sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz 2012

Olé pessoal, quero desejar a todos vocês um feliz ano novo e muita paz, mas principalmente vim passar uma mensagem que acho que muitas pessoas precisam, a parte em que eu quero que vocês vejam é em relação a natureza, as lutas que grupos de pessoas travam todos os dias para conseguir preservar mias pode se aplicar a outros campos


 

Caminhada da liberdade Miley Cyrus 


Não viva uma mentira, essa é a sua única vida
Não viva uma mentira
Você não vai se perder
Apenas ande, apenas ande

É uma caminhada da liberdade
É uma caminhada da liberdade
É uma liberdade, liberdade, liberdade
É uma caminhada da liberdade
É uma caminhada da liberdade
É uma liberdade, liberdade, liberdade

Isso é para todos os que estão tentando te prender
Tentando te fazer sentir menor do que realmente é
Eles não fazem nada melhor do que te fazer estragar tudo
Estão só tentando tirar seus sonhos do caminho certo
E você sabe que no final tudo ficará bem
Porque tudo que realmente importa são os passos que você dá
E todas as outras coisas que caem no lugar
Não existe um preço a pagar, eu digo

Tudo bem (tudo bem)
Sim sim (sim sim)
Nós vamos conseguir
Quando vivermos (vivermos)

Tudo bem (tudo bem)
Sim sim (sim sim)
Nós vamos conseguir
Quando vivermos (vivermos)

Caminhada, caminhada

É uma caminhada, caminhada da liberdade
Dizer adeus para as pessoas que te amarraram
É uma caminhada, caminhada da liberdade
Liberte-se, bata a porta, você não é mais prisioneiro
Liberdade, liberdade, li-li-liberdade, liberdade
É uma caminhada da liberdade

Não pare, continue andando
Não pare (ande, ande, ande)
Não pare, continue andando
Não gosto, não gosto, não gosto, não gosto
Não gosto do que você faz

Não aceite o abuso
Vá para a verdade
Vamos lá, gente, façam alguma coisa

É uma caminhada, caminhada da liberdade
Dizer adeus para as pessoas que te amarraram
É uma caminhada, caminhada da liberdade
Sentir seu coração de novo, respirar novo oxigênio
É uma caminhada, caminhada da liberdade
Liberte-se, bata a porta, você não é mais prisioneiro
Liberdade, liberdade, li-li-liberdade, liberdade
É uma caminhada, caminhada, caminhada da liberdade

Não pare, continue andando
Não pare, continue falando
Não pare, continue andando, ande, ande

Não pare, continue andando
Não pare, continue falando
Não pare, continue andando, ande, ande



Muitos de vocês não podem até gostar da cantora, mas gostaria que vocês ouvissem com a tenção e lessem a letra e pensem em uma coisa: somos livres para fazer o que quiser tanto algo ruim quanto algo qual o caminho que você vai escolher em 2012?

Bom pessoal essa foi a mensagem que eu quis deixar para todos vocês para essa virada, por causa das festas só voltarei a postar no dia 02/01/2012 beijos a todos e boas festas !

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Bioma Cerrado part01

Cerrado - o berço das águas e do fogo

No coração do Brasil, entre a mata atlântica e a floresta amazônica, o cerrado cupa mais de 22%  do território. Cenário de belas paisagens, o cerrado tem extrema importância do ponto de vista da biodiversidade, resultante de um processo evolutivo único sob a ação do fogo, da chuva, da seca e do frio durante milhares de anos. Não é à toa que o bioma tem sido alvo de enorme interesse de entidades e pesquisadores preocupados com o futuro desse patrimônio.

Domínios territoriais e características físicas.

Coberta pela mais rica flora de savana tropical do mundo, estima-se que a área core do cerrado tenha aproximadamente 1,9 milhão de km². Essa área está distribuída, principalmente, pelo planalto central brasileiro, nos estado de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, parte de Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal. Se adicionarmos as áreas encravadas nos biomas vizinhos ( Amazônia ,mata atlântica e caatinga) e as localizadas nas faixas de transição, o cerrado pode chegar a 2 milhões de km². Dentro desse espaço, que abrange 12 estados brasileiros, caberiam Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Portugal , França, Grã-Bretanha, Holanda e Suíça.
O clima predominante no cerrado é o tropical semiúmido. A temperatura média anual varia entre 22ºC e 23ºC e a precipitação média anual fica entre 1.200 e 1800 mm. A estação chuvosa vai de outubro a março; a estação seca ocorre entre abril e setembro. É na seca que os incêndios naturais alastram-se vigorosamente e o fogo, também usado pelo homem, toma conta da mata. Após enfrentar o calor provocado pelos incêndios, as sementes de algumas plantas se abrem e a vida ressurge bravamente.
Normalmente no cerrado não há ventos fortes e constantes. A radiação solar costuma ser bastante intensa, principalmente no inverno seco e sem nuvens, quando o céu fica aberto e muito azul.
O relevo do cerrado é dominado por extensos planaltos, separados por depressões periféricas. Em geral, bastante plano ou suavemente ondulado, o relevo apresenta uma sucessão de chapadas e chapadões. Cerca de 50% de sua área situa-se em altitudes que ficam entre 300 e 600 metros acima do nível do mar. O bioma não ultrapassa, em geral, os 1.100 metros. Uma das exceções é a chapada dos Veadeiros, que chega a atingir 1.676 metros.
As cabeceiras de alguns dos maiores rios sul-americanos, como o São Francisco, Araguaia, Tocantins, Xingu, Tapajós,, Parnaíba, Paraná ( os tributários de sua margem direita), Paraguai e todos os que formam o Pantanal estão localizados sobro o topo dos planaltos do bioma. Sob o solo de vários estados do cerrado está o aquífero Guarani. Por tudo isso, ele é considerado " o berço das águas brasileiras ".
Os solos do cerrado são geralmente profundos, vermelhos ou vermelho-amarelados, porosos e permeáveis. São predominantemente arenosos e areno-argilosos, ácidos e carentes de nutrientes básicos, como o fósforo e o cálcio. Em sua maioria, os solos são pouco férteis, mas há áreas com solos mais ricos, de origem vulcânica. A presença da vegetação do cerrado está intimamente ligada á variação de solos.




segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A China já consome metade do carvão do mundo



A China já consome metade do carvão do mundo. Essa é a fonte mais suja de energia, do ponto de vista da atmosfera. O carvão mineral, que queima nas termelétricas do mundo, e principalmente da China, é o combustível que mais emite gás carbônico para cada watt gerado. Como é um material ainda abundante e barato, é difícil convencer os países emergentes asiáticos a abrir mão do recurso, em nome do equilíbrio do clima global.
Segundo um levantamento recente do Centro de Informações Energéticas (EIA) do governo americano, a demanda por carvão quase dobrou desde 1980 no mundo. O consumo na Ásia cresceu 5 vezes. Cerca de 73% do consumo da região é da China. O gráfico animado está no site da EIA.
Por mais que a China invista em energia hidrelétrica (com a construção de Três Gargantas, a maior do mundo) ou energia eólica (área onde o país já é lider mundial), continua presa ao carvão. É por isso que, no acordo climático recentemente firmado em Durban, o país só promete reduzir quanto carbono emite por dólar gerado. Fonte: Época- blog do planeta

O derretimento do Ártico mudou o clima do Hemisfério Norte




É difícil dar uma dimensão exata do que está acontecendo em um prazo mais amplo. A comparação acima, feita por pesquisadores da Universidade do Ilinois, nos EUA, é bastante direta. A imagem da esquerda mostra a Terra vista pelo Polo Norte em 15 de setembro de 1980. A da direita mostra o mesmo ângulo em 15 de setembro de 2007.
 Setembro é quando o Ártico está no auge da temporada de derretimento graças ao verão do hemisfério norte. Em 2007, o Ártico chegou a menor extensão de gelo já registrada. Desde então, não se recuperou. Os últimos 4 anos também foram de pouco gelo, embora sem bater o recorde de 2007. Este ano chegou perto. Ou até bateu o recorde, dependendo de quem mede.
 O Ártico perdeu 40% de sua superfície branca desde que as medições começaram em 1979. Segundo os cientistas, a superfície congelada que desapareceu é equivalente a 44% dos Estados Unidos ou 71% da Europa (sem a Rússia). Entre as consequências imediatas dessa nova geografia, o clima do Hemisfério Norte mudou. A área de oceano livre exposta agora muda os padrões de perda de calor e de evaporação em toda a região. Um estudo recente feito pela pesquisadora Jennifer Francis, da Universidade Rutgers, dos Estados Unidos mostra como o derretimento do Ártico está mudando os padrões de circulação de ar na região. Isso pode aumentar a incidência de eventos anormais no Hemisfério Norte, incluindo secas, ondas de calor e – paradoxalmente – nevascas extraordinárias e até algumas ondas de frio bizarras. 
Fonte: Época - blog do planeta

sábado, 24 de dezembro de 2011

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Bioma Pampa part03

Um mar verde ameaçado

Como a Amazônia e a mata atlântica, o pampa também está ameaçado e é o bioma brasileiro menor protegido. As unidades de conservação se concentram apenas nas áreas lagunares e de planície costeira, como o banhado do Tainn e o Parque Nacional da Lagoa do Peixe. Nenhuma delas inclui o campo típico do oeste e sul do Rio Grande do Sul.
Pesquisadores revelam que o pampa perdeu 59% de sua cobertura vegetal nativa. Na campanha, por exemplo, as técnicas de manejo nem sempre são adequadas para as condições dos campos, e a prática das queimadas não é bem conhecida em todas as suas consequências. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária (Embrapa), as pastagens são, em sua maioria, utilizadas sem grandes preocupações com a recuperação e a manutenção da vegetação.
Além da pecuária, as lavouras de arroz e de soja também têm afetado o bioma. No alto Uruguai e no planalto Médio, por exemplo, a expansão da soja e do trigo levou ao desaparecimento dos campos e á derrubada das matas. A diminuição da fertilidade do solo e a erosão também são consequências desse processo. Como não bastasse, a ampliação da área de plantio da mamona para a produção de biocombustível é a mais recente ameaça ao bioma, assim como o avanço do capim anoni (gramínea exótica da África), a expansão das pastagens e o bombeamento de água dos banhados.

Pessoal, do bioma pampa é isso veja os outros biomas que já foram falados e aguardem o próximo.
http://novosmeiosdeviver.blogspot.com/2011/12/bioma-pampa-part02.html
http://novosmeiosdeviver.blogspot.com/2011/12/bioma-pampa-part01.html
http://novosmeiosdeviver.blogspot.com/2011/12/bioma-mata-atlantica-part-04.html






domingo, 18 de dezembro de 2011

Veja processo de produção sustentável de calça jeans


A moda logo enxergou o potencial e a importância da produção sustentável, obtida por meio de processos que proporcionam menor consumo de recursos naturais.

A estilista inglesa Stella McCartney desfilou na semana de moda de Paris, em 2009, uma linha de sapatos e bolsas feitos com couro vegetal --que vem do látex natural-- dentro de sua coleção de verão 2010. Conhecida como estilista "verde", Stella deixou que seus fãs soubessem, dois anos atrás, que sua empresa havia reciclado mais de 2.500 quilos de papel e 1.400 de plástico.
No cenário nacional, Oskar Metsavaht, diretor criativo da Osklen, tingiu a passarela de azul ao batizar o verão 2011 de Oceans. Suas roupas tinham pigmento natural, feito manualmente por sua equipe --até ele mesmo botou a mão na tinta. Metsavaht está à frente também do Instituto e, organização que promove o desenvolvimento humano sustentável.
A Levi's é uma marca que vem se destacando por economizar no consumo de água durante o processo de confecção do jeans WaterLess, lançado em fevereiro deste ano no Brasil. A calça é fabricada com uma medida equivalente a um copo d'água, por meio de um processo inovador --pelo método tradicional, são necessários mais de 20 litros de água para fabricar uma única peça.




Fonte: Folha.com

Vazamento em navio despeja 10 mil litros de óleo em Ilha Grande

Um vazamento causado por falha humana num navio da petrolífera Modec despejou ontem (16/12/2011) cerca de 10 mil litros de óleo próximo à Ilha Grande, em Angra dos Reis (RJ). De acordo com o Inea (Instituto Estadual do Ambiente), o vazamento já foi controlado.



"As equipes de emergência do Inea sobrevoaram pela manhã o local do acidente e constataram que o óleo está diluído e não tem mais condições de ser recolhido, motivo pelo qual será feita a dispersão mecânica", diz nota do instituto, divulgada na tarde deste sábado.
O navio, que faz trabalho de manutenção na bacia de Campos, estava a caminho do estaleira Brasfels, em Angra, para reparos. A investigação e eventual aplicação de multa à empresa é de responsabilidade da Capitania dos Portos.
O Inea foi informado ontem sobre o acidente, mas as fortes chuvas que atingiram o Rio impediram o início do plano de contingência no mesmo dia.
"O sobrevoo feito neste sábado constatou que a mancha está se diluindo naturalmente, transformando-se numa fina lâmina que impede o recolhimento. Embarcações farão então a dispersão mecânica do óleo com jatos d´água", diz o Inea, em nota.
O acidente é quase um décimo do ocorrido no mês passado, em campo de exploração da empresa Chevron, no qual vazaram ao menos 380 mil litros de óleo.

Fonte: Folha.com

Cientistas gravam retrocesso acelerado de geleira chilena

Derretimento faz geleira de Jorge Montt, no sul da Patagônia chilena, perder cobertura de gelo a taxas aceleradas, alertam cientistas.


Segundo especialistas, derretimento acelerado faz a geleira de 454 km quadrados perder um quilômetro por ano
Veja o vídeo - http://www.bbc.co.uk/worldservice/emp/pop.shtml?l=pt&t=video&r=1&p=/portuguese/meta/dps/2011/12/emp/111208_geleira_vale_pu.emp.xml


Eles registraram pela primeira vez em vídeo o encolhimento da geleira, uma das principais do sul da Patagônia.
A perda de gelo é descrita como sendo um "retrocesso dramático", acelerado nos últimos dez anos pelo aquecimento global.
Segundo os especialistas, o derretimento acelerado faz a geleira de 454 quilômetros quadrados perder um quilômetro por ano.
As imagens foram feitas por pesquisadores do Centro de Estudos Valdívia, entre fevereiro de 2010 e janeiro de 2011.

Fonte: Folha.com

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Bioma Pampa part02

A vegetação e a fauna

Gramíneas, alguns arbustos e raras árvores formam a fisionomia vegetal característica do pampa. As formações florestais apareceram apenas em algumas áreas serranas e nas margens dos principais rios. As pequenas matas são constituídas de árvores de pequeno porte, como a aroeira e o salgueiro.
Pesquisas indicaram que o pampa possui ceca de 41% da vegetação nativa. Esta abriga cerca de 3 mil espécies de plantas, mais de cem espécies de mamíferos terrestres ( como o lobo-guará o veado-campeiro, ameaçados de extinção), 476 tipos de aves ( como a curruíra-do-campo, o papa-mosca-do-campo e o joão-de-barro) e 50 espécies de peixes.
 Salgueiro

 João de Barro

Missões e estâncias: o povoamento

Os jesuítas espanhóis foram os primeiros estrangeiros a chegar ao interior da região Sul do Brasil, ao final do século XVI. Nas áreas recobertas por campos, introduziram a pecuária - atividade que ajudou a moldar a paisagem do pampa.Os jesuítas fundaram núcleos para abrigar os indígenas que catequizavam, processo que deu origem aos Povos das Sete Missões, primeiro momento efetivo de ocupação do sul do país.
Durante o período colonial, o Rio Grande do Sul foi o maior exportador de couro do Brasil. No fim do século XVIII, a carne passou a ser aproveitada na forma de charque e era vendida em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
A partir do século XIX, imigrantes europeus começaram a chegar ao pampa atraídos pelo clima temperado e pela disponibilidade de terras. Os imigrantes passaram a criar suínos e a cultivar arroz, milho etc. Também introduziram as pequenas propriedades familiares.

 Ruinas das missões jesuitas em São Miguel das Missões

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Dicas



"Guerras Climáticas " prevê volta à barbárie na disputa por recursos naturais




Este livro faz um prognóstico pouco acolhedor para o século 21Baseado em observações colhidas em situações limítrofes vividas pelos seres humanos ao longo da história, o psicólogo e sociólogo alemão Harald Welzer afirma que viveremos em uma situação delicada no século 21. Com as transformações climáticas ocorridas nos últimos anos, e sem nenhum prognóstico de melhora, o especialista especula que, além das causas tradicionais das guerras --economia, religião, política-- teremos no clima um fator preponderante para futuros conflitos.
Com a falta de recursos naturais necessários para a sobrevivência e a ausência de governo, os homens tentem a uma regressão à barbárie e ao comportamento cruel.Fenômenos sociais do gênero foram presenciados após os terremotos no Haiti e no Chile, além da selvageria vista depois da passagem do furacão Katrina em 2005, nos Estados Unidos. O livro "Guerras Climáticas" é composto por ensaios escritos por Welzer. O volume apresenta perspectivas pouco animadoras sobre as mudanças do clima no planeta e, principalmente, sobre as reações prováveis do ser humano nesse período desastroso.

Governo registra menor taxa de desmate na Amazônia desde 1988


O governo federal anunciou ter alcançado neste ano a menor taxa de desmatamento na Amazônia desde 1988, quando o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) começou a medição.
Segundo dados do sistema Prodes, divulgados pelo Inpe, o desmatamento acumulado entre agosto de 2010 e julho deste ano foi de 6.238 km2, o equivalente a mais de quatro vezes o tamanho da cidade de São Paulo, com uma margem de erro de 10%.

Diogo Shiraiwa/Editoria de Arte/Folhapress

O número representa uma queda de 11% em relação ao registrado no ano passado, 7.000 km2, que já era um índice recorde de baixa.
Em 2004, o nível de desmatamento acumulado no ano chegou a 27 mil km2.
O Estado do Pará continua disparado no topo da lista dos que mais desmatam. Contudo, apesar de responder por 46% do desflorestamento, o índice registrado no Estado caiu 15% em relação a 2010.
Mato Grosso e Rondônia, que também detêm altos índices de desmatamento, seguem tendência oposta.
O primeiro teve aumento de 20% na derrubada da vegetação, chegando a um total de 1.126 km2, enquanto Rondônia dobrou a taxa de um ano para outro: o acumulado de 2011 registrou um total de 869 km2.
USINAS
A construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, é apontada por ambientalistas como um dos motivos para o crescimento do desmate.
A ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que ainda não há um motivo claro para o crescimento. "É algo que precisa ser esclarecido, precisamos entender quais são as causas que estão determinando essa mudança de perfil", afirmou.
O governo espera que, com a diminuição do desmatamento e a regeneração da floresta destruída, a Amazônia passe, a partir de 2015, a fazer sequestro de carbono (processo de remoção de gás carbônico do ar), e não mais emissões desse gás.
"Não é uma meta rápida, mas é um projeto viável e vamos todos nos debruçar sobre ele", afirmou o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.
Apesar dos valores positivos, as taxas baseadas no sistema Prodes contrariam a tendência registrada por outro sistema do Inpe, o Deter, que só enxerga o desmatamento em áreas maiores que 25 hectares.
Com o uso de imagens de satélite, esse sistema tem apontado uma tendência de crescimento da destruição das florestas na região.
O Deter é mais rápido que o Prodes, porém é "míope": não detecta pequenas áreas desmatadas. É por isso que o governo evita usá-lo para cálculo de área derrubada.
"Naquilo que foi desmatado, vem crescendo ano a ano a participação relativa dos pequenos desmatamentos, porque os grandes estão sendo combatidos com muita eficiência", disse Mercadante.


Fonte: Folha.com

Divulgação da queda do desmate na Amazônia rebate críticas

A divulgação da queda do desmatamento da Amazônia na segunda-feira foi um movimento reativo do governo Dilma.

O governo buscou responder às críticas que o país vem sofrendo na conferência do clima de Durban, a COP-17, devido ao Código Florestal.
Os dados surpreenderam ao governo: o Deter, o sistema de alerta em tempo real do Inpe, apontava que, neste ano, haveria um aumento de 15% na taxa de desmate que seria dada pelo Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal).
Diante da suspeita de má notícia, o Planalto tinha decidido divulgar os dados só depois da COP-17, que acaba no próximo sábado (9).
Mas o refinamento dos dados mostrou que houve queda de 11% no desmatamento em relação aos 7.000 km2 derrubados em 2010, que já eram a taxa mais baixa da história.
A queda em si resultou de uma reação: após o desmate explodir em abril, o Ibama segurou as motosserras em Mato Grosso. Já em Rondônia, onde o desmatamento dobrou entre 2010 e 2011, a reversão na queda resultou de uma ação do próprio governo: a construção das novas hidrelétricas do rio Madeira.
É a primeira vez desde a criação do Deter, em 2004, que os dois sistemas do Inpe dão tendências opostas.
A divergência se deve ao tipo de imagem captada pelo Deter. O sistema só detecta desmatamentos grandes.
A diferença entre esse sistema e o Prodes fica em torno de 15% a 20% --portanto, os 6.238 km2 da estimativa de desmate divulgada anteontem estão na margem de erro. Quando os números forem consolidados, no ano que vem, essa estimativa deve ser revisada para cima.

Fonte : Folha.com

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Veja onde descartar objetos obsoletos, como celulares e lâmpadas

De um ano para o outro, o seu computador fica obsoleto. O celular passa de item cobiçado a peça pré-histórica em questão de meses. Imagine se esses produtos, e mais baterias de carro, exames de raio-X e lâmpadas fluorescentes fossem dispensados como entulho comum.


Depósito da Utep em Guarulhos (Grande SP), onde pneus são triturados e reciclados

Depósito da Utep em Guarulhos (Grande SP), onde pneus são triturados e reciclados

As baterias de carro contêm chumbo, que gera problemas ao sistema nervoso, enfraquece os ossos, causa anemia. Essas substâncias tóxicas podem se instalar em seu corpo de forma simples: uma vez despejadas no solo, têm suas matérias-primas decompostas, são ingeridas por vermes e minhocas e, em contato com o lençol freático, entram na cadeia alimentar por meio das plantas. Como você é o último componente desse ciclo, consome as substâncias absorvidas ao longo do processo.
As lâmpadas fluorescentes contêm vidro e metal, e são compostas por fósforo e mercúrio. O fósforo favorece o surgimento de câncer e provoca lesões nos rins e no fígado; o mercúrio, se inalado, pode causar dor de cabeça, febre, fraqueza muscular. A esses "poluidores" se unem outros, como computador e pneu, todos com componentes tóxicos na composição.
O Brasil é o país que mais descarta computadores pessoais per capita --0,5 kg por habitante--, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Na China é de 0,2 kg por pessoa.
O número dessas máquinas vendidas no país sobe 15% a 20% ao ano: em 2010, atingiu 13,3 milhões, de acordo com a consultoria IT Data.
No mundo todo, são geradas 40 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos anualmente, sendo que apenas 10% passam por reciclagem de forma apropriada.
O trabalho de desmontagem e o reaproveitamento é pouco conhecido por aqui, segundo o Cedir (Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática da USP).
REAPROVEITAMENTO
Para entender a importância de dar destino certo ao velho aparelho de TV ou ao computador, é preciso se dar conta de que quase 50% dos eletroeletrônicos é composto de plástico e ferro, insumos largamente aproveitáveis. O chumbo volta à ativa como matéria-prima. O vidro das telas gera cerâmica vitrificada, empregada em pisos.
Grande parte do asfalto vem dos pneus que são dispensados adequadamente. Embora a valorização energética --em caldeiras de indústrias, por exemplo-- seja o principal destino, boa parte deles é utilizada para fazer asfalto ecológico, piso de quadras poliesportivas e artefatos de borracha, como tapetes e sapatos.
Segundo a Reciclanip, entidade responsável pela coleta de pneus e ligada à Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), em 2010 o Brasil reciclou mais de 300 mil toneladas de pneus, equivalente a quase 62 milhões de unidades de carros.
ONDE DESCARTAR
Jogar o lixo no lugar certo ajuda a sustentabilidade do planeta porque significa economia e aproveitamento de matéria-prima. Por isso, alguns países fazem recomendações oficiais para o descarte correto do produto.
No Brasil, uma iniciativa desse tipo seria de grande valia, porque só em São Paulo o volume mensal de compra de óleo é de mais de 20 milhões de litros, segundo pesquisa da Nielsen. Aqui, algumas empresas e hospitais fazem a coleta daquilo que já não serve mais para você.
Editoria de Arte/Folhapress





COP-17 chega a acordo histórico, mas adia proteção ao clima


O combate internacional à mudança climática teve hoje seu maior avanço político desde a criação do Protocolo de Kyoto, no fim dos anos 1990. A COP-17, a conferência do clima de Durban, África do Sul, terminou na madrugada deste domingo lançando a base para um futuro acordo contra as emissões de gases-estufa, que envolve metas para Estados Unidos e China, os dois maiores poluidores do planeta --mas só após 2020.
Também foi aprovada uma controversa extensão do acordo de Kyoto, que envolve apenas a União Europeia e mais um punhado de países e que por enquanto não tem nem intervalo de tempo definido para vigorar.
E foi lançado o chamado Fundo Verde do Clima, que tem a promessa de US$ 100 bilhões anuais a partir de 2020 para combater as emissões e promover ações de adaptação à mudança climática nos países em desenvolvimento.
Embora não façam rigorosamente nada para combater o aquecimento global hoje --exceto manter os compromissos fracos que os países já haviam adotado na conferência de Copenhague, em 2009, e que deixam o mundo no rumo de um aquecimento de 2,5°C a 4°C neste século--, as decisões adotadas em Durban têm caráter histórico.
A principal delas, um texto de uma página e meia batizado de Plataforma de Durban, estabelece um calendário para criar "um protocolo, outro instrumento legal ou um resultado acordado com força legal" em 2015, que possa entrar em vigor até 2020. Por esse instrumento, todos os países do mundo terão de se comprometer a metas obrigatórias de redução de emissões.
Trata-se de uma revolução política no âmbito da Convenção do Clima da ONU. Nas palavras do negociador-chefe americano, Todd Stern, a Plataforma de Durban "desbasta a barreira que existia entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento" e que causou a divisão do planeta entre ricos e pobres (os chamados Anexo 1 e não-Anexo 1) em Kyoto. Foi essa divisão que impediu que o Senado americano ratificasse o acordo assinado no Japão e que causou, mais tarde, o impasse com a China que fez fracassar a conferência de Copenhague.
O acordo foi negociado por meses entre os países emergentes, a União Europeia e os EUA, e costurado durante vários dias em reuniões secretas no hotel Hilton, em Durban. Na madrugada de domingo, porém, ele ameaçou ruir.
A Índia exigiu que fosse acrescentada no texto uma opção de ação mais frouxa, de modo a que ela não precisasse se comprometer com metas. Foi criticada por europeus e pelas nações-ilhas, que não só pediam um instrumento com força de lei mas também exigiam sua ratificação em 2018, não 2020.
A presidente da COP, a chanceler sul-africana Maite Mashabane, suspendeu a sessão e pediu que a comissária europeia do Clima, Connie Hedegaard, e a ministra do Ambiente da Índia, Jayanthi Natarajan, fizessem "uma rodinha" para encontrar uma solução para o conflito.
O ato de criatividade retórica que salvou Durban veio do embaixador brasileiro Luiz Alberto Figueiredo, que mais cedo havia brigado com os europeus por ter defendido, alinhado com os emergentes e com os EUA, a inclusão da expressão mais fraca "resultado legal". Figueiredo propôs trocar "resultado legal" por "resultado acordado com força legal" --uma mudança aparentemente boba, mas que salvou a negociação.
"Temos de nos orgulhar muito, este é um momento histórico", disse Figueiredo a jornalistas após o fim da COP mais longa da história, com o sol já raiando em Durban.
"Esta plataforma tem uma chance real de se tornar uma conquista ainda maior que o Mandato de Berlim", disse Hedegaard, em referência ao processo legal presidido em 1995 pela então ministra do Ambiente alemã, Angela Merkel, e que deu origem a Kyoto.
"Os países sairão daqui dizendo que foi um grande sucesso, especialmente os Estados Unidos. Mas para o clima não foi", afirmou Samantha Smith, da ONG WWF.


Fonte: Folha.com

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Bioma Pampa part01

Pampa: o horizonte revelado

O pampa é muito conhecido pela imensidão de planícies cobertas de gramíneas  varridas pelo vento de inverno. O romance O tempo e o vento, de Erico Verissimo, conta a história de famílias que protagonizaram a formação histórica dos campos do Rio Grande do Sul. A autora Letícia Wierzchowski, em seu romance A casa das sete mulheres , também aborda um pouco da história do bioma pampa e sua paisagem.

Domínios territoriais e características físicas

Termo de origem quíchua ( língua de indígenas sul-americanos) para "região plana", o pampa localiza-se ao sul e ao sudoeste do Rio Grande do Sul, abrangendo 63% do território do estado, percentual que equivale a 176.496 km².Constitui a porção brasileira dos pampas sul-americanos, que se estendem pelos territórios da Argentina e do Uruguai. O pampa ocupa 2,07% do território brasileiro.
O bioma pampa, conhecido também por pampa gaúcho ou campanha, é caracterizado por um clima subtropical, com temperaturas médias entre 13ºC e 24ºC, sem período seco sistemático. Com frequência, a ação das frentes polares na região traz temperaturas negativas no inverno. Nessa estação, o vento frio polar minuano¹, presença marcante e vital na configuração da paisagem e no modo de vida de seus habitantes, "varre" as extensas planícies do bioma, por vezes permeadas por suaves ondulações (pequenas colina) chamadas de coxilhas, cujas altitudes não ultrapassam os 200 metros. Uma vegetação rasteira se desenvolve nessas formas de relevo, feição dominante no bioma
Vale lembrar que o termo pampa corresponde a um dos tipos de campo mais encontrados ao sul do Rio Grande do Sul, e que se estende para o Uruguai e a Argentina. Mas no pampa há outros ecossistemas além do campo propriamente dito: os banhados, áreas alagadas (protegidas por lei) fundamentais para a reprodução da vida e para a regulagem dos ciclos de água; os matas ciliares ou de galeria, que acompanham o curso dos rios e servem  de refúgio para a fauna.
Outros principais conjuntos de fitofisionomias:

  • Planalto da campanha - considerado a área core do bioma, ou seja, a área principal, nuclear. Relevo suave e ondulado, recoberto por campos limpos ( campinas) usados como pastagens naturais e também para atividades agrícolas, como o cultivo do arroz nas planícies pluviais.
  • Depressão central - estende-se desde Porto Alegre, em direção ao oeste e ao centro-sul do estado. Compreende terrenos sedimentares. Apresenta mata-galeria com árvores deciduais nas redes de drenagem dos rios.
  • Planalto sul-rio-grandense - localiza-se entre a depressão central e a costa. Seus terrenos alcançam altitudes superiores a 300-400 metros. Recebem maior volume de chuvas devido á influência marinha. Sua vegetação campestre se torna mais arbórea principalmente nas proximidades da lagoa dos Patos. Predominam pastagens naturais ou manejadas.
  • Planície costeira - ocupas a faixa oriental do Rio Grande do Sul, desde a fronteira com o Uruguai até a divisa com Santa Catarina. É constituída de áreas aplainadas, com solos arenosos. Apresenta vegetação de gramíneas e arbustos, típica de complexos lagunares.





*Vento frio minuano - vento forte, frio e cortante (de origem polar) que sopra de sudoeste sobre o Rio Grande do Sul depois das chuvas de inverno.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Depois de impasse, COP-17chega a acordo


Depois do quase colapso, a conferência da ONU sobre o clima (COP-17) finalmente chegou a um acordo por volta das 5h da manhã do domingo 11. Os 194 países participantes concordaram em renovar o Protocolo de Kyoto até 2017 e iniciar um processo para que um novo pacto sobre o clima seja travado até 2020.
Além disso, foi estabelecido o Fundo Verde do Clima para financiar ações contra as nmudanças climáticas.A ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira classificou como um desfecho histórico para a Conferência. Ambientalistas, no entanto, ainda acham as conquista modestas. Segundo eles, as mudanças no clima levarão a um aumento entre 3,5ºC e 5ºC acima dos níveis pré-industriais.

Durante a madrugada, o encontro, que fora prorrogado no sábado 10, esteve a beira do fracasso. Índia e União Europeia divergiam do termo “resultado legal” no texto final que definirá o novo pacto. O consenso foi adquirido com a expressão “resultado com valor legal”. É a primeira vez que EUA e China concordam em criar acordo que se compromete a reduzir as emisssões dos gases do efeito estufa.Mesmo assim, O documento chama atenção para a diferença entre aes atuais emissões de gases e o ideal para evitar o aumento da temperatur do planeta.
Um ponto polêmico, e que ficou de fora do texto final, é a diferenciação de responsabilidade entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, o princípio das “responsabilidades comuns, mas diferenciadas, de acordo com as respectivas capacidades”, que divide o encontro entre esse dois grupos.
A ministra sul-africana das Relações Exteriores, Maite Nkoana-Mashabane, que presidiu a conferência, admitiu, desde o início da sessão plenária, à noite, que o pacote de decisões sobre a mesa “não era perfeito”, mas defendeu que era necessário “não deixar que a perfeição seja inimiga do bom”.
A conferência de Durban, que terminou com 36 horas de atraso, entrará para a história das reuniões sobre o clima por ter batido o recorde das prorrogações nas negociações.
O próximo encontro sobre o clima acontecerá no Qatar, o maior emissor de gás carbônico per capita do mundo.
Fonte: Carta Capital

sábado, 10 de dezembro de 2011

Bioma Mata Atlântica part 04

Um pouco de história

A devastação da mata atlântica ocorreu paralelamente aos ciclos econômicos pelos quais o Brasil passou desde 1500. O primeiro foi a extração de pau-brasil pelos europeus, atividade que durou quase até a sua extinção, durante os séculos XVI e XVII. No mesmo período, as terra férteis da mata atlântica no Nordeste eram utilizadas para o cultivo de cana-de-açúcar. A madeira retirada servia para a confecção dos fornos à lenha usados nos engenhos e dos caixotes utilizados no embarque do produto para a Europa. Durante décadas, enquanto os senhores de engenho enriqueciam, a mata empobrecia.
Pastagens, plantações e cidades foram tomando o lugar da mata durante todo o século XVII. A descoberta de ouro em Minas Gerais ( século XVIII ) também contribuiu para a degradação desse bioma. Mas foi no final do século XVIII que teve início um período de desmatamento em larga escala, com a introdução da cultura cafeeira, atividade que se expandiu durante todo o século XIX. No Sudeste, a Mata Atlântica deu lugar a cafezais, principalmente em São Paulo. No rastro do café surgiram as ferrovias, grandes consumidoras de madeira para os dormentes e o povoamento do interior. Atualmente, no estado de São Paulo, onde havia uma extensa área de mata, há imensos canaviais com usinas de álcool.
Esse modelo de ocupação, que remonta ao colonizadores portugueses, estabeleceu a fixação da população nas proximidades da costa. Atualmente, cerca de 120 milhões de brasileiros vivem nas áreas abrangidas pelo bioma, e a pressão sobre ele segue por todos os lados. No Sul do país, por exemplo, a mata de araucárias está próxima da extinção. No Paraná, restam apenas 0.8% da área original. Além da expansão para áreas de cultivo, a produção de papel, celulose e móveis está por trás desse trágico senário.



Por que recuperar a mata atlântica ?

Para criar apenas alguns motivos, é a mata atlântica que: possibilita o abastecimento de água para milhares de habitantes de regiões metropolitanas, como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador; protege e regula o fluxo de mananciais hídricos que abastecem mais de 3 mil municípios; garante a fertilidade do solo; controla o clima local; abriga uma rica diversidade biológica.
A mata atlântica ainda abriga grande diversidade cultural; povos indígenas, caiçaras, quilombolas, roceiros, caboclos ribeirinhos, entre outros.
A sua conservação começou a se debatida na década de 1980, quando ainda pouco se falava sobre preservação dos biomas nacionais. Na época, algumas organizações ambientalistas, como a SOS Mata Atlântica, foram criadas para defender o bioma. Em 1988, a mata atlântica recebeu o título de Patrimônio Nacional; em 1991, a Organização das Nações Unidas (ONU) a declarou Reserva da Biosfera.
Apesar de a floresta estar começando a rebrotar lentamente em forma de mata secundária, apenas 3% de área do bioma está protegida em unidade de conservação de proteção integral, o que nos leva a concluir que   ainda há muito a ser feito: criação de mais unidades de conservação; recuperação de áreas degradadas;  promoção de certificação florestal; criação de áreas protegidas em torno de reservatório e mananciais etc.
Além disso tudo, um medida muito importante é a criação do corredores ecológicos, que realizariam a ligação entra as áreas fragmentadas da mata atlântica e seriam auxiliares na preservação de todos os biomas brasileiros, pois favoreceriam a expansão do habitat e a troca de material genético, com consequente fortalecimento do processo de preservação das espécies.

Reflita
Palmito - alimento natural
A exploração sem controle do palmito causa problemas na floresta. Cada muda demora oito anos para crescer e seus frutos servem de alimento para muitos animais. Atualmente, existem plantações de palmito sem fazendas, o que ajuda a sua manutenção e sobrevivência na floresta.
Estudos ambientais indicam que o desmatamento criminoso e a  retirada indiscriminada ( sem manejo florestal) para uso industrial responde pela derrubada significativa de muitas dessas árvores.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Ecologistas iniciam campanha contra os baleeiros na Antártida





O grupo ecologista Sea Shepherd termina os preparativos para inicias nas águas da Antártida uma intensa campanha contra os baleeiros japoneses, na tentativa de acabar com a temporada de caça às baleias.
Os navios da organização vão ter a missão de impedir que a frota japonesa capture cerca de 900 baleias para supostos "fins científicos".
Esta será a oitava campanha da organização e pode ser uma das mais extremas até agora, já que os navios japoneses reforçaram a segurança. A ação é chamada de "Operação Vento Divino", como a dos pilotos suicidas japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.

Fonte: Folha.com

Senadores divergem sobre possível recuperação de áreas desmatadas

[Foto]

O relator do projeto de lei do novo Código Florestal, senador Jorge Viana (PT-AC), previu na noite de terça-feira (6) que haverá uma mudança na cultura de oposição entre agricultores e ambientalistas. Essa transformação, aliada às futuras regras, induzirá ao replantio de árvores em grande escala. - O Código deve pôr fim ao desentendimento. O agricultor deve ser aliado na proteção do meio ambiente. Teremos 35 milhões de hectares de florestas a serem plantados. É hora de parar de contar o que perdemos para contar o que recuperamos - pregou. A meta proposta por Jorge Viana equivale a 350 mil quilômetros quadrados, aérea praticamente igual à do Estado de Goiás e do Distrito Federal juntos: 345,8 mil quilômetros quadrados. O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que preside a Comissão de Meio Ambiente, reforça o discurso do relator. - Se o Brasil empreender as determinações deste Código Florestal nós promoveremos o maior projeto de reflorestamento do planeta - disse durante o debate. [senador João Capiberibe (PSB-AP) - Foto: Lia de Paula / Agência Senado]
Entretanto, na opinião de senadores como Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) essa perspectiva de reflorestamento deve ser bastante relativizada. Ele defendeu a emenda 74, assinada por ele e pelo senador João Capiberibe (PSB-AP), que suprimia dispositivo que diminui a reserva legal do estado do Amapá, por ter mais de 65% de seu território ocupado por unidades de conservação. O texto, segundo Randolfe, é inconstitucional, por só afetar um estado, no caso o Amapá. O presidente do Senado, José Sarney, somou-se aos seus colegas de bancada e apoiou a emenda.
João Capiberibe, por sua vez, disse que a floresta em pé representa maior riqueza para o país. O senador estimou que, mantido o texto de Jorge Viana, serão perdidos cerca de 800 mil hectares de florestas no Amapá. Capiberibe apelou a Jorge Viana para que acolhesse a emenda, que terminou rejeitada.  
Anistia
Na mesma linha, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) pediu alterações no texto de Jorge Viana, que a seu ver ainda precisa ser discutido, mesmo após sua aprovação no Senado. Ele critica o estabelecimento da data de 22 de julho de 2008 como marco temporal para a regularização das chamadas "áreas consolidadas" em Áreas de Preservação Permanente (APPs) e RLs (Reservas Legais), o que os ambientalistas vêem como uma anistia a quem desmatou ilegalmente. Lindbergh entende o dispositivo como uma verdadeira punição a quem cumpriu a lei. Além disso, observou, a nova norma abriria espaço para anistias futuras.
Ele lista outros pontos críticos do texto aprovado pelo Plenário, como o cálculo da Reserva Legal em cada propriedade, que considera a área da APP. Ou a permissão de uso de espécies exóticas, como o pinus, que não cumpre papel ecológico, para recomposição da mata nativa devastada. Além disso, aponta para a permissão para que a recomposição da Reserva Legal degradada seja feita em outro bioma - e até em estado diferente daquele no qual ocorreu o desmatamento.
A senadora Marinor Brito (PSOL-PA), ferrenha adversária do substitutivo, prevê mais desmatamento como resultado do novo Código, que para ela favorece quem comete crimes ambientais, em detrimento dos pequenos agricultores e das chamadas populações tradicionais, como os ribeirinhos da Amazônia. A preocupação com desflorestamento em topos de morro e declives, especialmente da Mata Atlântica, também foi explicitada pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ). Ele lembrou os efeitos desastrosos do desmatamento na região serrana de seu estado, onde no início do ano registraram-se vários deslizamentos de terra com a morte de pelo menos 900 pessoas. 
Fiscalização
Mesmo apoiando o substitutivo, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) reconheceu que o sucesso do programa de recuperação proposto pelo novo Código dependerá muito dos órgãos de fiscalização dos estados, que com o texto ganham mais importância.
Segundo ele, caso os órgãos de meio ambiente dos estados não sejam reformulados e aparelhados em um prazo de seis meses a partir da aprovação do novo Código Florestal, não terão condições de realizar o cadastro ambiental e exigir a recuperação ambiental das propriedades rurais previstos no novo Código Florestal.
Da Redação / Agência Senado
Mais informações: http://www.senado.gov.br/noticias/novo-codigo-florestal-e-aprovado-e-volta-a-camara-dos-deputados.aspx

Brasil tenta convencer EUA em novo acordo do clima

O Brasil foi escolhido pela presidente da COP-17 (17ª Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas), a chanceler sul-africana Maite Mashabane, para tentar dobrar a noiva mais cobiçada da conferência do clima de Durban: os Estados Unidos.

O país integrará um pequeno grupo de nações "facilitadoras", tentando construir uma fórmula intermediária entre a posição americana e a do restante do mundo.
Na quarta-feira (7), a dois dias do fim da COP, os representantes do Brasil Luiz Figueiredo e André Corrêa do Lago tiveram reuniões com o negociador americano, Todd Stern.
Sem nada para oferecer em termos de compromissos de corte de emissões ou de dinheiro para o chamado Fundo Verde do Clima, os EUA têm tentado melar o que pode ser o resultado mais importante da conferência: a definição de um plano que leve o mundo a um acordo do clima com força de lei em 2020.
Nesse novo pacto, todos os países teriam alguma meta de corte de gases-estufa.
Stern tem dito que seu país não se opõe a um acordo legalmente vinculante, desde que em pé de igualdade com a China. Chineses e indianos não só não aceitam essa condição como também impõem as próprias.
O ideal para os EUA é continuar conversando sobre o novo tratado, sem prazo.
A UE, por sua vez, exige a definição do acordo como precondição para entregar aquilo que os países em desenvolvimento mais querem: um segundo período de compromisso do Protocolo de Kyoto, o tratado do clima que expira no ano que vem.
Onteontem (7) a comissária europeia do Clima, Connie Hedegaard, criticou o excesso de cobrança em cima do bloco.
O Brasil tem posição intermediária entre os gigantes emergentes e os americanos. Diplomatas têm dito que o país não se opõe ao acordo com força de lei e quer prazo definido para sua conclusão.
Negociadores e observadores têm começado a vislumbrar o resultado da conferência de Durban como um acordo com força de lei, mas cuja legalidade não seja tão explícita a ponto de esbarrar na oposição do Senado dos EUA.
Segundo um negociador de um país em desenvolvimento, a UE quer transferir para esse tratado os mecanismos de verificação de cumprimento do Protocolo de Kyoto.
Dessa forma, mesmo que os EUA não cheguem a ratificar o futuro instrumento, eles terão de cumprir suas metas --quaisquer que sejam elas-- de forma tão rígida quanto os países que ficaram em Kyoto.
Um observador comparou o possível resultado de Durban com a Convenção da ONU para Lei do Mar, que é cumprida pelos EUA mesmo sem nunca ter sido aprovada pelo Congresso como lei.
Num cenário extremo, Durban acabaria como a conferência de Bali, em 2007: os EUA não barram o acordo, mas se abstêm de aprová-lo.

Fonte: Folha.com

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Novo Código Florestal é aprovado e volta à Câmara dos Deputados

Depois de mais de seis horas de debate, o Plenário aprovou o novo Código Florestal ( PLC30/2011), na forma de substitutivo dos senadores Luiz Henrique ( PMDB-SC) e Jorge Biana ( PT-AC) para o texto do então deputado Aldo Rebelo ( PCdoB-SP), hoje ministro do Esporte. O texto, que traça os limites entre a preservação de vegetação nativa e as atividades econômicas, tanto no campo quanto nas cidades, volta agora á Câmara dos Deputados, que deve deliberar sobre a matéria até o fim do ano.
O texto base de Luiz Henrique e Jorge Viana foi aprovado em primeiro turno com 59 votos a favor e 7 contrários. Em turno suplementar, de um total de 78 emendas, Jorge Viana acolheu 26, a maioria referente a mudanças de redação. As demais foram rejeitadas em bloco. Quatro destaques, votados separadamente também foram rejeitados.
O novo Código Florestal estabelece disposições transitórias - para contemplares chamadas "áreas consolidadas", em que há atividades agrossilvopastoris em  Áreas de Preservação Permanente (APPs) -  e disposições permanentes, com critérios a serem seguidos a partir da data de 22 de julho de 2008, data da publicação do Decreto 6.514/2008, que define penas previstas na Lei de Crimes Ambientais. A mesma data é o marco temporal para isentar de recuperação as propriedades rurais de até quatro módulos que desmataram as Reservas Legais (Rls)
Para isso, o projeto determina a criação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e estabelece prazo de um ano prorrogável uma única vez por igual período, para que os donos de terrar registrem suas propriedades nesse cadastro e servirão para a elaboração dos Programas de Regularização Ambiental.
Os relatórios também incluíram incentivos para a recomposição de florestas e regras especiais para a agricultura familiar.
Vários líderes partidários - como as senadoras Kátia Abreu ( PSD - TO) e Ana Amélia (PP-RS) e os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Gim Argello (PTB-DF) Wellington Dias (PT-PI), José Agripino (DEM-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL) - encaminharam favoravelmente ao substitutivo, elogiando o teor do relatório, o qual consideraram equilibrado. Também se manifestaram pelo texto e em defesa dos produtores rurais os senadores Waldemir Moka ( PMDB-MS), Demóstels Torres (DEM-GO), Inácio Arruda (PCdoB- CE), Ico Cassol (PP-RO) e Acir Gurgacz ( PDT-RO).
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) chegou a pedir verificação do quórum, com apoio dos senadores Merinor Brito (PSOL-PA), Lidbergh Ferias (PT-RJ), Paulo Davim (PV-RN) e Cristovam Buarque (PDT-DF). Randolfe discursou contra o texto e defendeu a agricultura familiar e preservação ambiental. Marinos Brito também  encaminhou contrariamente ao projeto , " em nome de todos os que tombaram em defesa das florestas."
Da Redação / Agência Senado

Governo admite que novo Código Florestal poderá levar a desmatamento

Dia 04/12/2011 governo muda seu discurso! 
O governo admitiu ontem pela primeira vez que o novo Código Florestal levará a um aumento na taxa de desmatamento.

Numa entrevista coletiva na COP-17, a conferência do clima de Durban, África do Sul, o secretário nacional de Mudança Climática, Eduardo Assad, afirmou que há cenários possíveis em que o texto a ser votado hoje no Senado Federal leva a mais perda de floresta.
"O código não foi votado ainda, então estamos discutindo suposições e cenários", afirmou Assad. "Há áreas que serão reflorestadas e áreas que serão desmatadas", prosseguiu. Ele diz, porém, que a versão atual, comparada à que foi aprovada na Câmara, é "muito positiva".
O governo despertou a ira das organizações ambientalistas ao afirmar, na semana passada, que o novo código na verdade ajudaria o Brasil a cumprir sua meta de redução de emissões de gases de efeito estufa ao promover a recuperação de parte das áreas de preservação permanente desmatadas ilegalmente. A declaração deu ao país o prêmio "Fóssil do Dia" em Durban e fez as ONGs perguntarem à ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) como cortar árvores poderia reduzir emissões.
Após as críticas, o governo mudou o discurso.
As estimativas ainda são preliminares, mas há pelo menos um dispositivo no código em tramitação que promove novos desmatamentos: a redução da reserva legal em Estados que tenham mais de 65% de sua área coberta por unidades de conservação e terras indígenas. Isso poderia levar ao desmatamento de 800 mil hectares somente no Amapá.
Obs: Texto escrito dia 05/12/2011
Fonte: Folha de São Paulo

Pelo menos o governo admitiu o que ocorrerá, pois se não tivesse admitido seria muita hipocrisia, até porque o Brasil estava fazendo uma campanha enorme na COP-17. 

Nasa acha o planeta mais similar à Terra

Kepler-22b orbita estrala de tipo G, o mesmo do Sol, e fica em região onde pode existir água em estado líquido.
A Nas acaba de confirmar a existência do que provavelmente é o planeta mais parecido com a Terra já descoberto. Batizado de Kepler-22b, ele fica na chamada zona habitável - onde pode haver água líquida -  de uma estrela de mesmo tipo do Sol. A descoberta é do Telescópio Espacial Kepler, projetado justamente para "caçar planetas" parecidos com a Terra e, quem sabe com potencial de abrigar vida.
O Kepler-22b, por enquanto, preenche o primeiro requisito: a possibilidade de ter água. Ele orbita em região "aconchegante" de uma estrela do tipo G, como o Sol, embora pouco mais fria. Essa posição - mais ou menos no meio da zona habitável da estrela- é bastante parecida com a que a Terra ocupa no Sistema Solar.
"As características desse novo planeta fazem dele uma grande descoberta. Uma das maiores de Kepler até agora", disse Carolina Chavero, pesquisadora de astronomia e astrofísica no Observatório Nacional, no Rio de Janeiro.
Parece, mais não é - O novo planeta fica a 600 anos-luz de distância da Terra e tem raio 2,4 vezes maior que o terrestre. O tempo que ele leva para completar uma volta em torno de sua estrela, porém, não é tão diferente: 290 dias contra os 365 da Terra.
" O tempo da órbita é uma informação bem importante, porque ajuda a estimar as condições do planeta. Se uma órbita é muito curta, isso significa que ele está muito próximo à estrela, o que o torna muito mais quente", explica Carolina Chavero.
Para localizar o planeta, o Kepler usa o chamado método de trânsito. Ele observa a estrela a partir de um ponto. Se houver um planeta orbitando esse astro, quando ele passar em frente ao ponto de "visão" do telescópio, haverá uma mudança ( muito sutil) no brilho da estrela. A partir da duração dessa "piscada" da estrela, e também pela intensidade do brilho, é possível estimar dados como o tamanho e a órbita do novo planeta.
Para saber com mais precisão detalhes como a massa do planeta - o que ajudaria a decifrar se ele é rochoso como a Terra ou gasoso -, os pesquisadores usam também outros métodos. No caso do Kepler-22b, essas outra informações ainda são desconhecidas dos cientistas.
Kepler - Lançado em 2009, o Kepler inaugurou uma nova era na busca por planetas. O telescópios de US$ 600 milhões encontrou 2.326 candidatos a planeta após analisar 16 meses de observação. Os últimos foram 1.094 anunciados, no segundo grande "lote" de descobertas.
Até agora, o telescópio já encontrou 207 candidatos a planeta com tamanho mais ou menos como o da Terra. Para serem confirmados, porém, ele precisam de observações suplementares. Muitos especialistas estimam que cerca de 80% dos candidatos localizados pelo Kepler serão confirmados. Até agora, porém, foram somente pouco mais de 20.
"Estamos em uma era em que a astronomia produz um volume de dados enorme. Boa parte do que telescópios como o Kepler produzem ainda não pode ser analisada como deveria. Quem sabe o planeta gêmeo da Terra já foi observado e nós nem nos demos conta?", disse Chavero.

Fonte : Folha de São Paulo.


sábado, 3 de dezembro de 2011

Para que o Código florestal não acabe em desastre


A presidente da SBPC, Helena Nader, encaminhou carta aos senadores para tentar impedir que a proposta do novo Código Florestal (PLC 30/2011) entre em votação sem que tenham sido incorporadas as recomendações da comunidade científica. A votação do projeto de lei foi protelada e deve ocorrer na próxima 3ª feira, dia 6.

As recomendações da comunidade científica, que podem ainda ser incluídas como emendas, são fruto de um grupo de trabalho instituído pela SBPC e ABC com o objetivo de elaborar um parecer técnico-científico sobre o assunto, livre de interesses econômicos ou de tendências ideológicas.

No texto, a SBPC lembra aos senadores que uma lei sem base científica resultará em retrocesso ambiental, inviabilizando, inclusive, o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. “Vossa Excelência tem o poder de evitar que a votação do novo Código Florestal entre para a história do Brasil como um dos maiores equívocos já cometidos por nossos parlamentares, propondo emendas que aperfeiçoem o texto do PLC 30/2011 e lutando para que sejam aprovadas no Plenário do Senado, antes de voltar para a Câmara dos Deputados”, diz o texto.

Veja abaixo os pontos que a SBPC pede que sejam revistos e reconsiderados:

 
1.  As Áreas de Preservação Permanente (APPs) de cursos d’água devem ser consideradas desde o seu nível mais alto em faixa marginal. A situação existente entre o menor e o maior leito sazonal (as várzeas, os campos úmidos, as florestas paludícolas e outras) deve receber na lei, o mesmo status de proteção das APPs, pois  sua conservação garante a manutenção dos serviços ambientais (Art. 4º ).

2. O Código Florestal não deve admitir práticas da aqüicultura em APPs nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos fiscais (Art.4º §6º ). Isto permitirá atividades de carcinicultura em áreas de mangue e qualquer outro tipo de aqüicultura, inclusive com espécies exóticas em qualquer tipo de APP.

3. A definição dos limites de área e período máximo para pousio deve considerar as peculiaridades de cada bioma (Art. 3º, inciso XI). Em APPs, o pousio deve ser aplicado apenas para a regulamentação das práticas agrícolas de comunidades tradicionais, respeitando as suas peculiaridades.

4. O novo Código não deve admitir o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel (Art.15). Não se justifica cientificamente tal inclusão pois as APPs e RLs apresentam estruturas e funções distintas e comunidades biológicas complementares.

5. O Artigo 67 §3º que trata da recomposição da Reserva Legal deve explicitar que o uso de espécies exóticas somente será permitido de forma temporária, nas fases iniciais da restauração e combinado com o uso de espécies nativas regionais. A permissão do uso de espécies exóticas em até 50% da RL é extremamente prejudicial para as principais funções da RL: conservação da biodiversidade nativa e uso sustentável de recursos naturais, que são as motivações originais para a instituição da RL, abrindo a possibilidade de um diferencial a favor da agricultura brasileira, como agricultura com sustentabilidade ambiental. O uso de espécies exóticas na RL vai anular esse diferencial.

Fonte: SBPC