sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Combate ao aquecimento global custa caro

O megainvestidor George Soros tentou levar uma solução. Bastaria pegar US$ 100 bilhões das reservas do FMI, o Fundo Monetário Internacional, segundo ele.


           Duas questões foram muito debatidas, nesta quinta-feira, na conferência sobre mudanças climáticas. Quanto vão custar as medidas para combater o aquecimento global? E quem vai pagar essa conta? A reportagem é dos enviados especiais a Copenhague, Sonia Bridi e Paulo Zero.

           Manifestações-relâmpago, protestos. Uma escultura em quatro toneladas de gelo, mostrando uma família de guerreiros Massai, tribo do Quênia, terra dos antepassados de Barack Obama.
           Cientistas voltaram a alertar sobre a urgência de medidas. Nesta quinta-feira, mais de 100 pesquisadores europeus disseram que o gás carbônico absorvido pelos oceanos reagiu com a água, tornando-a mais ácida. Uma ameaça a toda a vida marinha, e que interfere até no sistema de navegação das imensas baleias.
           Os pequenos países formados de ilhas, querem que a Convenção estabeleça em 1,5ºC o limite máximo de aquecimento global, e não 2ºC como está na proposta. O problema é que muitos cientistas acham que agora é tarde demais ou ficaria caro demais para conseguir. No fim das contas, as discussões giram em torno de quem vai pagar e quanto vai custar para salvar o planeta.
           George Soros um megainvestidor, que já foi conhecido como um especulador implacável, veio trazer uma solução. Basta pegar US$ 100 bilhões das reservas do FMI, o Fundo Monetário Internacional, sugeriu ele.
           Parece fácil, mas os ricos teriam que concordar em entrar com o dinheiro, e os Estados Unidos, os maiores sócios do FMI, precisam aprovar.
           A proposta oficial de acordo, que começa a ser oficializada a partir de sexta-feira, deve ser escrita ainda nesta quinta.
           O embaixador Luis Figueiredo, um dos redatores do acordo, disse que a questão que trata do desmatamento já está praticamente fechada. Mas ainda não há uma proposta na mesa para financiar o programa.
          “Esse tipo de negociação é uma negociação em que nada está acordado até que tudo esteja. É um pacote”, disse o negociador brasileiro, Figueiredo.
            Ou seja: ou há acordo em tudo, ou acordo nenhum.

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