terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Financiamento é problema para países em desenvolvimento reduzirem emissões

Na reunião sobre o clima em Copenhage, a União Europeia considera que será um choque se o presidente Obama não apresentar algo de concreto.



             Começou nesta segunda-feira, na Dinamarca, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que pretende criar medidas concretas para evitar os possíveis efeitos devastadores do aquecimento do nosso planeta. A reportagem é dos enviados especiais a Copenhague Sonia Bridi e Paulo Zero.

             Não faltam alegorias ao degelo, nas manifestações que pedem urgência nas negociações. Uma delegada das Ilhas Fiji se derrete em lágrimas, ela representa um país condenado a desaparecer se o aquecimento não for freado.
              Há um sentido de urgência. E a preocupação de que o escândalo envolvendo o vazamento de emails de uma Universidade da Inglaterra sirva de desculpa para países que não querem fazer cortes nas emissões de gases.
              Nas mensagens, que foram parar na internet, cientistas pareciam exagerar o aumento da temperatura do planeta.
              Mas o chefe do painel da ONU sobre mudanças climáticas, Rajendra Pachauri, lembrou que quatro pesquisas independentes confirmam os números.
             Estados Unidos e China, que juntos são responsáveis por metade das emissões de gases do planeta, estão sendo duramente criticados.
             A União Européia considera que será um choque se o presidente Obama chegar aqui e não apresentar algo de concreto.
             Para os países em desenvolvimento que já se comprometeram em reduzir emissões, como Brasil e a África do Sul, a principal preocupação é com a questão financeira.
              É que, para evitar as mudanças climáticas, eles precisam de dinheiro, e de transferência de tecnologia.
              Para eles, só haverá acordo se os ricos estabelecerem metas e prazos também para ajudar os mais pobres. Que são, exatamente, os que menos contribuíram para o aquecimento global, e os que agora mais sofrem as consequências.







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