segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Pesquisas com células-tronco avançam no país

O laboratório fica na UFRJ. Foram investidos R$ 4 mi em equipamentos que vão produzir bilhões de células-tronco, com capacidade para abastecer uma rede de até 70 laboratórios e hospitais do país.

                Foi inaugurado nesta segunda-feira no Rio de Janeiro o primeiro laboratório do Brasil voltado exclusivamente para estudos com células-tronco embrionárias. É um dos mais modernos do mundo.

                O laboratório fica na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foram investidos R$ 4 milhões em equipamentos que vão produzir bilhões de células-tronco, com capacidade para abastecer uma rede de até 70 laboratórios e hospitais do país.
                “O Brasil esta muito bem posicionado porque se adiantou foi possível elaborar uma lei favorável ao uso de células-tronco embrionárias humanas. Então nos estamos muito bem posicionado internacionalmente”, disse o diretor do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, Roberto Lent.
                 Aqui serão criados dois tipos de células-tronco. As embrionárias são produzidas a partir de embriões humanos congelados entre cinco e sete dias após a fertilização in vitro. Embriões que seriam descartados nas clínicas de reprodução.
                O material pode ser usado, por exemplo, nas pesquisas para o tratamento do Mal de Parkinson. Cientistas tentarão criar células de neurônios que serão testadas em camundongos doentes. Mas ainda não um prazo para a aplicação em seres humanos.
                Outro tipo é a célula-tronco induzida, feita a partir de uma amostra da pele do próprio paciente.
                As células recebem um material genético de embriões humanos, mudam de comportamento e passam a gerar células de todos os tipos, para qualquer órgão do corpo.
                 Pesquisadores de vários países que hoje trabalham com células-tronco encontram problemas , como a contaminação das células por bactérias, além das possibilidades de rejeição e do surgimento de tumores nos pacientes.
                Estes são também os desafios dos cientistas brasileiros no novo laboratório. “Nós temos as melhores condições de trabalho e os melhores equipamento pra se produzir essas células nas condições que se espera pro desenvolvimento dessa área visando a aplicação em humanos, quando essa aplicação se mostrar de fato viável, a partir de estudos que estão sendo desenvolvidos no Brasil e no mundo”, disse o pesquisador, coordenador do laboratório, Stevens Rehen.

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