides, safáris, paisagens exóticas. Apesar de lindos cenários, a África ainda é pouco visitada: recebe apenas 5% dos turistas do mundo.
             Em 2008, 46 milhões de pessoas vieram ao continente, oito milhões delas para o Egito. Em segundo lugar, a África do Sul, com quase sete milhões. E é neste país que o turista pode encontrar uma face desconhecida do continente.
             Estamos na Cidade do Cabo, próximo ao Cabo da Boa Esperança, que separa os oceanos Índico e Atlântico, e uma praia esconde algo raro. No caminho, até encontramos babuínos pela estrada.
             Mas quem imaginaria ver pinguins por aqui? São para lá de simpáticos. A câmera chega perto deles. Pinguins africanos, uma espécie ameaçada. São apenas 1,8 mil. No local, encontram o que gostam: verão brando, inverno rigoroso e água fria no mar.
             A 80 quilômetros da Cidade do Cabo, outra paisagem que foge ao estereótipo da África: plantações e plantações de uva. São mais de 600 vinícolas, 800 quilômetros de terras cultivadas na área de Stellenbosch, a capital do vinho. Uma história que começou há muito tempo.
             O primeiro vinho sul-africano foi produzido por um holandês, há 350 anos. Mas não era de boa qualidade. Até que no fim do século XVII, famílias francesas vieram morar na região e ensinaram a maneira adequada de se plantar a uva. Nascia uma tradição, que no século XXI, a cada ano, ganha mais força.
             A presença francesa deixou marcas. Franschoek é uma cidadezinha de 20 mil habitantes, onde tudo lembra a França: as placas em francês, a arquitetura.
             Com o fim do Apartheid, há 19 anos, as sanções comerciais abrandaram e a África do Sul passou a exportar o vinho. Hoje, o país é o nono produtor mundial e compete com Austrália e Chile no que é chamado de mercado do novo mundo.
             Não é petróleo. Mas os sul-africanos passaram a ver um líquido precioso jorrando. Junto com ele, vieram também em abundância empregos e faturamento.
             São 250 mil pessoas trabalhando nas fazendas. O vinho contribui com 10% do Produto Interno Bruto da África do Sul, a soma de tudo o que é produzido no país.
             "Temos invernos frios e chuvosos e verões secos e quentes. O que é ótimo para o solo e para evitar pragas. O clima é ótimo", explica Chris Williams, gerente de uma das principais vinícolas do país.
              O sucesso atrai turistas à região. Eles veem de perto o quanto a África pode ser surpreendente aos olhos e ao paladar também.
              Na reportagem desta quinta, nós vamos ver por que milhares de africanos arriscam a vida para entrar na Europa clandestinamente.

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